sexta-feira, 26 de abril de 2019

Bolhinhas verde cor de esperança

Minha amiga voltou para o Paraná, meu curso de escrita começou, a vida vai bem ou eu vou bem em meio a vida, já nem sei. Caio direto, mas me machuco menos, cada dia aprendo a me perdoar um pouco mais, principalmente em relação ao último ano, quando errei muito comigo.
A ansiedade segue à toda, embora eu também ache que aos poucos eu tô aprendendo a lidar, sei lá, é uma parte de mim também e lido com a minha cabecinha bizarra e confusa a quase 26 anos, afinal. E eu sempre me amei, mesmo com minha mente, agora só tô redescobrindo isso. Não diria que eu estou feliz, mas também não estou mais triste e, definitivamente, não me sinto mais tão vazia, quer dizer, meu natural é intensidade, não vazio, aos poucos sinto que estou voltando ao normal, se é que tem um normal.
Sinto saudade da convivência com meus amigos, é difícil (e ao mesmo tempo comum na minha vida) estar longe das pessoas que amo, foi bom demais ver meus pais esse mês, e Kulka também, foi tão bom ela aqui (nenhuma surpresa nesse fato, sabia que seria ótimo).
Ainda existem alguns monstros dentro de mim, a maioria me enchendo de culpa pelos erros e passividades do passado, outros me trazendo temores pelo futuro, mas eu meio que estou acostumando com eles. Não estão totalmente errados, mas também não estão totalmente certos, dá pra entender o que eu quero dizer? Eu preciso aprender com minhas culpas e erros e a melhor forma é não repetindo, não me martirizando. E, sobre o futuro, ridículo ter medo, vou passar por tudo aquilo que tiver que passar, do vinagre ao vinho.
Sobrevivi aos meus piores momentos. Não preciso da aprovação externa sobre o que passei ou como fui forjada, eu sei, sei que não foi fácil e também sei que tem gente que passa por coisas muito piores (só que não tem beleza nenhuma nisso, pelo contrário, é triste). Eu não estou no meu melhor mas estou em paz porque tô fazendo o melhor que eu posso, assim como sou eu quem digo o que é o melhor que posso fazer. 
Estamos sozinhos nesse planeta, temos que aprender a lidar e amar o coletivo, mas estamos sozinhos, só que isso já não é mais ruim, não. É bom. É gostoso. Mas só porque eu tô me perdoando.

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