sexta-feira, 26 de abril de 2019

Um último texto para você

Tu pode pensar que escrevo com raiva, mas não, não tenho mais raiva, decepção até que sim, mas só porque você segue sendo o mesmo. Sabe, eu não queria vingança, não queria desculpas, queria poder olhar para ti e saber que outras mulheres não vão sofrer na sua mão (e na de sua família) o que eu e minha família sofremos. Só que eu não vejo isso e é essa a parte que me magoa.
Passei muito tempo desejando a sua derrota, veja bem, você roubou aquilo que busquei e naquilo ficou conhecido, não pode culpar que eu sinta mágoa, mas te digo, nem se trata mais disso. Lógico, não sinto nenhuma vontade de retomar contato, mas também não estou aqui torcendo para que você se foda. Na realidade, mal penso sobre você e, quando penso, é para reconhecer algum dos traumas que tu deixou.
Esse texto surgiu porque tu apareceu no meu feed, como sempre comentando em coisa dos meus amigos, só que você comentou uma grandíssima hipocrisia, me diga como pode criticar algo tão perto de sua realidade? Se eu ainda estivesse com raiva teria respondido o comentário, rechaçado sua opinião, não fiz isso, eu apenas curti. Um recado silencioso de que você podia até ter esquecido, mas eu não. Praticamente um convite à reflexão.
Mas homens fracos odeiam refletir suas ações, e você se sentiu ofendido e fez o que sempre fez: preferiu me bloquear e não ter que se confrontar com os próprios monstros, nem te culpo, é o caminho mais fácil, próprio dos covardes. E é uma pena, sabe, nem pelo bloqueio, deuses sabem quantas vezes pensei em simplesmente fazer isso quando sua presença invadia meu feed, se não fiz foi porque não precisava te dar essa importância. Mas escrevo, escrevo sim, primeiro porque escrevo sobre tudo, depois porque meu blog é auto biográfico (cruzes) e você pode até tentar apagar seus atos, mas tem que lembrar que, assim como os meus ou os de qualquer um, todos temos nossos fantasmas.
Se me bloquear pode te ajudar a esquecer os erros e poder continuar praticando os mesmos padrões sem culpa, fique à vontade, eu não vim ao mundo para ser professora de ninguém (cruzes2), mas saiba que eu posso estar fora da sua vida e você fora da minha, enquanto você continuar agindo da forma que age, vai rodar sempre nos mesmos lugares. Não que você mereça muito, mas fica aí meu registro de pena, sem escárnio, só pena mesmo. Deve ser meio triste representar assim.

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