quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014- Fogo e tempestade

Esse foi o ano do tapa na cara. Em 2014 ficou visível o quanto nossas atitudes tem consequências, sejam elas positivas ou negativas. Foi o ano de semear, de começar a decidir o que eu vou ser no futuro e como eu farei isso.
Esse ano teve uma importância grande pra mim porque foi, segundo minha mãe, meu ano sabático, onde fiquei sem estudar e trabalhar e precisei, finalmente, decidir o que quero da minha vida. E eu consegui, eu precisei de um ano pra me encontrar e achar meu caminho, mas sinto que no próximo ano tudo que refleti e pensei vai poder ser colocado em prática.
Sem mais delongas, bora ver quais foram os aprendizados desse ano.

01. Janeiro
Eu e o Alê terminamos nosso namoro nesse mês, e estávamos bem bravos um com o outro, mas ao mesmo tempo eu já sentia aquele sentimento de autossuficiência que alcanço quando estou solteira. E aí começou, rolê rolê rolê. Ainda lembro de janeiro como um mês muito bom, onde tive pessoas muito legais do meu lado. Claro que ainda rolaram alguns momentos de caos no meio da transição, mas janeiro foi um mês bom.

02. Fevereiro 
O mês começou com o Paulista voltando pra São Paulo, e foi importante pra mim porque significaria que o verão tava indo embora. O começo da minha transição veio em fevereiro, foi aí que decidi viver por mim. Com isso veio um entendimento (bem clichê) de como as coisas são, mesmo que a dor e a saudade do Alê batessem aleatoriamente. Pra finalizar fevereiro, malabares com três bolinhas!

03. Março
O mês começou com aquela falta do verão, mas com a frustração veio o começo de coisas novas, como o teatro, o arco-e-flecha e as mudanças. Não foi o que eu chamaria de "o mês mais fácil", entre saudade e carências, mas deu um toque de realidade que eu estava precisando um pouco na minha vida. Foi o começo dos tapas na cara, ou dos beijos na cama.

04. Inexistente Abril
Meu medo de Abril foi maior do que o mês em si.  Foi um mês mais reflexivo, mas isso não impediu uma ~festéééénha~ animada e nem poeminhas pervertidos. Abril veio, passou e saímos vitoriosos 

05. Maio
O mês começou cheio. Foi em maio que comecei a pensar no meu futuro profissional e o que eu tava fazendo da minha vida. Vendo agora, me surpreende que Maio já faça tanto tempo, como esse ano correu. Mas é sempre cheio de aprendizados, amém. Também em maio o Paulista voltou pra Curitiba, e eu ainda me sentia (sinto) independente emocionalmente, uma boa lição que esse ano me deu.

06. Junho
Começamos Junho com o aniversário de morte do Gutinho, mas essa energia mórbida foi lançada longe com minha viagem com o Rodrigão pra Floripa, que foi muito muito muito legal. Foi um mês curto.

07. Julho
Aqui apareceu o curinga, dando as caras, sorrindo aleatório. Aceitei a guerra e o caos dentro de mim, e me lembrei de que existe um mundo maior do que meus sentimentos. Pra freiar tudo desse gênero assumi um relacionamento aberto fake com o Gi Beautiful Eyes e parti pela segunda vez no ano pro Rio de Janeiro. s2

08. Agosto
Mesmo que eu não tenha escrito muito em Agosto, sei que vieram vários universos ao meu redor. Também senti, mesmo sem palavras, que o Alê sentia muita mágoa de mim ainda. Estreei Antígona, comecei a mandar meus dreads, vivi muito, amei mais.

09. Setembro
Mês da reaproximação. Não sei bem o que aconteceu, ainda não consigo definir, mas aqui estamos. Foi aí que assumi minha loucura, e minha vida ficou feliz nesse aspecto. Eu pude começar a ser eu, tirar as máscaras. Um mês bom, mas a solidão e o tédio foram dando as caras e as coisas ficaram confusas. Busquei carinho em outros lugares, busquei diversão em outras coisas, saí um pouco de mim.

10. O Abril de verdade
Desandei. Voltei a sentir necessidade de sair daqui, e isso foi só o começo. Me prendi numa armadilha que eu tinha todos os meios pra sair, mas foi essa a lição desse ano, afinal. Mas demorou. E foi treta atrás de treta, e momentos legais salvando a sanidade. E aí veio a nuvem preta, que eu entendo embora não consiga entender. Não sei exatamente aonde ela começou, mas tive a sensação falsa de que sabia o que fazer pra tirá-la, e só sei agora.

11. November rain
Fiquei sem escrever, mas acho que devo pra vocês uma explicaçãozinha do que rolou: voltei com o Alê, foi muito bom, não rolou, terminamos de novo recentemente, estamos susse. Pronto, voltamos pra nossa programação normal. Na verdade, boa parte de novembro e dezembro foi em torno disso. 

12. Dezembro
Um mês resumido em empoderamento, anarquia natalina e superação.

É isso, meus amigos. Nós estamos estabelecendo um recorde de anos bons, algo que terei o trabalho e o cuidado de manter em 2015. Como todo ano, os aprendizados são incontáveis, os agradecimentos mais ainda. Ainda tenho os mesmos amigos, graças a nós, e outros também vieram nessa jornada.
Amei, amei muito, amei tanto! Também me perdi, porque essa sou eu, mas aqui estamos, saldo positivo, tudo bem. Eu estou muito feliz, e tenho muita fé pro próximo ano. 
Sinto medo, como sempre. Esse é meu maior obstáculo, mas agora eu tenho ciência disso, e vou lidar, e vou vencer. 
Aqui estamos, Diias Contados. 10 anos em Curitiba, indo pro oitavo ano de blog, fechando um ciclo em Curitiba. Obrigada pela presença silenciosa, espero que o ano de vocês tenha sido incrível como o meu foi.

E vamos construir nosso 2015!
CARPE DIEM!
MUDEM O MUNDO!


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um feliz Yule atrasado pra todos vocês

Essa noite tá bonita e melancólica, gelada e natalina. Não vejo sentido em desejar feliz Natal aos meus amigos, acho hipocrisia e não acredito nessa data. 
Mas existe uma magia. O Natal tem a capacidade de nos lembrar que o ano está no fim, e só de pensar nisso me dá vontade de escrever e chorar chorar chorar. Chorar primeiro porque eu sou sensivel e essa época piora tudo, e chorar principalmente por ter conseguido gazear as atividades do dia. 
Não sei o que será do próximo ano. Esse ano em geral foi especialmente bom, e não aceito nada diferente do próximo ano. Eu cansei de sofrer, cansei de viver pela tristeza. Não sou mais isso (tenho isso, mas não sou mais isso, sacam a sutil diferença?).
 Cresci muito, vivi muito, não tenho como dizer quão bom foi esse ano, tá fora da minha capacidade linguística. Eu era uma Lua, agora sou outra. Eu renasci, esse ano eu renasci. 

É bom ter conseguido, eu senti tanto medo, tanto medo. E agora sinto que as coisas estão aos poucos se ajeitando, eu estou voltando a ficar no controle da minha vida (e já estou chorando de novo).
Ainda sinto muito medo dentro de mim, mas 2015 é o ano da luta, sinto que me preparei a vida inteira pra avançar nesse momento.

AVANTE, ENTÃO!

EU ESTOU AQUI!

Sem ceia, sozinha, vejo os fogos da janela
Mais um ano ou menos um ano?
Acho que foram mil anos em um
Foram várias 'primeiras vezes'
e tantas tantas despedidas.
quantos amores perdidos
e amizades coloridas...
chegou aqui mais um Natal
e o verão nos esqueceu
queria tanto um bom dezembro
pra lembrar do ano que foi meu
me sinto plena, eu estou feliz
é véspera de natal
eu sobrevivi!
EU SOBREVIVI!
Mais um ano ou menos um ano?
Não importa

Eu estou aqui, e você?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O meu cabelo você não terá

Como fantoches suspensos pelas linhas, suas mãos completam a manipulação. Coleciona corações partidos, mudanças de rota e banalização; sobrevoa os corpos como corvos, moscas no lixo, totalização. 
Palavras sumidas, perdidas em sussurros, foi-te ao vento, dissipou. O coração endurecido, que já esteve mais puro, retorna ao normal da ferida que já sarou. Sem rima, sem ritmo, apenas é o que é, asas batendo distantes, um passo por vez, criando a maré. 
Já estivemos mais longe, outro mundo ao redor. Estrelas no céu, espuma no mar, reflexo nos olhos de quem nunca foi lá. Nostalgia, simpatia, euforia. Frieza. Olhe para mim e jogue as cartas na mesa: se colecionas pessoas, eu coleciono certezas.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Desabafoda-se

Meu relacionamento está indo para o ralo. Sei que não devia expôr esse tipo de coisa aqui, mas ninguém lê meu blog (com exceção da Janoska de vez em quando) e eu não pretendo deixar de externalizar nesse espaço.
Sendo a única pessoa que não beijou ninguém nesse relacionamento aberto, já não consigo lidar com ciúmes injustificados, e até os justificados já foram tão explorados que tem me irritado. 
Cobrar minha sinceridade por ver o que eu já havia dito: amo mais pessoas, ora, por favor.
Não dá vontade de escrever, não dá vontade de discutir, só dá vontade de lembrar que eu me viro bem sozinha e, embora queira insistir na ideia, não entrei em um relacionamento fechado e não ficarei em um relacionamento fechado.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sonho e polícia.

Vou tentar anotar aqui meu sonho, porque foi longo e eu lembro alguns detalhes estranhos.
Primeiramente, estreia no teatro. Lembro que foi difícil arrastar os pés em direção ao palco (e isso tem muito a ver com minha fala ser a primeira da peça, igual foi com minha primeira peça de teatro).
No sonho também havia beijos em um cara que eu não conheço. Só sei que ele usava uma camiseta branca e cheirava mó bem.
Também tinha uma casa, porque todos meus sonhos tem uma casa, mas dessa vez era uma que eu não conhecia em sonho (porque várias vezes sonho com as mesmas casas, que só existem no meu subconsciente).
Não lembro de muito mais coisa, então mudemos de assunto. Quero contar pra vocês que essa semana eu recebi uma abordagem policial (geral, baculejo, etc) e que possivelmente foi uma das piores da minha vida. Já levei muita geral chata, muita geral grosseira, mas dessa vez foi demais. Éramos em quatro pessoas (eu, uma moça e dois rapazes), e tinha um momento onde haviam cinco policiais. Não vou me estender muito em detalhes da geral, porque é um saco ficar revivendo esse momento na minha mente. É ruim você saber que não está prejudicando ninguém, você saber que não faz sentido estar passando por aquilo, e ter que ouvir por cinquenta minutos os desabafos bravos e grosseiros dos policiais simplesmente porque eles sabem que você não pode responder.
Mas nós respondemos. Até a última nós respondemos. Um dos meus amigos foi levado pro módulo para averiguação de tanto que ele respondeu (sempre em voz baixa e de forma respeitosa, ele teve TODO o cuidado nisso). 
Essa geral já faz uns dois dias, mas ainda roda na minha cabeça principalmente por um motivo: o policial mais autoritário ficou me chamando a abordagem inteira de Aracaju. Eu não me ofendo por ser chamada de Aracaju, na verdade sempre foi um motivo de grande orgulho ter vindo de lá. Mas eu sei o que ele queria com isso, eu sei como pessoas com a mente dele pensam do local de onde eu vim. Eu sei que ele tentou me amedrontar, ridicularizar, ou algo do gênero. E ele sabe que não conseguiu, e isso visivelmente irritou ele lá, porque cada vez que ele me chamava de Aracaju eu erguia mais a minha cabeça, porque EU sei o que significa ser de Aracaju, enquanto ele provavelmente não saberia me responder em que estado minha terra fica.
Precisamos de uma desmilitarização da polícia. É essencial que as pessoas parem de morrer a torto e a direito pelo policial estar acima da lei. É essencial que a polícia tenha um diálogo com a população, e não uma relação de poder. Nós precisamos de mudança PRA ONTEM (ou ante-ontem, ou mais, já foram mortes demais!).
Não vou abaixar a cabeça pra nossas leis falhas, não vou ter medo de policial mesmo sabendo que, pra minha segurança, eu deveria. Eu me recuso a participar dessa farsa toda de que polícia tá aí pra minha proteção. Não é, nunca será. Nem eles fingem mais que estão aqui pra isso.
Só cai nessa piada quem prefere empurrar o problema com a barriga, e não sou eu.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Carta pra você

Boa noite, meu amigo, que falta sinto de ti.
Gostaria de te dizer que a coisa aqui tá preta, que a saudade martela forte, que as lágrimas ainda caem. Gostaria de dizer que que meu braço ainda paga pelos meus nervos, que as crises continuam, e que o amor ainda dói. 
Queria poder ser diferente, falar de outras coisas. Poderia te contar que a passagem de ônibus vai subir e amanhã vai chover, ou contar que voltei a no caderno escrever, mas tanto faz, de onde você tá já deve saber.
Precisava de ti aqui, precisava de seus abraços. Seus conselhos eram os melhores, e agora não sei bem o que faço. São tantos anos sem você, tanto tempo sem te ver.
A bola na garganta continua, meu parceiro, aquela que juramos acabar. A coisa tá preta, amigo, e sem previsão de mudar.
Um dia as coisas se resolvem e eu completo o quebra-cabeça. Um dia nos reencontramos, e tomaremos uma divina cerveja.

Que saudade de você, amigo, é tanta que dói.

Da sempre sua, Guerra

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Interestelar

Sou signo ruim, sou bicho bravo
filha de escorpiões, olho vivo e muito faro
observo sua conduta de galante e não me engano
meu vênus tá na sua, mas eu não sou boba, não me engano

vivo sempre de passito, isso manda meu solar
ruminando decisões pra saber qual vou tomar
uma lua em aquário um dia pode me ajudar
a buscar a liberdade e só lá te encontrar
 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Tire de ti

Vou escrever um texto grande e possivelmente bem frustrante e desconexo, recomendo que vocês passem para a publicação seguinte porque o nível de cinismo está insuportável por aqui. Mas esse local é meu, então vamos lá, vamos tirar essa bola na garganta, essa bosta que me persegue e sempre que acho que me livro,bom, parece que sinto saudades e tomo as atitudes que fazem ela aparecer, tipo buscar companhia e me sentir mais sozinha do que nunca.
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
GASLIGHTING
Fiz tudo isso pra não escrever tchau

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Suicidio

Mata-se o corpo ou mata-se a mente?
É retrocesso ou ir em frente?
Ao buscar o caminho da desistência, despimos o orgulho e o que nos torna nosso, acabamos com tudo e tudo vira nada, que bosta, furada.
Não se pede ajuda, mas as vezes ela vem, nunca de quem  se espera e as vezes de quem convém. Existe amor e existe ódio, um ignoro e do outro vivo. 
Por quanto tempo? Suicidio.
Mata-se o corpo ou já se matou a mente? Quando essa ideia ronda inquieta pelo seu universo, algo já está errado, é derrota iminente. 

Roda roda no lugar
e ninguém sabe onde vai parar



Vazio

Tanto faz
nem dói mais
ou talvez sempre tenha doído
ser amigo
que perigo
não sei bem se eu consigo
sinceramente
tenho algo em mente
quero sumir daqui
já sei que amanhã
ao acordar enfim
fiz o melhor para fugir


Você achou que ontem eu havia rido porque ainda sentia algo por você
na hora, eu sentia exatamente o contrário

que pena, meu amor, eu perdi muito agora

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Meu amor por um cachorro

Gente, lembram do Xangô, o cachorro do post passado? Então, ontem ele conseguiu nos achar de novo, e tá sendo bem difícil pegar o ônibus dois dias seguidos sem poder levar ele pra casa (isso que o danadinho me seguiu praticamente até o terminal de ônibus ontem).
Tentei achar alguém para adotá-lo, sem sucesso. Se algum leitor imaginário aqui tiver interesse ou souber alguém que tenha, por favor me avisa que eu busco ele (que por acaso é lindo)

domingo, 19 de outubro de 2014

Entre tapas e beijos

Pre-ci-so contar o meu dia, porque ele teve potencial pra ser o dia mais irritante desse ano todo, mas conseguiu ser bem divertido.

Sobre a minha manhã, não quero falar muito. O dia tava bonito, era dia de feirinha, a banda Juremá ia tocar lá (o que deixa os dias na feirinha bem mais sonoros, diga-se de passagem). É claro que nada disso aconteceu porque assim que chegamos um fiscal da prefeitura chegou e teve a ou-sa-dia de pedir pra gente sair dali.
Não vou mentir pra vocês, sempre soube que essa hora chegaria e foi necessário muito auto-controle pra não chorar na frente do cara. Na verdade até agora acho que só não chorei porque eu estava muito, muito irada. 
Pois bem, se quiserem detalhes dessa história vejam aqui, porque me irrita só de pensar em contá-la novamente (aproveitem e curtam a página do Da Igreja Ao Cortiço!!!!!!); saímos de lá e fomos para a escadaria que vai em direção à Tiradentes para buscarmos o nosso lugar ao sol. Os meninos da banda começaram a tocar, estendi as tirinhas lá e comecei a fazer malabares até que, quando já tínhamos um público legal olhando a gente, o que acontece? Um outro grupo musical munido de caixa de som, bateria e desrespeito começou a tocar no nosso lado. Falo em desrespeito porque, independente do local ser público, estávamos ali e eles poderiam muito bem ter chegado pra trocar uma ideia conosco antes de fingirem que éramos apenas um pedaço de bosta ali. Esse foi o segundo tapa, e a marca do primeiro ainda estava doendo bastante. Como não tinha outro lugar onde pudéssemos ir, desistimos do som e ficamos lá trocando ideia e bebendo uma cerveja até o horário da feirinha terminar. Nisso recebemos o primeiro beijo: um cachorro mó bonitinho que sentou conosco e fez a gente se sentir mais amados.
Depois do horário da feirinha fomos pro MON e, na hora de acender uma felicidade, quem aparece? Sim! Aqueles que proíbem a gente de acender uma felicidade. Terceiro tapa na cara, eita nóis!
Aí ficamos lá fazendo um malabarismo e um som, o MON bem vazio e tals, e então mamãe aos poucos foi dando a cara. Começamos a ouvir os trovões e decidimos que faria muito bem pra gente pegar uma chuvinha e tals.
Mas aí veio outro tapa na cara. Iansã olhou pra gente e pensou "cês querem pegar chuva é? vamos ver se vocês vão gostar de um granizo então!" e nós corremos pra parte coberta do MON.
Quem que vazou quando a chuva começou? Isso mesmo, os apagadores de felicidade. Mas não fazia diferença, porque a chuva não permitiria que a gente fosse fumar.
Aí nós cantamos, bebemos fontana escondido dos seguranças, fizemos amigos que bebiam cerveja escondido dos seguranças, e nesse tempo parou de chover granizo, e foi aí que eu decidi (quando me peguei quase chorando conversando com um amigo sobre a história de Iansã) correr, tanto fazia pra onde, eu só queria correr na chuva sem me importar. Foi o segundo beijo, me senti abraçada, me senti leve, e chorei, chorei as dores de todos esses dias, as dores desse final de semana tão cretino e tão bom.
O quarto beijo veio logo em seguida. Lembram do cachorro que sentou conosco no começo dessa patifaria de texto? Então, ele ressurgiu no MON, doido por carinho e tremendo de frio. Fiz o que pude: cobri ele com a minha canga o máximo que consegui e fiquei abraçando ele pra ver se o bichinho parava de tremer, hahah. Demos o nome de Xangô pra ele, e ele nos disse adeus quando a chuva diminuiu. 
Aliás, e quem voltou quando a chuva diminuiu? Policial derrete na chuva, pelo visto! Não teve problema, eles ficaram fechadinhos dentro do módulo policial e a gente aproveitou pra abrir nossa mente.
Na hora de ir embora é claro que voltou a chover um monte, mas não nos intimidamos: precisávamos ir e não iria parar de chover tão cedo. Assim que o frio bateu a gente viu que seria mais difícil do que parecia inicialmente, mas a gente andou até esquentar, hahah. Paramos do lado do pastel do juvevê e o grupo dividiu, enfim.
A história continua, mas eu paro por aqui, vocês não precisam saber do resto. Hoje foi um dia que se nós tivéssemos nos deixado abater teríamos perdido, mas fomos em frente e fez jus, valeu a pena. São os tapas na cara que ensinam, mas ainda bem que tem uns beijos também pra curar.
 

sábado, 18 de outubro de 2014

Não vá em cana, Mariana!

Mariana, vem, me ama
busque em mim o que procurou
em cada abraço no peito suado, batidas de coração
Amou
Mariana, não explana, deixa isso entre nós dois
Se por cima dessa cama não existe mais amargor
rolando nos lençóis, veroz, Mariana amou
Tantas lágrimas derrubadas em meio ao medo de viver
Fuja, corra, não se engana, não vá em cana, Mariana!
naquilo que um dia foi e não pode voltar a ser
perturbada, sai em fuga, não precisa entender
Fecha a porta, Mariana, não deixa qualquer um entrar
não se vende uma casa pra quem só quer alugar
Na morada dos seus olhos encontrei a perdição, tentação
Não se engana, não vá em cana, Mariana!
É em vão.



Sublime, indescritível, pleno



Pular do trampolim

Foi necessário apenas um momento de coragem insana e inconsequente pra eu resolver que, na realidade, o voo é lindo e a queda bruta. 
Fui no DCE, fui ver com os meus olhos o que meu coração dizia que tava rolando e, pra variar, meu coração não erra uma (ou erra todas, enfim).
Mas não falo de um problema, não mais. Fui pro DCE porque havia uma parte de mim que precisava morrer e eu não pensei duas vezes antes de matá-la.
Tô bem, tô feliz, tive uma dose de amor-nuvem muito mais sincero do que aquele amor cheio de falsas promessas, e me sinto bem leve, como faz um tempo que não me sentia.
Talvez seja cedo pra falar e essas coisas não aconteçam assim de repente mas, a princípio, eu declaro aqui que meu amor não é mais seu.
Declaro aqui que agora posso ir adiante.
E declaro aqui que a ressaca de hoje é sentimental, amém.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A cor da prisão não me torna mais livre

Me odeio a cada dia que me pego pensando em você, e penso em você todo dia. É um sentimento dúbio, as vezes sinto que você não está tentando me enganar, que é honesto (mesmo que sem-noção de nada), e as vezes tenho plena certeza de que me usa para manter a sua auto-estima lá em cima.
Não consigo me livrar dessa maré, quanto mais eu fujo mais me sinto puxada em sua direção. Cada vez que nos vemos tudo fica tão lindo, tão bom, tão irreal. 
Sinto vontade de chorar, mas me recuso. É sério, não vale a pena, não enquanto você está dando risada com seus amigos, curtindo uma noite de sexta-feira. Chorar só vai expor mais ainda minha fraqueza. Chorar só vai fazer eu me sentir mais otária ainda por me importar com você, que só se importa comigo quando o preço é baixo.
Detesto ter que escrever esse texto aqui, detesto ter escolhido não sair hoje, mas não vou me igualar. Eu poderia sair pra encher a cara e dar uns beijos, mas seria mentira dizer que quero encher a cara e dar uns beijos, e eu não usaria alguém só pra atender os meus caprichos. 
Se eu tivesse o frasquinho do esquecimento, tomava sem nem pensar sobre. Esqueceria tudo, pro bem e pro mal. Suas mentiras não estariam cravadas em mim, mas seu abraço já não seria o melhor do mundo.
Se eu tivesse o frasquinho do esquecimento, você se arrependeria de ter desperdiçado tantas vezes de se tornar inesquecível, e me veria passar por aí torcendo pra que eu ao menos lembrasse seu nome.
Se eu tivesse esse maldito frasco, não faria diferença todas as vezes que você prometeu estar ali pra mim e não esteve. Eu não contaria (assim como não deveria contar, de qualquer forma) com a sua ajuda quando eu me sentisse triste, porque na minha mente você nunca teria dito que cuidaria de mim.
O pior é saber que eu conseguiria. Se eu me esforçasse bastante conseguiria ver essa armadilha gigante onde me enfiei e buscar uma saída. Mas eu me recuso. Toda vez que penso em como deveria jogá-lo no abismo da minha indiferença, acabo me jogando no lugar. É como se eu não quisesse esquecê-lo, mesmo sabendo que deveria.
Me cansa. Mais do que isso, me esgota profundamente. A pior parte é a punhalada, que vem quando você finge se importar, mas não finge tão bem assim. Pra mim chega, é quase uma súplica isso daqui.
Você já foi, só falta eu ir, mas eu ainda estou aqui, e você?

Vai dar tudo certo, em algum momento.

domingo, 12 de outubro de 2014

Tem que desenhar!

Queridos brothers, sorrisos não são um sinal de que alguém está interessado em você, apenas um sinal de que a pessoa está feliz.
Tendo isso em mente, se em algum momento você pensar que eu estou dando em cima de você, faça algo muito simples: pergunte!
Isso pode evitar tanto problema!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Lista de coisas no mínimo interessantes que fiz na vida

Ordem cronológica é pros fracos!

1- Tive um mico (sagui)
2- Esquiei na neve
3- Andei de sandboard
4- Furei um piercing em mim mesma (boca)
5- Furei um piercing em outra pessoa (nariz)
6- Peguei carona pra ir de uma cidade pra outra
7- Andei de uma cidade pra outra
8- Segurei uma cobra em seu habitat natural
9- Cuidei de uma maritaca
10- Fiz o parto de gatos (no meu colo, inclusive)
11- Vi estrelas cadentes
12- Fui detida pela polícia por motivo político
13- Fui bloqueada no twitter pelo ex-governador Requião
14- Fiz boneco de neve
15- Morei com amigos
16- Comi olho de peixe
17- Conheci gente famosa
18- Fui em shows
19- Salvei um amigo de se afogar no mar
20- Já fui capa de revista (não é a Caras)
21- Já morri

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Turbilhão número mil


Não vejo a hora de ir embora
dar adeus ao que não soma
e criar uma nova história

poder sentir sem sofrer
te amar sem me esquecer
aprender

e quando as folhas voltarem naquele nostálgico lugar, ah, Curitiba, quando vou te abandonar? Foram tantas datas, pisadas no escuro, o medo me chamou e travei, mas fui fundo. Me reinventei , foi necessário, fugir de nós dois e me moldar ao contrário. 
Foram gritos para o céu, copos jogados contra a parede, vozes me dizendo o que fazer, tanta coisa que não rola esquecer. Foi a morte do amigo e também de mim mesma, o renascer das cinzas e ver da vida a beleza. Sou a bruxa e a cigana, sou a dama e a puta. Sou uma barreira, e a mais frágil. Sou amor e raiva. Que merda, que bosta. Quando tudo isso termina? Na fuga do local ou na fuga da menina?

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Problemas criados

Sinto vontade de me apaixonar, mesmo sabendo que, caso aconteça, vou morrer de medo. Queria saber se ainda consigo sentir aquele frio na barriga, ou se conhecer alguém poderia me relembrar como é legal hahah
Que bosta

sábado, 27 de setembro de 2014

Bolinhas aleatórias

Essa semana eu:
° Furei o nariz de um amigo meu
º Fiz o parto dos filhotes da Caligine (pra quem não sabia, a Cali estava prenha e ontem teve seis pimpolhos)
º Ouvi um "eu te amo" leve e respondi um "eu também" mais leve ainda.
º Comi brigadeiro de leite ninho
º Virei a noite (tenho uma teoria de que uma semana na qual não virei nenhuma noite não valeu a pena)
º Fiz música
º Fiz amigos
º Busquei energia em um banheiro feminino espremida com minha melhor amiga
º Peguei chuva

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Só escreve então

Bolhas de sangue nos dedos me impedindo de escrever da forma com que eu gostaria de me expressar. Tudo bem, ainda posso criar algo extremamente non-sense para sair dessa maresia insuportável, essa ordem pré-estabelecida por pessoas que não consultaram os outros envolvidos.
Hoje é aniversário da Manu. Chove. Não temos perspectivas de sairmos de casa. Não temos perspectivas de mudança. 
Me irrita o tédio, e principalmente o sentimento de impotência, incapaz de mudar as realidades que me agridem e entristecem. 
Eu gostaria de um amor, gostaria de uma grande viagem, almejo incansavelmente os dias de sol e o verão. Me canso com facilidade, todo dia buscando motivos para querer vivê-los. Essa vida é uma cretina.
Não sou infeliz, me acho bem distante desse estado de espírito, mas o tédio me domina de forma a confundir meus sentidos. Eu quero mudança, não sei por onde começar.
Nem sei porque tentar.

sábado, 20 de setembro de 2014

Ah :(

Bem que a busca no Face podia ser por situações, e não por nome, né? Do tipo que se eu colocasse "menino charmoso dançando monstrão no DCE" apareceria e tals

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Porque eu deveria parar de escrever

- Porque tem me irritado não conseguir fazer textos bons
- Porque tem me irritado não conseguir parar de tentar fazer textos bons
- Porque escrever sobre meus problemas não anula meus problemas
- Porque eu tô rabugenta e começar todos esses tópicos com 'porque' é bem idiota.

Tchau, amigs, até a próxima

"Mas qual é o problema de você se apaixonar?"

Sem contar, é claro, a dependência psicológica, a possessividade infundada, a anulação da individualidade, a obrigação de dar satisfações e o término inevitável gerando três mil sofrimentos futuros?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Poema inacabado de um admirador não-secreto (só pra vocês)

"Lamento o lapso à qual fiquei em inércia
Uivo diante aos céus agora em sua procura
alvorece agora mais um dia em que me pego pensando em ti

ó

Licencioso o véu que de seu corpo resplandece
Useira boemia de passitos curtos
Abelha que furta do coração o amor para prosar o mel

Laconico o olhar infindo desses olhos lindos
Usufrui do remedio malabares para curar a solidão"

sábado, 6 de setembro de 2014

A gente não aprende

A gente não aprende
uma coisa é viver intensamente
turbilhão de cores 
sol brilhando como nunca
e então volta, volta
as nuvens cobrem novamente
Abril sempre chegar
em um Agosto inacabado
Tapas na cara de realidade
respingando por toda a sala
o amor é tão bonito
mas dói, sufoca e mata

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Um brinde à loucura


Por muito tempo pensei em ser uma pessoa mais séria, menos boba, mais respeitável.
Quis que as pessoas levassem em consideração o que eu falo, quis que parassem de julgar cada palavra pra fora da minha boca, quis ser considerada uma "mulher de respeito" (o que é engraçado, levando em consideração que quando me refiro a mim, utilizo mais a palavra 'garota' do que 'mulher').
É uma ideia meio idiota, e hoje eu vejo que 'se dar ao respeito' é uma expressão utilizada constantemente como penitências que, ao meu ver, ninguém deveria ter o direito de ditar.
O despertar veio aos poucos. Percebi como cinco pontinhos de maquiagem na cara causam mais ojeriza nas pessoas do que o cara sem rosto segurando a latinha em um canto qualquer, percebi que me vestir da forma com que me sinto traz olhares, porque ninguém gosta de pessoas que se portam como se sentem confortáveis.
 Fui vendo que, independente do que a gente faça com a nossa vida, nós vamos ser alvos de comentários, principalmente porque o ser humano adora falar do que não entende.
Conheci pessoas que se vestiam e se portavam como loucas e, ao conversar com elas, encontrei uma realidade que bateu na minha cara com a força de todos esses anos mascarada. Fiquei em choque. Essas pessoas viviam, essas pessoas entendiam!
Por muito tempo fingi que não havia nada de errado comigo, que eu me adequava à esse mundo. Foram anos de máscaras, sofrimentos e sentimentos sufocados.
Hoje, não finjo mais. Há mesmo algumas coisas de errado comigo: vários parafusos soltos; muitas ideias utópicas que fazem meus pais morrerem de medo do meu futuro; uma leve propensão ao caos, etc.
O lado bom é que, dessa vez, me alegro em ser errada. É melhor do que ser certa, ao menos nos dias de hoje.

Crosta

Quando as coisas apertaram, tive que aprender a esquecer, tive que fingir que sua presença não me era nada, tive que viver como se você não fizesse parte da minha vida.
Por um bom tempo, que manteve bem a minha sanidade até aqui, funcionou.
Hoje, onde as coisas estão seguras e podemos nos aventurar novamente, tremo diante da ansiedade. Criei em mim uma crosta, barreira protetora que não me sinto segura a baixar. 
Sua simples volta transformou minha vida, e eu a tua, o que faremos, menino?

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Leveza

Amor infinito
bem guardado, contido
secreto, amigo
só morrerá comigo

sábado, 23 de agosto de 2014

Depois da tempestade sempre vem a bonança

Foram alguns meses de preparação pra peça, e é difícil acreditar que ontem finalizamos Antígona.
Me sinto como de férias, e acho que realmente estou, porque essas últimas semanas foram bem corridas. Agora é hora de desacelerar um pouco e definir os próximos passos, porque ainda tem muito ano pela frente e muita coisa pra acontecer.
São tantos planos, tantas viagens futuras, tanta coisa acontecendo. Esse ano tá sendo, como o esperado, muito movimentado, muito frenético.
Que assim seja, tá valendo a pena!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

VAI TER

VAI TER PEÇA VAI
VAI TER DREDERA VAI
VAI TER TUDO SE CONCRETIZANDO VAI
VAI TER FRUTOS ENFIM VAI
VAI VAI VAI o/

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Só funciona na prática

Fala de amor o tempo todo
e acha que é fácil sustentá-lo
e quando vê a oportunidade
o medo bate, coração fecha
não se permite amar
juro que entendo, dói
mas não seja arrogante
fala de amor o tempo todo
mas não o sente em nenhum instante

Inconstância geminiana

Me dá oi dia sim, dia não. Em um dia me dá oi como se por obrigação, no outro vira a cara e nem me olha no olho, como se eu não estivesse ali.

Esses dias me deu raiva, hoje não mais. Maior do que toda a dor que você me causou é, com certeza, toda a dor que um dia já te causei. Lide com isso da forma que for positiva pra você, eu já não sinto mais nada.

sábado, 16 de agosto de 2014

Se preferir, fingimos que não

Percebo o que se passa
no seu 'seguir adiante'
não condeno, calma constante
entendo que precise da raiva instigante

me ignora, mas não despreza
sei que ao me ver o medo destrói
entendo que tenha que escolher pela raiva
para fingir que o amor nunca dói

me vejo em seus textos, mesmo que diga que não
as partes negativas, o drama em vão
se hoje não consegue mais me esquecer
eu entendo que é pelo que fiz com você

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Método

Substituímos individualidades sem nenhum pudor
em seguida nos propomos a divagar sobre o amor
com pretextos egoístas que nem podemos apontar
fingimos sermos indispensáveis e assim a limitar

Sinto a abstinência de um novo contexto
incapaz de fugir dessa inércia constante 
corpos em repouso não se movimentam
e perde-se a chance de viver o instante

Sigo distante, solitária; amiúde
desvendando universos, superando brumas
recusando a cada dia enterrar minha alma
seguindo passos no escuro, de passito, com calma.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

É nóis HAUOSHAUOSHAOIHS

Cansei de ficar reclamando, as vezes devemos entender
a vida é uma cretina, e a única escolha é vencer

MANDA MAIS, MUNDO, TÁ POUCO, PÓ MANDÁ QUE EU AGUENTO.

domingo, 27 de julho de 2014

Sem dor, só amor

Me atrai o romantismo
e um pouco de cafuné
gosto de palavras bonitas
e de massagem no pé
acho válido o amor
mas quero distância da possessão
carnal sim, banal nunca
universos em colisão


Possível solução

Para evitar que pessoas se aproximem de mim com intenções além de amizade nesse momento super impróprio pra isso, 'formalizei' o que eu tenho com o Gi no Facebook. HASHASHAHSOAHS
Arriscado, mas dá nada, ele sabe o que se passa, É NÓIS BEAUTIFUL EYES!

TCHAU VOCÊS
(Rio de Janeiro tá super legal!)
(Nem tinha falado pra vocês (que nem existem) que eu tô no RJ né? Que feio! Cheguei quinta!)



P.s.: Olha que coisa legal que eu descobri? A palavra "paranóia" é praticamente igual em várias línguas! - Fim de curiosidade aleatória.

sábado, 26 de julho de 2014

Vivendo e aprendendo

Perdi meu foco temporariamente. Tendo um sonho grande e difícil como o meu, é um absurdo que eu tenha vivido os últimos meses preocupada com meu emocional. 
Tenho mil trilhas pra seguir. Preciso focar no Da Igreja Ao Cortiço, preciso focar no teatro e, principalmente, preciso focar em Os Reinos.
É compreensível que a carência tenha mudado meu rumo para outros assuntos nos últimos tempos, foi-se o tempo que eu ficava me condenando pelos meus erros, mas agora está na hora de ir adiante.
Terminei meu último relacionamento sério porque sentia que precisava ficar sozinha, e terminei os últimos não-sérios porque descobri que, mais do que isso, ficar sozinha não é uma escolha, é uma necessidade minha. Já falei aqui e repito: eu machuco os outros, e não quero machucar ninguém. 
Tô com medo que esse texto esteja passando uma impressão negativa. Deixem-me esclarecer, leitores imaginários, não estou infeliz. Na realidade, faz tempo que não sei o que é estar verdadeiramente infeliz. As vezes bate uma tristeza, uma solidão, mas passa tão rápido que nem considero. A única questão é que preciso de foco. FOCO FOCO FOCO! 
Tenho tanta coisa pela frente, tenho tanto pra construir, eu vou voar, tenho todas as ferramentas pra isso! Só preciso lembrar de que a minha missão nesse planetinha azul é imensa, e que não tenho tempo para besteiras.
O papo agora é esse: Relacionamentos, venham se tiverem coragem. Mas corram pra me alcançar, não vou mais parar por vocês.
Agora estou por mim, ainda bem, ainda bem!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Adiós

Faça as malas, vá embora
vá dançar por onde nunca dançou
ouça a música da turbina do avião
não olhe pra trás, tudo passou

faça as malas, pegue a estrada
não se permita estacionar
quando estacionamos a dor chega
e não nos leva a nenhum lugar

bote a mochila nas costas e siga
sempre em frente como deve ser
esqueça quem ficou pra trás
e pense nos que irá conhecer

leve sua toalha e sua escova-de-dentes
a disposição e sua good vibe
deixe pra trás o que lá tem que ficar
pegue suas malas e vá viajar 

Passe pra terceira

Você passou por mim e se foi
como sempre dissemos que seria um dia
dois desconhecidos, mais uma vez
e a vida já me mostrou ser cíclico

hoje estou sozinha, sempre foi uma escolha
pago o preço e aceito a bagagem
existem dias solitários onde o frio bate
e os dias de verão onde danço com a brisa

mesmo sozinha, sinto-me bem
vivendo assim não preciso de ninguém
não machuco os outros e sigo cantando
satisfeita com a liberdade de fazer o que amo

A dor que já senti passou
e hoje o peito aperta e logo se abre
conhecendo gente nova a cada dia que passa
sentindo falta dos que se foram na caminhada

Sei que não aguenta a solidão
sei que precisa de alguém
sinto vontade de estender a mão
mas me lembro que preciso também

você não está aqui pra mim
e agradeço por já não pedir
hoje gosto de ser sozinha
porque sozinha posso fugir

Liberdade

Caminhe comigo e observe o movimento
são tantos universos diferentes que passam por nós
prometo-lhe, neste bonito instante, aprenderá a ver
com olhos treinados pode enxergar tanta vida que transborda

Caminhe comigo e conheça o meu mundo
onde as cores são mais vivas e os sentimentos intensos
onde a dor é palpável e a alegria transborda
e onde nada será como você se lembra

Estando ao meu lado verá como vivo
E vivo rodopiando pelo mundo sem fronteiras
a música está na cabeça e os muros já caíram
caminhe ao meu lado e se descubra livre

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Utopia

Cansada de chorar pelas minhas dores pessoais
resolvi abrir os olhos com a navalha da faca
o sangue jorrou, e foi quanto percebi
que havia mais sangue fora do que dentro de mim

em um mundo de fome e miséria
o poder fica na mão de poucos
deus está impresso no papel
rindo de quem corre pelo certo

o medo que sinto faz parte do despertar
quando percebemos com clareza a situação
guerra destruidora que pode nos matar
mas viver sem liberdade é viver em vão

é sempre melhor travar uma batalha
do que não travar batalha alguma
rio das lágrimas que antes derrubei
pego minhas armas e vou matar nossos reis

quarta-feira, 9 de julho de 2014

The Winter is now

Minha vontade no momento é pegar a estrada sem rumo para qualquer lugar que não faça frio.
Alguém quer pegar carona nessa, hahah?

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Da série: Coisas gostosas de se receber no Facebook, Parte 1

Links de músicas com mensagens inclusas.

A lua vem surgindo cor de prata
No alto da montanha verdejante
A lira do cantor em serenata
Reclama da janela a sua amante
Ao som da melodia apaixonada
Das cordas do sonoro violão
Confessa o seresteiro à sua amada
O que dentro lhe dita o coração
Ó; linda imagem de mulher
Que me seduz
Ah! Se eu pudesse
Tu estarias num altar
És a rainha dos meus sonhos
És a luz
És malandrinha, não precisas trabalhar
Acorda, minha bela namorada
A lua nos convida a passear
Seus raios iluminam toda a estrada
Por onde nós havemos de passar
A rua está deserta, ó vem querida
Ouvir bem junto a mim
O som do pinho
E quando a madrugada já surgida
Os pombos voltarão para os seus ninhos

Brujeria

Eu não queria qualquer abraço
queria o seu
que não é nada pra mim
mas que aos poucos me ajuda
a esquecer o que já foi
não é seu cheiro que sinto na lembrança
nem o toque da sua pele que tenho em mãos
mas parece que você me conhece
parece que já me decifrou
e quando nos tornamos um
é como se você nunca tivesse saído daqui
quem é você, rapaz sem sentimentos
que sente a todo momento
esse grande e imutável vazio?
por que tanto me conquistou
se sua boca já se mostrou
em sorrisos por tudo aqui?
não quero mais escrever
não quero mais pensar
não quero mais sentir
só quero que o vazio passe
e eu possa em frente seguir.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

De leve

Tentei guardar pra você
um pedacinho de mim
não deu, me perdi
passou, sobrevivi

você continua em mim
e já nem estou aqui
mas prefiro seu sumiço
do que seu sorriso no fim

permanecemos ligados
mas não por amor
a história já é passado
que de futuro jorrou

quinta-feira, 26 de junho de 2014

E não choveu nesse ano-novo

Pela primeira vez desde que consigo me lembrar
o fogo dominou a tempestade
bondade
será que veio com a idade?
NUNCA É TARDE

Elucubrando

Fumei um e tive uma visão clara da auto-manipulação humana.
Pensa só, já reparou que muitas vezes as pessoas atribuem a infelicidade à solteirice? Carência e tals? 
Aí a gente namora e vive uma grande decepção, porque não preenche aquele vazio.
A realidade é o que eu sempre pensei: a vida é ó, aquela bosta, e a gente que acha que tem uma causa pra isso.

Com essa, deixo vocês.

Um beijo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cíclico - 25/12/13

Aonde está a morte na vida?
Se chamo de vida me ausentar por dois minutos
Para tentar puxar fumaça de um bong com maconha velha
Aonde está a vida na morte?
Não consigo diferenciá-las no vazio desprezível que é a vida
Aquela mesma que tentamos encher de brilho todo o dia
Temendo
A morte
A vida faria sentido se a morte não nos rondasse?
A realidade é que somos cegos demais para vermos o quão frágil
É o nosso receptáculo
Nós não enxergamos a morte
Nós nos deparamos com ela, e sofremos, e esquecemos
Isso é a vida? Aprender a lidar com a morte?
E em que parte da vida esqueço da morte, do tempo
E consigo viver?
Consigo viver?
Eu vivo?
Tenho um cigarro quebrado –meu último- na minha frente
E isso estragou a minha noite
Porque fumá-lo seria a coisa mais prazerosa de fazer hoje
É Natal
Ô Natal
Minha família me considera um fracasso e hoje não consigo nem me importar
Deve ser o espírito dos Natais Passados
Me lembrando de quão cíclica é a nossa vida
É Natal
Ô Natal
Meu namorado capotou, estamos brigados e não nos veremos mais este ano
Cíclico
E levemente idiota
A ideia de começar o ano bem para ter um bom ano
Sendo que o tempo é uma invenção humana
E os humanos são feitos de erros
Ou são o erro
Embora uma hipótese nem anule a outra
Podemos ser um erro feito de erros
Me parece plausível
Ao menos a maconha velha fez efeito, não?
Vou parar por aqui, não gosto de textos debochados

Foda-se

Passa?

Sofro
saudade bate
nem parece mais
que tu tanto me machucou

sofro
aperta o peito
e eu meio sem jeito
espero que passe, ou me mate

não tem problema
eu sei que vai embora
sempre chega essa hora
quando a indiferença é lei

hoje não busco seus lábios
insensatos, compartilhados
eu prefiro ficar só
por aqui, bem aqui

me sinto mais segura
mais tranquila, menos confusa
você me fazia mal
agora não faz mais.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Na ilha

Cheguei sorrindo, percebi a ponte
ilumina a mente, a fumaça sobe
subiu pro céu junto com as estrelas
na madrugada naquela estrada estreita

Florianópolis foi incrível, só tenho a agradecer essa viagem surpresa!

s2




sexta-feira, 20 de junho de 2014

Obrigada pela visita

Como um só
movimento
é circular
é quente
envolvente
estamos juntos
minhas unhas nas suas costas
suas mãos em minha bunda
e a gente sacode
em uma sincronia primeiro desritmada
para que possamos antes nos conhecer
e então fica natural
como se sempre estivéssemos ali
movimento
as janelas ainda estão embaçadas
e juntos arfamos
nesse tabu delinquente
de que sexo é só pra bicho
e não pra gente
atente
está na hora do nirvana
jogue fora sua semente
e arrume logo a cama




quinta-feira, 12 de junho de 2014

Muito pouco pra expressar meu amor por você

Escrevo pra me purificar, e principalmente para eternizar.
Escrevo sobre você porque o que eu mais queria agora era te ter ao meu lado. 
Fico pensando em como seria o dia de hoje se você ainda estivesse aqui. Namoros vem e vão, mas eu sei que hoje eu estaria com você. Sempre passávamos o dia dos namorados juntos, porque, bom, éramos solteirões, hahah.
Sinto muito a sua falta, tanto que nem cabe em mim. Hoje é mais fácil lidar, já fazem cinco anos, mas sua lembrança ainda está bem guardada em mim, e assim ficará pra sempre.
Menino, como eu queria ouvir a sua voz dizendo que vai ficar tudo bem. Eu sei que no final sairemos vencedores, mas era mais fácil acreditar nisso contigo ao meu lado.
Hoje eu vou aproveitar o meu dia. Está sol, tem tudo pra ser um dia bom, e você está aqui, presente dentro de mim.
Amo-te hoje como te amei no passado, e como pretendo amar por todo meu futuro.
Um dia nos veremos de novo, amigo, a morte vem para todos.
E quando isso acontecer, bom, vamos beber como condenados no mundo espiritual, ok?

Da sempre sua,
                        Guerra

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Estoque de tirinhas

Edição 1 : 3
Edição 2: 8
Edição 3: 8
Edição 4: 9
Edição 5: 2
Edição 6: 2
Edição 7: 0
Edição 8: 9
Edição 9: 4
Edição 10: 3
Edição 11: 10
Edição 12: 5
Edição 13: 8
Edição 14: 2
Edição 15: 6

Preciso de 
7 (1)
2 (2)
2 (3)
1 (4)
8 (5)
8 (6)
10 (7)
1 (8)
6 (9)
7 (10)
0 (11)
5 (12)
2 (13)
8 (14)
4 (15)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Coisas de que realmente não gosto

- Ir ao banco
- Ir ao médico
- Entrar em igreja (nada contra quem gosta)
- Cantadas na rua
- Desrespeito em geral
- Frio
- Semanas de chuva
- Ir ao banheiro no frio
- Unhas na parede
- Não gosto MESMO de unhas na parede
- Pessoas brincando de empurrar minhas unhas pra trás. GASTURA!
- Joguinhos de poder
- Humor negro que critica oprimido e não opressor
- Pessoas desconhecidas me falando pra parar de fumar
- Injeções ou vacinas
- Já mencionei ir ao banco?
- Moralismo de comentário de Facebook
- Gente desnecessariamente agressiva 
Continua...

sábado, 31 de maio de 2014

O melhor motivo para continuar sozinha

No decorrer dos meus dois namoros aprendi muita coisa, e a mais importante delas com certeza é que sozinha guio minha vida como eu quero, e nada é melhor do que guiar a própria vida como deseja.
Claro que não sou a cara da frieza. Gosto de ter pessoas ao meu lado, gosto mesmo, mas tenho um sério problema irreversível: eu machuco as pessoas.
Vou tentar diminuir o drama, mas a ideia é basicamente essa: aqueles que ficam ao meu lado inevitavelmente sairão machucados uma hora. Acontece direto e vai continuar acontecendo.
As vezes preciso tomar decisões por outras pessoas, porque vejo que as minhas próprias decisões irão machucá-las, e não quero machucar ninguém.
Mas eu sempre falo. Independente de como eu levo a minha vida e de quantas pessoas estão a minha volta, eu não iludo ninguém. Conto como sou, como vivo, e permito que qualquer um vá embora, se preferir.

Chega, cansei de escrever esse texto.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Cada batida é uma contagem regressiva

Corações afoitos se escondendo
atrás de um trago de cigarro
nojento relento que espero
nesse vazio mês de maio

maio é o mês dos casamentos
e meu casamento é com o sol
farol apagado esperando o barco
barco afundado esperando um farol

somos tantos, e tão sós
buscando nos outros o vazio
coração afoito esperando o calor
coração com medo esperando o frio

Só vai

dessa vida, sou cigana
não tenho dono ou um lar
não se prende uma chama
que você não queira apagar

estamos unidos, tá bom assim
continuemos livres
e não teremos fim

sol chegou, e já se foi
presente já está no passado
ficaremos bem, você vai ver
no final tudo é aprendizado


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Versinhos com da

Corpos rodopiando nas ruas molhadas
curtindo o silêncio, se equilibrando na calçada
alma voando longe enquanto as mãos estão dadas
e meu rosto em seus olhos de madeira envernizada



terça-feira, 27 de maio de 2014

Gotas de realidade

Acho que tô meio assim
acordando 
enquanto vivo essa minha vida irreal
são gotas de realidade
que batem em mim
e respingam nos outros
sem controle

eu não ouço desabafos
eu sou um desabafo gigante
que tenta mostrar aos outros
que vivemos uma guerra
e a felicidade é uma ilusão
assim como a tristeza

mas quem disse que ilusões não são reais?

Acordei
não quero mais dormir
Agora eu tenho o controle.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Lembrete

Fiquei duas horas no twitter procurando o dia do aniversário da Noir Caligine, então vou colocar aqui pra facilitar minha vida e nunca mais esquecer!
Minha pimpolha veio até nós em forma de raio no dia 30 de Setembro de 2013, no horário da noite e com os zoião mar bunito da face da Terra.

Is this

Inexplicável

A conexão era real e intensa,
e a imaginação deu espaço para o toque
de pele com pele, como veludo tratado
encaro, vendo no riso o prazer selado

dois unidos como um só
sem passado e futuro a se pensar
o presente era mais do que o carnal
naquele chão gelado a se esquentar

não temos dono, não temos rumo
somos a aleatoriedade dos instantes que se passam
as cartas no baralho que não tem par
e dois coringas perdidos procurando se achar

não temos barreiras, não temos pudor
sabemos que mais do que tudo o que rodeia é amor
duas nuvens viajantes se encontram um belo dia
e de um belo dia transformam em estadia

Sorria!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Vento é algo passageiro

Eu sabia que você voltaria atrás
e pensei que balançaria
mas achei um bom motivo
ou talvez dois, três, quatro

eu venci à mim mesma
e consegui nos esquecer
virar a página me permite
uma nova história escrever

sem raiva, sem rancor
nada disso habita em mim
mas esqueça meu amor
que ele agora é só pra mim

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sad

Toda a raiva que estou sentindo de você em uma música

Eu te amei tanto, mas seu ódio parece ter me corrompido, principalmente por ter tirado meu direito de resposta.
Não que eu te odeie também, óbvio que não. Desejo que vá, se dê bem, rume, voe.
Mas não volte.

De resto, vou bem, obrigada, a vida continua firme e forte. Mais forte do que firme, eu diria.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Inverso

Disfarça, acho graça
tempo passa, me abraça
ao passo que o espaço
nos dá o ar que embaraça

tanto somos no universo, disperso
imensidão que ao definir, me estresso
no vácuo do pensamento, te peço
me esquece por um momento, ou o inverso

Carro com 8 de Copas

Enquanto você ficar parado(a), esperando que a iniciativa venha a ser do outro, perderá sua possibilidade de dar e receber amor.

O relacionamento é positivo... está pronto para ser usufruído, basta você sair do medo de sofrer e de tentar um recomeço. 
Deixe suas magoas no passado. Busque sua vontade latente de viver com uma pessoa especial, e ter um relacionamento estável e feliz.



SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM! s2

domingo, 11 de maio de 2014

Um pouco sobre minha mãe

É bom ver o quanto podemos ir aprendendo no decorrer dos anos. Acompanhar nossa evolução é um processo fantástico e espiritualmente gostoso! E poder agradecer as pessoas que nos ajudaram no longo dos aprendizados é melhor ainda.
Lembro fortemente de uma cena da minha infância/pré-adolescência, onde eu já começava a formar uma opinião sobre as coisas. E era uma opinião bem bosta, pra falar a verdade, mas é bom poder ver como mudei, e como minha mãe participou dessa mudança.
Estávamos à mesa almoçando, quando eu comecei a expressar minha opinião sobre a forma dos gays se portarem. Me incomodava o fato dos gays sentirem tanto preconceito na pele e ainda "piorarem as coisas para si próprios sendo 'afeminados' e 'chamativos'". Acreditava verdadeiramente que eu não era homofóbica, que só pensava que era uma estratégia errada e até mesmo desrespeitosa da parte dos homossexuais, como se tentassem impôr sua sexualidade ao resto do mundo.
Minha mãe, dotada da sabedoria da qual sou muito grata, foi contra mim. Me explicou que exigir que gays se portassem "da maneira certa" era preconceituoso e influenciava na liberdade dos outros de serem como se sentirem mais confortáveis.
Hoje eu vejo que cobrar uma determinada postura das minorias é só mais uma forma de opressão, e se sei disso é graças à minha mamuska, que não quis colocar mais uma homofóbica no mundo.

Obrigada, mamãe, feliz dia das mães!

sábado, 10 de maio de 2014

Quartinho de ilusão

Afeta as minas, papo de coração
te ver na distância, intensificando a solidão
está tudo bem agora, tenho um quarto de amor
e da noite estrelada a amizade me salvou

vi a lua e ela sorriu
mais uma noite
e ninguém dormiu
você já conhece o festerê:

dois dias sem dormir
dois dias sem comer

fui dormir doce, acordei amarga
está tudo bem, a noite foi irada

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Haja força

Para diminuir o vazio que sinto na minha vida profissional, aqui estou, tentando abocanhar mais do que consigo. Tô fazendo teatro, vendendo tirinhas, vou fazer a seletiva pra ver se participo de uma websérie e vou entrar em um espetáculo de circo (se tudo correr bem, e vai).
Preciso do ganho financeiro. Isso tem martelado na minha mente todo dia, em forma de 'mãe'. É difícil, porque pra fazer tudo que quero não posso ter um 'emprego de verdade'. Aliás, eu até poderia, se pelo menos alguma parte de mim quisesse e, bom, essa parte não existe.
Meu aniversário tá chegando, e com os vinte e um anos fico pensando no que construí. Não tenho bens materiais, mas criei um nome, e sinto que um dia esse nome vai me ser útil. Mas quando? 
O que mais dói é a dúvida. Preciso que um dia eu consiga me manter fazendo o que nasci pra fazer, mas o que nasci pra fazer, carai, não dá dinheiro. HAHAH
Tudo bem. Encarem isso como um desabafo, leitores imaginários, mas saibam que não vou desistir. Primeiro porque não posso e segundo porque não quero. 

É nóiz.

Cronograma da semana, antes que eu esqueça

Segunda:
(x) Fazer a nova tiragem das tirinhas, incluindo as novas

Terça:
(x) Acordar cedo
(x) Me vestir
(x) Ler o texto do teatro algumas vezes
(/) Ligar pro cara do PC e ver o orçamento (ele não tinha ainda)
(x) Pedir ração pra Cali s2
(x) Vender tirinhas (Vulgo "ir trampar")
(/) Montar as novas tirinhas (Não terminei, mas adiantei bastante)
(x) Teatro

Quarta:
(  ) Ligar pro cara do PC e conseguir o orçamento
(  ) Dar mais uma lida no texto da peça
(x) Ir no parque levar a Maia
(x) Treinar malabares com quatro bolinhas
(/) Finalizar as novas tirinhas

Quinta:
(x) Me vestir, arrumar a mochila e sair CEDO de casa
(x) Ligar pro cara do PC e conseguir o orçamento
(x) Ir trampar
(x) Ir pro teste da Web Série que vai ser gravada

Sexta:
(x) Me vestir e arrumar a mochila de sexta-feira
(x) Ir trampar
(x) Ir direto pro Bec Bar ficar doidona porque não vou ter teatro

Sábado:
FOLGA!

Domingo:
(  ) Feirinha hippie (Vulgo "melhor dia de trampo")(CHUVA MALDITA)
(  ) Primeiro dia de sinal com Yasmin e Diego! (CHUVA MALDITA)
(  ) Varalzada no MON (CHUVA MALDITA)

Segunda:
(  ) Começar a aula de Circo pra montar o espetáculo (14h), LEVAR MALABARES (como se eu não fosse levar)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Estava tudo bem

Não sei porque
você insiste
em ser assim

não sei porque
você sente tanto
um vazio dentro de si

Não entendo você
e quem pode entender?
É sempre assim

Mas não se sinta mal
não me maltratas mais
tudo já passou

que sua raiva vá embora
e o amor chegue sem demora
porque hoje somos mil

se precisar de um tanto
aviso-te já, pode pegar
que meu amor vai transbordar

sábado, 3 de maio de 2014

Mais um dia

Mais um dia
quanta harmonia
sorria!
estamos vivos
vivos levamos
mais um dia
de chuva ou de sol
relógio biológico
cronometrando o final
esse filme de aventura
de romance e comédia
e se passa mais um dia
sorria.


OLÁ, MAIO!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Feliz aniversário mercuriano!

Hoje é o dia em que Mercúrio está na mesma posição que estava no dia do meu nascimento.
Hoje meu pensamento vai se fixando, as ideias vão se encontrando e, aos poucos, beeeeem aos poucos, vou caminhando rumo ao que serei para sempre.
Hoje volto a vender tirinhas, hoje volto a dar um rumo na minha vida.
E uma hora, não muito longe daqui, me encontrarei nesse mundão.

E sigo assim, sobrevivendo à Abril. Que venham vários!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Sobrevivendo

Poucas coisas são tão boas de se ler no horóscopo quanto isso:

 "Esta é a ultima semana do seu `inferno astral´, ou seja, o mês que antecede o seu aniversario e que é considerado como particularmente difícil em astrologia. "

Significa que, mais uma vez, sobrevivi à Abril.
Aliás, esse inferno astral foi difícil, como Abril sempre é, mas muito esclarecedor, como Abril sempre é.
E o mais importante, voltei a escrever Os Reinos e tô tendo um avanço bem considerável. s2s2s2
Delícia de vida!