sexta-feira, 29 de abril de 2022

trocada por mim

 A terapia tem ajudado, porque sem ela, olha... 

Sobre a sessão de ontem, essencial, a necessidade de parar de colocar as vontades dos outros em detrimento das minhas, a certeza de que as nossas escolhas eventualmente magoarão os outros e que é isso, a vida é assim, e não é? Se por anos estive na posição de aceitar as decisões alheias? E escolhi, mas não escolho mais.

Troquei todos, troquei por mim, não me arrependo, estava na hora e é o certo, e noto com grandes reflexões quem se incomoda e quem me incentiva. Porque tomar minhas próprias decisões incomodaria alguém? Só quem estava convenientemente na posição de sempre ser ouvido, e não era eu.

Eu aceitei o papel de vilã durante a vida, quase como um cachorro adestrado, mas não fiz isso sozinha, percebo que escolhas alheias jorram culpa em mim, como se fosse eu a responsável pelos problemas do mundo, e sou, pelos meus, por aquilo que aceito ou deixo de aceitar, eu me responsabilizo, e isso envolve não aceitar determinados pesos.

A vida dos outros é responsabilidade dos outros, mesmo que eles próprios não aceitem tal responsa, é mais fácil jogar a culpa em terceiros, eu, particularmente, não quero mais isso. Sou adulta, pago meus preços. E só os meus.

Me afastarei de todo aquele que quiser jogar em mim o peso das próprias escolhas, e vou fazer isso sem culpa, isso é uma promessa comigo. A culpa me foi lançada, diversas e diversas vezes, mas cabe a mim não aceitar e eu cansei. Se sou vilã, ok, seremos, esse conceito é ridículo desde o início mesmo.

Me magoa. Muita coisa. Mas vou lutar pela minha felicidade, sem arrastar ninguém nas costas.