e U n ão QUer O ma is fAZ e rS en tId o
mas faço para mim. Eu me entendo orque me conheço como ninguém e, olha, não é todo mundo que sabe se conhecer como ninguém, mas eu sei, sei exatamente tudo que devo fazer para ficar bem comigo mesma, talvez não saiba como fazer, mas sei que devo.
Vou deixar as considerações para o final, dois anos em um, muita coisa aconteceu. Dessa vez vou usar meu blog mas, também, minha agenda, aproveitar que esse ano comprei uma.
Janeiro: y los deseos me vieron nacer
Cumpi minha promessa, admiti que tinha um problema e, mais do que isso, não deixei que dominasse minha mente, eu tenho um problema mas eu não sou esse problema, tudo passa.
Eu estava animada para entrar em uma faculdade e, ao mesmo tempo, consciente de que eu estava tendo dificuldade em sair de casa e talvez não conseguisse cumprir o que tava planejando. Dia 20 teve eclipse e assisti deitada do quintal.
Lendo a agenda, fiz coisa para cacete, mas sempre escrevia o quão me sentia inútil por não estar fazendo o suficiente (leia-se: ganhar dinheiro). Também já batia um desespero pelo começo das aulas.
Fevereiro: los árboles me vieron crecer
Entre surtar com o começo das aulas e receber visitas de amigas que moram longe (oi, Mika!), o que eu mais fiz em fevereiro foi escrever. Foi o mês onde comecei a sentir uma necessidade de divulgar meus escritos, por bem ou por mal, criei uma conta no nyah! mas, em seguida, já descobri o wattpad. Foquei nele.
Março: el océano me vio navegar
Mês de divulgar meus escritos, criei a conta, postei meus contos, produzi muito, me estressei bastante também, segundo minha agenda, o engraçado é que agora eu nem lembro o porquê.
Sei que foi o comecinho da minha canseira em permanecer como eu tava. No finalzinho do mês, meus pais deram um pulo em Aracaju.
Abril: las estrellas me vieron cruzar
Família presente, também recebi a visita da minha grande amiga de Matinhos, a Kulka, e foi muito bom. Aos poucos fui me sentindo melhor com a minha própria cabeça, sabendo que nem sempre seria assim, mas aproveitei enquanto foi.
Maio: las estrellas me vieron llegar
Não foi um mês fácil, mas foi necessário. Parei para confrontar meus monstros e meus medos, podar pensamentos sem sentido, reaprender a gostar de mim mesmo com todo o drama, eu sou assim, hora de ficar ok com isso. Tive problemas em definir como eu ganharia dinheiro com o meu trabalho sem ter que mudar meu estilo e ideais apresentados (dúvida agora superada) e também vivi alguma crise de relacionamento, porque cinco anos é tempo e brigas acontecem, mas, no geral, estive bem desde que substitui minhas tristezas por raivas. Também entrei em umas reflexões sobre sexo onde aprendi muito sobre mim mesma, ainda bem, e tirei um tempo para vomitar muitas das minhas mágoas em relação a Matinhos, porque cansei de guardar também.
Junho: las estrellas me vieron perder
Junho pode ser resumido em São João (weee), a colheita do nosso primeiro melão (weeee), algumas reflexões necessárias e uma sensação de férias, parei, descansei, me permiti não importar.
Julho: las estrellas me vieron ganar
Um mês onde tentei focar mais na minha saúde, marquei consultas, comecei a pensar em psicólogo, enfim, querer fazer algo a respeito da minha fobia social. Pode ser resumido em: religião, política e futebol se discutem SIM.
Agosto: las estrellas me vieron correr
Se no mês passado marquei minhas consultas, esse mês foi o de ir nelas, não vou dizer que foi fácil quebrar o medo de médicos e agulhas e fazer cocô em potinho (jksfhksdk), mas superei, estamos aí! No dia 21 a Carol Zica, minha miga, chegou lá em casa.
Setembro: las estrellas me vieron volar
A presença de Zica lá em casa, por algum motivo, me motivou a aumentar minha produção de imãs de geladeira, acabou que agora tenho 80 imãs diferentes, hahah! No geral foi um mês corrido, eu acabei ficando com a casa cheia em um momento onde não era o que eu queria, então meu lado brabo ficou brabo mesmo, teve mais a ver comigo do que com os outros, mas eu nem queria saber, estava em casa e essa foi uma lição aprendida no ano passado: nada de não me sentir a vontade na minha própria casa. De qualquer forma, consegui ser uma versão melhor de mim, não me calei mas também não fui cuzona, deu tudo certo no fim.
Outubro: las estrellas me vieron perder
Tentei um emprego, não consegui, fiz uns cursos, tentei de novo, não consegui. Comecei a fazer terapia, algo que estava planejando desde que olhei para mim e decidi que não desistiria, nada foi resolvido imediatamente, o que faz meu lado imediatista sofrer, mas sei que sigo avançando.
Novembro: las estrellas me vieron ganar
Nada de muito novo, produzi muito, desenhei, escrevi, etc. Já me sentia (sinto) melhor com minha cabeça, o desafio agora é superar o corpo.
Dezembro: me vieron cruzar
Dezembro me mostrou o que eu já sabia, eu superei muita coisa, resolvi minha mente de uma forma que eu não julgava ser possível e, embora eu saiba que ainda tem muito a ser feito, as coisas estão caminhando. Eu ainda não consigo sair, passo mal, as vezes tô ok com a mente racional mas o subconsciente puxa algo que eu nem mesmo capto, mas tá lá, e aí me vem a sensação de desmaio, a forte ânsia, enfim, meus obstáculos desse ano. Mas as coisas estão acontecendo. Eu tô em Curitiba agora, feliz por estar aqui, feliz em ver meus amigos, meus pais, as pessoas que eu amo, também com saudade de casa, ansiosa (no bom sentido) para botar em prática as mil coisas que quero para o próximo ano.
Eu não tinha expectativa para esse ano, porque 2018 foi um ano muito agressivo, no geral, e não é que esse não tenha sido. O país tá despencando, sempre gostei de observar a política, não tenho como virar os olhos agora só porque tá tudo tão desesperador, mas prometi para mim mesma que eu não ia colocar minha felicidade nisso ou estaria ferrada, estaria mesmo, meu país sofreu demais no decorrer desses trezentos e tantos dias (nunca decoro quantos dias tem o ano).
Eu quero pensar em mim, estando bem consigo pensar nos outros, efetivamente agir, eu quero ficar bem, mesmo se a vida for mal, tem coisas que a gente não escolhe e tem coisas que a gente escolhe sim, ainda bem.
Se 2020 vai ser bom ou uma merda, sei lá, não sou vidente e também não escolhi a música do que virá, e tudo bem. Eu estou onde eu quero estar, ainda não sou a pessoa que quero ser, mas vou me descobrindo, me lapidando, me amando, vou ficar bem comigo mesma, espero isso para vocês também, mais uma década começando, tenho mais de uma década de blog, obrigada pela companhia, enquanto estiver viva estarei aqui, o depois a gente vê, um beijo, mundão.
Eu não tinha expectativa para esse ano, porque 2018 foi um ano muito agressivo, no geral, e não é que esse não tenha sido. O país tá despencando, sempre gostei de observar a política, não tenho como virar os olhos agora só porque tá tudo tão desesperador, mas prometi para mim mesma que eu não ia colocar minha felicidade nisso ou estaria ferrada, estaria mesmo, meu país sofreu demais no decorrer desses trezentos e tantos dias (nunca decoro quantos dias tem o ano).
Eu quero pensar em mim, estando bem consigo pensar nos outros, efetivamente agir, eu quero ficar bem, mesmo se a vida for mal, tem coisas que a gente não escolhe e tem coisas que a gente escolhe sim, ainda bem.
Se 2020 vai ser bom ou uma merda, sei lá, não sou vidente e também não escolhi a música do que virá, e tudo bem. Eu estou onde eu quero estar, ainda não sou a pessoa que quero ser, mas vou me descobrindo, me lapidando, me amando, vou ficar bem comigo mesma, espero isso para vocês também, mais uma década começando, tenho mais de uma década de blog, obrigada pela companhia, enquanto estiver viva estarei aqui, o depois a gente vê, um beijo, mundão.