quinta-feira, 25 de abril de 2024

Por supuesto, de passito

Hoje foi um dia longo. O dia de hoje começou ontem, ao sair de casa com minha malinha para dormir na casa dos meus pais. Eu não sou muito de dormir fora de casa, e saber que eu estava indo para lá com a intenção de acordar 5 da manhã para ir no médico não ajudava com a ansiedade. 

Mas a ansiedade não tem sido um problema tão grande. Voltou a ser como era, presente, sempre, mas administrável. 

Eu já estou no ponto de me permitir sair, descobrir a vida, lidar com o desconhecido e não precisar ter medo disso. Como eu já fui, mas achei que não voltaria a ser. 

Metaforicamente, é como fincar uma bandeira do meu próprio destino, definindo limites que, por incrível que pareça (ou talvez nem tanto), geralmente quem mais nos ama não consegue cumprir. Porque lidar com quem nos odeia é uma merda, mas mais fácil do que lidar com quem nos ama e não nos aceita 100%. Traduzindo para 2024: lidar com hater é mais fácil do que lidar com quem a gente ama. Como sempre. 

Acho que é por isso que a vida é um risco (algo que sempre considerei como vantagem). O desconhecido traz medo, mas também é legal, imprevisível. Divertido.

Concluindo, porque já estou cansando de digitar alcoolizada por um celular. Gosto desse espaço para desenvolver, concordar ou discordar comigo.

Quero ver o desenvolver de tudo isso.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Mais coisa boa!

 Não posso esquecer! O tumor da minha mãe tá diminuindo a cada dia. É um alívio!

Dia bão

 Tive um dia bom. Trabalhei, me alimentei, dei uma geral na casa, consegui um trampo na área que mais gosto, enfim, foi um dia bom. 

O sono que eu andei sentindo esses dias, sendo do remédio ou não, foi mais administrável hoje. Mas dormi cedo, acordei num horário legal e sonhei coisas engraçadas. 

Amanhã preciso de mais uma boa notícia, mas vou escolher ficar confiante porque já testei o contrário por tempo demais.

Para registro: hoje é aniversário da minha sobrinha, Stellinha, parabéns florzinha!

Tô numa fase de programas estilo Discovery home and health e orochinho jogando Stardew Valley (coisas que eu não sabia que precisava ver até ver). 

E pintei o cabelo, penúltima tinta vermelha, talvez eu mude daqui uns meses.

quarta-feira, 20 de março de 2024

Muitos assuntos escritos pelo celular

 Hoje dirigi pela primeira vez. Ontem eu virei uma chave na cabeça. Hoje perdi r$3,50 no poker.


Mas vim para cá porque tá rolando um assunto no twitter sobre nomes. E aí eu penso sobre a minha esquisita conjuntura familiar, e os nomes escolhidos para a prole, chego em algumas conclusões, nada muito novidade, mas ainda acho divertido.

Meus pais são completamente malucos. Sensatos, respeitáveis, não se trata disso, mas, falando sobre nomes, malucos. Não vou expor minhas irmãs, ou eu, mas gosto, gosto do nome de todas. Porém, repito, meus pais são malucos.

O tumor da minha mãe está diminuindo. O cabelo tem sido o único (e recente) efeito colateral. Ela está ótima, de saúde, de cabeça, fico feliz.

Eu, por outro lado, estava meio cansada. Cansada de ser uma fudida, antes e hoje. Mas menstruei e, com isso, renovação. Mabon está chegando, a vida está passando, eu quero viver a minha.

Naruto e fora da lei estão numa onda engraçada, isso também melhora meus dias. Às vezes Naruto mete o louco e lambe a cara do Cafuné também, e aí, quando esse tá carente (quase sempre), até esquece que odeia o novo-nem-tão-novo irmão.

Stardew Valley tem uma nova atualização, isso porque Eric Barone é um lindo viciado em aperfeiçoar um jogo quase perfeito. E aí meu Pc quebrou, porque sou azarada, mas ok. Vou acumular vontade e, quando ele voltar, seremos só eu e minha nova fazenda. Que delícia KKKKKK.

One Piece vai ficar três semanas sem lançar, por mim ok, quero o Oda vivo e saudável. 

Enfim, muitos pontinhos aleatórios. Tô tentando voltar a escrever, fazendo ou não sentido, só quero registrar e exercitar.

Sou feliz por esse blog.


terça-feira, 5 de março de 2024

Deus me fez um cara fraco desdentado e feio

 Tô com saudade da quel e do kinhus, que estão atoladissimos na própria vida, e nem posso fazer nada a respeito, tô atolada na minha também.

Mas enfim, papo de coach agora, que é o que me resta. Tô sem um centavo no dia 6 do mês, o que é uma droga. Mas é dia 6 do mês e todas as contas que chegaram estão pagas, o que é bom. Às vezes tudo é ponto de vista mesmo. 

Tô na perspectiva de receber bastante transcrição, o que tem acontecido e nada indica que vai mudar. Também fica a esperança de um projeto futuro que estou vendo com a minha mãe, nada pra se ver com pressa, mas algo que valorizaria mais meu nome profissional, um caminho que construo aos poucos, mas com muito pouco dinheiro para chamar de estável. 

Consegui comprar vermífugo para os três gatos, algo que queria faz tempo e não conseguia o dinheiro. Comprei ração de 10kg, o que me deixou muito pobre, mas sem preocupação com o rango dos gatos por um mês. Ainda não busquei o Ramela, estou simplesmente dissimulando e meus pais percebendo, mas eu fico tão triste de trazer ele para cá, embora a saudade seja grande. Tipo, meus pais não têm nada a ver com isso, eles não têm mais bichos além de Marmita, não quero que Ramela sobre para eles. Mas está sobrando, pelo menos enquanto não me mudo. Sei que não vai seguir assim por muito tempo, mas estou realmente aproveitando o pouco tempo que tenho com ele em um ambiente melhor. É por mim também, mas, se fosse só por mim, já estava resolvido, eu escolhi ter um cachorro. Mas o bichinho não precisava pagar por isso, morar num apartamento minúsculo, dividindo com uma humana e três gatos, sem uma grama pra chamar de banheiro. 

Enfim, situação temporária, só estou antecipando que, no primeiro problema que meus pais encontrarem, ele vai voltar e vou receber uma bronca por ter deixado lá. Nem posso dizer que não é merecida, porque sei e sigo deixando. Pelo menos por enquanto.

Ainda não assimilei tudo da minha volta para cá, acho que só estou me ligando disso agora (isso é que dá ficar a terapia inteira falando da minha cidade do mundo dos sonhos). Vou tentar seguir minhas obrigações, me perdoar mais um pouquinho e, de passito, no meu ritmo, ir resolvendo a vida. Torço por mim e pelos meus.

Deixo aqui um agradecimento para os mortos que lêem meu blog. A quimio da minha mãe vai bem, pelo menos em relação a efeitos colaterais. Agora é torcer para o câncer diminuir de vergonha, pegar o banquinho e sair de fininho. Até então, obrigada.

Boa noite para quem fica. Seguimos. 


sexta-feira, 1 de março de 2024

Vai tomar no cu LDU

 Muitas coisas aconteceram nos últimos dias. Foram dias legais, com pessoais legais, situações agradáveis, sei lá, foi bom. Estou bebendo desde terça, mas amanhã tenho bastante trabalho para entregar, vai ser bom também, nem que seja para voltar ao foco.

O mês virou. Eu tô em casa de novo. Tô me sentindo legal, acho que, aos pouquinhos, me sinto mais pronta para lidar com tudo que a vida botar na minha frente.

Hoje eu tive um sonho muito bom, tava voando, algo que andava difícil quando dormia. Foi divertido e sentia falta de conseguir controlar tanto as coisas, mas não o cenário, só o que faria com ele. Sem contar que voar é tudo de bom, as vezes acordo com inveja de mim mesma. Mas não tem sido um tempo de invejar os sonhos, os dias também andam interessantes. 

Sei lá, já tô alterada (risos), assistindo algo na tv e meio grata. Dias legais. 

(Quero deixar aqui registrado um VAI TOMAR NO CU LDU)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Mais um dia

 Hoje acordei, tive psicóloga (graças aos bons deuses) e, como desgraça cai na segunda, muitas coisas aconteceram. Mas vamos pelo cronológico.

Peguei minha receita. Trabalhei. Estudei. Lavei a louça. Lavei roupa. Fiz, logo cedo e por ordem de chatice ou dificuldade, tudo que eu precisava cumprir.

E aí meu pai mandou um áudio confirmando uma possibilidade ruim, mais uma entre tantas que têm rolado. O que a Maia tinha era terminal, ela já estava com dor, recusando os remédios para aliviar mesmo se escondesse bem. 

A vida pega a gente bem rápido, né? Eu sabia que era uma possibilidade, isso já tinha sido conversado, mas eu não queria acreditar que seria tão de repente. Maia partiu hoje, agora a pouco, na verdade. Teve companhia, não sofreu, além de tudo, estava muito velhinha. Ainda assim eu queria ter dado um último carinho, pelo menos ter estado lá. Mas não dá para estar em todos os lugares, nunca deu, parece que nem mesmo emocionalmente, visto que está doendo e eu não consegui dar nenhuma lágrima.

Eu vou sentir uma falta grande da Maia, queria que, de alguma forma, ela soubesse disso. 

A psicóloga lançou hoje uma metáfora que gostei, disse que estou finalmente buscando minhas malas em Curitiba, faz muito sentido para mim. Fico feliz que minha última lembrança com a Maia não tenha sido aqui, mas lá, rindo porque ela fugiu e foram encontrar ela dentro de um mar, tirando a maior onda, surpreendendo todo mundo que achou que ela odiava água. Talvez só água doce, pelo visto.

Foi uma vida longa e boa, e segue sendo um saco aceitar a morte. Parece que, com tudo que está acontecendo, é como uma figura rondando. Sempre esteve, na verdade, falei durante anos sobre o assunto nesse espaço virtual. Mas é sempre uma droga quando não dá para escapar do fato. 

Enfim, seguimos. Eu ainda estou aqui, espero que vocês também.

Maternar

 Hoje a reflexão vem da psicóloga, mas porque ela diretamente mandou "pense sobre isso", então vamos lá, fazer isso do jeito que eu sei, nesse blog fuleiro com a luz acabando e umas teias de aranha espalhadas por aí.

O que é maternar?

Fui orientada a buscar no Google, um dos piores buscadores da atualidade (fica aqui a denúncia!), porém o que eu conheço. Não deu certo de primeira, e agora botei maternar como verbo, vamos a algumas definições de páginas possivelmente questionáveis que pagaram para aparecer antes. 

"Cuidar que exprime, movimenta".

"Maternar um filho significa estar disponível física e emocionalmente para acolher e suprir as demandas que surgem, desde o momento do nascimento da criança até o início da idade adulta."

"O que é se auto Maternar?

Reaprender a acolher seus próprios sentimentos e ouvir suas necessidades. – Descobrir como ter uma rede de apoio efetiva".
 
"Qual a diferença de maternagem e maternidade?
A maternidade tem relação com o ato de gestar e parir uma criança. Já a maternagem vem depois do ato de parir e está totalmente ligada ao ato de cuidar, de dar apoio a essa criança que veio ao mundo".
 
Beleza, já está bem visível onde ela quer chegar. Fica aqui o registro para reflexões futuras.

  


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Lenços

 


É muito doido estar com 3/4 de irmãs e mamãe e tudo nesse contexto maluco.
Hoje foi o dia de levar com humor e mostrar que lenços são legais, que pessoas ficam bonitas também carecas, que ela não precisa abdicar a autoestima porque seguirá sendo maravilhosa.
Não é fácil, mas, por enquanto, estamos levando do melhor modo que conseguimos. E tá rolando, embora o pior ainda não tenha começado.
Acho que próximo mês já estou em casa, não sei, vai depender de muita coisa e sem a coroa eu não saio daqui. 
Mas eu quero que esse tratamento comece, que a gente veja as coisas melhorarem na prática, com dificuldades que forem, vamos passar tudo que tivermos que passar e eu confio que sairemos felizes disso, todas nós. Acredito mesmo na recuperação da minha mãe, vou seguir acreditando enquanto tiver qualquer tipo de chance e ainda tem muitas. 
Amo minha véa, tão jovem e cheia de saúde, mesmo com esse negócio alienígena se alimentando dela (não quero ofender ninguém, crio metáforas para lidar melhor).
Gosto que ela esteja aqui, no que estou tendo como casa (mais dela do que minha, porém sem energia de nenhuma das duas, o que tenho resolvido aos poucos). Sei lá. Não tem o que dizer. Minha mãe vai ficar bem, é o que posso pensar agora.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Obrigada

 Falar para vocês, pudesse eu, tirava essas merdas tudo de quem amo e botava em mim. Não posso, então bora.

É horrível ver minha mãe, que sempre foi uma tora, chorando. É 100% compreensível, não tô dizendo que ela devia agir diferente, mas ver que ela está com problemas e que não temos total controle não é algo fácil para ninguém na minha família. 

Mas esse não é um post triste, porque hoje tivemos um resultado bom em algo que estava dando muito medo, então é um peso a menos nas costas e, por isso, agradeço demais, sem nem dizer o quanto.

Ontem retoquei o cabelo, tava na hora, e talvez um amigo venha aqui, mas ainda não confirmou. Sexta acho que vou no terreiro, mas não mais na raiva, kkkkkkk, ó céus. 

Enfim, relatório curtinho para lembrar no futuro. 

Que os deuses tenham piedade desta nação.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Tombos

Preciso conversar com meus mortos e vou fazer isso na sexta, mas, caramba, que doidera toda é essa, hein?

Vou citar aquela danada, a bíblia, mas nenhuma cruz é demais e etc. Estou tentando, mas seria mais fácil se fosse comigo.

Tô meio puta, meus mortos que aceitem. Eu sei que não é punição e que merdas simplesmente acontecem, mas que tempo ruim, que crise, que merda é essa?

E aí me acalmo. Nada está perdido, o tratamento nem começou, tudo ainda pode terminar bem. É o que eu posso pensar e, bem ou mal, ainda é plausível! 

Tirando forças do cu, caro espaço virtual. Legal ver que essa força existe, mas não quero precisar, não. Vejo o mesmo na minha mãe, forte ela é, mas qual a necessidade?

E de novo o racional, não existe motivo ou porquê, é só seguir e ver no que vai dar. Gosto de que, em todos obstáculos que aparecem, vencemos pela raiva. Só preciso que siga assim, que a constante continue, por que mudar agora?

Fé eu boto, mas também sou pessimista por nascença, é difícil equilibrar. Mas, novamente e quantas vezes forem necessárias, tudo pode acontecer, inclusive as melhores possibilidades. Nada está perdido.

A coroa é porreta e estaremos juntas. Se o caminho pela frente é incerto a gente vai lutar até conseguir o resultado que queremos. 

Vai se foder de levinho, planeta. Mas, se tudo terminar bem, prometo tirar muito disso. 


quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Diário de bordo

 Ok, mamãe começou a fazer os exames iniciais, o primeiro deles não apontou nada anormal, o que já é uma notícia boa nas condições atuais.

Segunda-feira é o exame que considero, por enquanto, o mais importante. O que vai definir se a situações tá localizada ou espalhada, e, caramba, eu vou chorar esses dias tudo para aguentar firme a resposta que for. Pudesse eu, trocaria fácil de lugar com a minha coroa, como é ruim ver alguém que a gente ama tanto passando por tanta coisa, e ainda em um momento desses, onde a vida dela ia dar um salto tão positivo.

Enfim, merdas acontecem. Eu estou tentando ficar otimista, até porque ainda tenho razões para isso. Nada está perdido e as paradas importantes estão caminhando rápido. 

Ontem eu vi um pica-pau de cabeça vermelha comendo fruta no chão. Também conheci um senhor chamado Jesus e ele foi algo muito impactante no meu dia, apenas por estar ali e presente. 

Estar em Curitiba é muito estranho. Pelo menos ontem pude ver o Kinhus e hoje passei o dia brincando com a Peixinho, que tá cada dia mais surpreendentemente sagaz, como crianças geralmente são.

Congelei todos meus problemas sociais. Tudo relacionado aos outros vai ficar para depois, escolha minha, só penso na saúde da minha mãe e no conforto do meu cachorro agora, minhas preocupações estão todas aí. Quero tanto que isso acabe da melhor forma logo.

Ganhei a camiseta do Flu do Cartola, tão linda, ganhei de presente e foi inesperado e gratuitamente gentil, e tenho vivido muito disso, não posso reclamar. A vida não tá sendo muito gentil, mas as pessoas a minha volta, aquelas que querem meu bem ou até nem me conhecem, eu tenho tido sorte e, por isso, agradeço.

Tô me sentindo muito cuidada pelos meus mortos, espero que eles cuidem da minha mãe também. Quero ela saudável comigo por mais tempo. 

domingo, 21 de janeiro de 2024

Passando

 Os dias estão corridos e confusos, me sinto muito presente e, contraditoriamente, fora do corpo desde que cheguei.

Estou na segunda cerveja, Pedrinho e Amanda vieram aqui, minha mãe passou o fim de semana aqui em casa e foi embora de tardezinha.

Hoje nós andamos um tanto, a ideia era achar um mercado e o que arriscamos primeiros estava fechado, fomos para o do outro lado e rolou. Ontem andamos daqui até o shopping São José, longe, viu, mas qualquer tempo com ela tem sido importante.

Vamos falamos claramente aqui, porque ainda é meu espaço. Eu não acho que minha mãe esteja morrendo. Câncer. Palavra de merda. Mas vamos lá. Racionalmente eu acho as chances boas e, no fim, tudo isso já trouxe algo de positivo para ela, mesmo que o contexto geral seja um cu e etc.

Emocionalmente eu tenho medo de que minha mãe morra. Não tenho vocação para dissimular, ela sabe desse medo e, lógico, também sente. É como eu disse, não acho que vai acontecer, não agora e não por isso, mas diariamente ter que me confrontar com a mortalidade de todos nós, principalmente de alguém que amo tanto, não é exatamente confortável.

Eu estou morando em Curitiba. Minha psicóloga não vai gostar de ouvir isso, eu também não gosto, mas, enquanto eu não tive nem uma previsão de data de volta, é aqui que vivo e sobrevivo. Aqui, e não em casa. E eu não vou sofrer por isso, porque nada sobre esse momento é sobre mim e eu estou 100% ok com isso. Estou com saudade de casa e quero voltar, mas só vou ser feliz voltando com tudo isso resolvido.

Sofro pelos meus bichos e pela força-tarefa de amigos em Aracaju, não faço IDEIA de como vou retribuir eles, mas vou me esforçar muito para descobrir, eu não sei o que faria sem o pessoal cuidando da minha vida lá por mim. Passei os últimos anos tentando descobrir quem estava do meu lado ou não e, pelo bem ou pelo mal, a resposta tá cada vez mais clara, e eu tenho amigos muito bons, são poucos e tão tão bons. 

Mais uma semana, amanhã tenho - amém - terapia. Hoje pintei minhas unhas e estou feliz com isso. Tentando lembrar de olhar um pouquinho para mim também. Mas é como eu disse, caramba, foda-se eu no momento. Só no momento.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Chorinho

 ô Juracir, me diga, por favor, onde é que foi parar tudo que chamei de amor

fico a pensar se não posso enlouquecer, você uma história a contar, outra que eu fui viver, Juracir

Eu não sei mais como ao povo me provar, estou cansada de tentar, caminho e vou para onde der

Eu levo alguns, outros eu deixo pra trás, sinto mas não sou capaz de me moldar pro que vier

Eu quero conquistar um mundo e sabendo onde piso, pinto e canto, me divirto, mas também sei de chorar

Se necessário, quando a chuva passar, ô Juracir, eu chego ou não, só não viva a esperar, eu tô aqui, aqui eu tô, mas você não sei se está



quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Mente

 Olha, a vida tá uma doidera, mas, pela primeira vez em mais tempo do que posso lembrar (ou talvez nunca), eu estou gostando de mim.

Saí hoje para ir no Posto, dei uma andada por SJP, sei, no fim, vou ficar no Paraná mais tempo do que gostaria, mas tudo bem não ter essa controle, o que posso escolher é tentar gostar.

Estou tentando trazer para cá a minha rotina de Aracaju em vez de me moldar ao formato curitibano. Tô tentando continuar tocando meus projetos, mesmo longe de casa e sentindo ser mais difícil assim. Esse apto que eu tô é esquisito, não tenho nem geladeira ou fogão, mas tem uma vista prumas árvores muito muito bonitas e a cadela do vizinho também se chama Lua, hahaha.

Enfim, seguirei, preciso ter paciência comigo nesse momento maluco ou não vou ser a ajuda que quero ser, e aí de nada adianta estar aqui. Mas tô feliz. Não falo do futuro mas, por agora, eu tô conseguindo.

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Espírito

 Nunca vim para Curitiba sem ter a passagem de volta, mas tudo conspirou para que, dessa vez, eu esperasse. No fim, vou ficar mais tempo aqui do que planejei (e gostaria), mas estou me preparando psicologicamente para gostar. Digo, não tem como GOSTAR no atual momento, mas se eu não me esforçar vou odiar, e isso não vai mudar ou resolver nada. Preciso viver mesmo quando minha vida não está no meu controle.

Passei meses sofrendo por saber que essa viagem seria em um momento onde o ideal era estar em Aracaju, resolvendo meu ano, meu futuro, aproveitando a terapia e seus frutos. Vou fazer isso daqui, porque é o que tem para hoje e, Dra Cabeça já deixou claro muitas vezes, as mudanças que busco já começaram, Curitiba é um encerrar de ciclos, agora mais ainda.

Fico preocupada pelos meus amigos de Aracaju, que estão nessa força-tarefa para me ajudar com os bichos, e fico agradecida demais pela disposição deles em me ajudar num momento desses. Eu estou recebendo muito carinho e de muitos lados, quero usar isso para não focar no resto. 

Eu só espero que, no fim desse susto todo, não seja nada mais do que isso, um susto. Eles são úteis também.

E que nossos mortos nos ajudem.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Corpo

 Estou em Curitiba, enfim. Muita coisa já aconteceu, arestas aparadas, a formatura de minha amiga, o resultado, e, pelo visto, vou precisar ficar aqui por um tempo. Como estou tentando viver, vou aceitar e aproveitar o fato, mas eu sei que minha casa não é aqui. Tô com saudades de casa.

Enfim, tive terapia hoje, minha psicóloga me parabenizou de muitas formas e também me sinto mais leve. O modo combativo é um saco, mas é necessário, eu quero viver. Não sei a fórmula mas sei que começa por me respeitar.

Por muitos anos esse blog acompanhou a canseira que era viver dois mundos, achava que a separação era Aracaju x Curitiba, mas meio que é o mundo onde posso ser eu e o mundo que me pune quando tento fazer isso.

Mas eu não me sinto uma coitada, o mundo sempre tentou me punir, sou brasileira, sou mulher, sou meio fudida financeiramente, nordestina, bissexual, depressiva, o mundo não facilita para ninguém, mas eu sempre quis estar aqui, e eu ainda estou. Sempre com medo, mas sempre estou.

Eu espero que tudo termine bem, porque essa viagem agora significa mais do que era antes, e antes já não era pouco. Odeio não ter o controle, mas aceito, só posso ter esperança agora. Que os meus mortos cuidem dos meus. 

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Bem vindo, 2024

Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho

Binkusu no sake wo, todoke ni yuku yo
Umikaze kimakase namimakase
Shio no mukou de, Yuuhi mo sawagu
sora nya wa wo kaku, tori no uta

Sayonara minato, tsumugi no sato yo
DON to ichou utao, funade no uta
kinpa-ginpa mo shibuki no kaete
Oretachya yuku zo, umi no kagiri

Binkusu no sake wo, todoke ni yuku yo
Warera kaizoku, umi watteku,
Nami wo makura ni, negura wa fune yo
Ho ni hata ni ketateru wa dokuro
Arashi ga kita zo, senri no sora ni
nami ga odoru yo, DORAMU narase
Okubyoukaze ni fukakerya saigo
Asu no asahi ga nai ja nashi

Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho

Binkusu no sake wo, todoke ni yuku yo
kyou ka asu ka to yoi no yume
te wo furu kage ni, mou aenai yo
nani wo kouyokuyo, asu mo tsukuyo

Binkusu no sake wo, todoke ni yuku yo
DON to ichou utao, funade no uta
douse dare demo itsuka wa hone yo
hatenachi, atenashi, waraibanashi

Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho
Yohohohoho, Yohohohoho