O futuro é incerto, cheio de palavras não-ditas, casca de feridas e roupa pra lavar.
O futuro é sem-jeito, sem amor ou respeito, a sombra de algo que foi.
Demorar para quê? Se uma hora acontece o caminho inevitável de cada um para cada estrada e eu sem saber pra onde ir. Já me sinto acostumada, depois que cresce me põe de lado, "obrigado pela jornada, mas não vejo utilidade mais", e se vai, como quem nunca esteve, não de verdade, de novo e de novo.
Peco sempre no mesmo ponto, o de achar que é encontro, de almas, de gostos, sensibilidade, mas vai tarde, meus sonhos ficam de escanteio enquanto busca seu futuro e eu espero, espero a migalha, espero a chance, espero a casa se limpar sozinha, nunca acontece.
Não é que o finito não valha de nada, não se trata disso, mas existe todo um abismo entre aquilo que valeu e o tempo que perdi.
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