terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Aprendendo sl

 E nesse balanço louco, por cima, por baixo, entre passos e esbarros percebo que perdi, perdi o controle e a ilusão de ter, perdi a regra e a base e o fio de linha que define como uma vida deve ser, cada ato costurado, ensaiado, fixado, baseado em preços que pagamos no passado, todos nós. Eu acho que isso é estar viva, mas é fácil pensar assim também, tendência antiga, jogar tudo para o alto e recomeçar, te encontrar ou me perder, fazer o quê se eu gosto do estrago? Mas o dia seguinte tá lá e eu tenho meus cacos também, e sou o conjunto inteiro, é mais fácil ser sozinho mas bem mais divertido estar junto, só que bem, mas quem tá bem neste mundo?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

2015

 E se por anos me senti amedrontada pelo puro vislumbre de ser quem eu sou, e se por anos escolhi a auto-opressão pensando, iludida, evitar as críticas alheias, e se me omiti no sim ou no não na tentativa de me sentir mais amada 

Então preparem meu cenário, abram as cortinas, acendam as luzes, eu estou pronta, não perfeita ou invulnerável, mas viva, como de tempos em tempos eu consigo me sentir, sozinha, por mim, por quanto tempo eu dormi? As vezes acontece, me perdôo por isso e além, mas do vinagre ao vinho o paladar será meu, portanto as escolhas também 

Ah, tirei a máscara e o sol tocou meu rosto, não pela primeira vez, mas pela primeira vez em muito tempo, e, como sempre, eu gostei, porque sou filha da dança, do sol e da lua, da sombra e da luz, eu tenho um grande karma compartilhado por todo um planeta, mas vou conseguir, vou aprender a amar quem eu sou, porque sou isso e eu sei, vou fazer o quê? Aceito tudo.









terça-feira, 19 de outubro de 2021

Mesmo acompanhada, sempre sozinha (mas agora isso é bom)

 Não tente me consertar, porra, perceba a arrogância nisso. Se o estar junto justifica, não importa, porque também pago o preço de lidar com sua parte quebrada, até gosto, somos humanos e isso é bom.

Sei que tenho problemas e sei que quer me ajudar, mas não te cabe, os obstáculos vieram da minha jornada e, se é o preço a pagar, pago, acho que começo a ter orgulho do que vivi. Veja bem, errei demais, foram anos de erros, porque vivi tanto que me permiti arriscar e, no risco, as vezes a gente quebra. Mas eu preferi, porque é tão bonito, sei lá, estar vivo é tão intenso e, se melhor for viver na racionalidade e perder esse sentimentos que palavras não explicam, bom, fico aqui, no tal degrau abaixo que tantas vezes me colocaram, "menos evoluída", dizem, e eu completo "humana pra caralho", tenho ansiedade e com ela muitos medos. Sou corajosa demais.

Ando com orgulho de mim, acho que percebi que, mesmo hipócrita ou questionável, é a única possibilidade. Isso não tem a ver com abdicar da autocrítica, só não deixar que qualquer dedo apontado tenha influência, pessoas adoram apontar dedos sentadas, imóveis, na plateia. 

Por um tempo tive vergonha de escrever aqui. Exposição demais, mostrar vulnerabilidade, enfim, mil motivos. Mas eu gosto, e por isso continuo, escrever me faz bem e seria falso (me conhecendo) escrever sem mostrar, mesmo para ninguém, nada aqui está em uma gaveta, eu não estou em uma gaveta.

Eu estou sempre, sempre aqui.


E vocês?

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Mundo cheio

 Não tenho nada a acrescentar, tudo já foi falado, por mim, por mil, não existem novidades, nenhuma meia-verdade, verdades inteiras, as coisas são e são, como são e para sempre, seja lá quanto tempo o pra sempre dure, mas eu não tenho mais nada a acrescentar, só os ouvidos e a vontade de, mesmo que em raridade, fazer uma passagem presente, intensa e real, talvez menos banal do que já vi até aqui.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

cotidiano paranoico

 Estamos aí, vivendão. Não fiz a retrospectiva do blog, que eu disse pra mim mesma que faria já sabendo que não faria, por mim que 2020 seja enterrado e esquecido, o que é uma amarga ilusão, já que os reflexos seguem firmes e fortes.

Estou cansada de falar do mundo. Falar é fácil, para começar. Do que adianta ver o que está errado, sem ação? E que ação eu, no meu ridículo e limitado momento atual com minha pobre cabecinha, consigo tomar? Mas não tô aqui pra ficar mais uma vez me vitimizando comigo mesma, é mais assumir os verdadeiros obstáculos, eu vou cuidar de mim, o mundo é muito grande e eu, bom, eu não. E aí, quando eu estiver segura novamente comigo mesma (e esse momento vai chegar), quando meu corpo não ficar me boicotando, posso voltar a pensar em qualquer coisa que não seja eu.

Cansei de pensar que eu vou me resolver rapidamente, então que leve o tempo que precisar, foda-se, eu vou ficar em casa mas não vou ficar parada. Quero estudar e quero voltar a fazer exercício (pós-vacina vou voltar pro karatê nem que eu tenha que implorar para me darem aula em troca de imã de geladeira ou qualquer outra coisa que eu saiba fazer).E quero parar de passar mal, porra, isso é tudo que eu quero. Parar de passar mal e conseguir pagar meu aluguel todo mês. E a vacina, que, estando no Brasil, já parece um conceito meio abstrato, um verdadeiro caviar.

Eu tô num planeta coletivo, não dá pra pensar só em mim, também não é o que eu quero, não é nem ao menos minha opção confortável. Mas o sentimento de impotência, ele é muito forte, esse safado. 

Enfim, inicio aqui a saga de textos sem conclusão de 2021, ano passado foram pouquíssimos posts porque eu tava ocupada demais tentando me mantêr viva, na verdade ainda tô, mas tô com saudade de escrever para ninguém, me perder na própria cabeça e externalizar todo esse besteirol que passa aqui.

Eu não tô feliz, e não estou deprimida, tô viva, estou furiosa e quero parar de passar mal para poder direcionar minha fúria de maneira eficaz, ou pelo menos descobrir se é possível, tanto faz. Se tiver alguém aí, boa sorte.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Foi tarde 2020, oi 2021

No soy un número, ni parte de una cifra

Aunque se paga por igual la misma tarifa

Todos caminamos con la misma camisa

Sin prisa, para mirar donde se pisa

No vale el tiempo pero valen las memorias

No se cuentan los segundos, se cuentan historias

La paciencia es lo que se cosecha

Mi calendario no tiene fecha

No estoy solo, ando con mis cinco sentidos

Acá el silencio se convierte en sonido

Todo lo malo que soñé, lo toqué

Pero esta tan oscuro que el miedo no se ve

Yo me huelo lo que siento por eso presiento

Que dentro del circuito me queda poco tiempo

En el próximo tren yo me monto

Prepárame la cena que regreso pronto


Prepárame la cena que regreso pronto

Prepárame la cena que regreso pronto

Prepárame la cena que regreso pronto

Prepárame la cena que regreso pronto


Yo miro para afuera y miro para adentro

La reclusión es mi punto de encuentro

Me ubican dentro de lo marginal

Pero en algún momento todos nos portamos mal

Y quien determina lo bueno y lo malo

Lo poco saludable y lo sano

De lo crudo a lo cocido hay una larga diferencia

Y cocinar termino medio no es ninguna ciencia

En esta vida me castigaste

Me robaste el tiempo, me recagaste

Mi culpabilidad es como una pecera vacía

Como juzgar al sol por salir de día

Si mis tristezas te causan alegrías

Es por que tus reglas son distintas a las mías

Creo en todo lo que veo

Y aunque soy ateo, rezo pa que nunca me pase algo feo

Para soñar con mi partida y con tu llegada

No me hace falta un matre con almohada

Yo soy libre por que desde aquí yo vuelo

Solo toca despegarse del suelo


Prepárame la cena que regreso pronto

Prepárame la cena que regreso pronto

Prepárame la cena que regreso pronto

Prepárame la cena que regreso pronto