Tiro peça por peça, sem apego, o que for eu há de ser eu, perco as lembranças aos poucos, quem fui e quem almejava, tudo é novo, descompacto, imutável, tiro peça por peça, me perco na ideia do que seria eu, aprendo com o passado, desde a decisão de tatuar a frase "então sou conforme posso e o resto é vaidade" até a promessa: o mundo pode até ser assim, mas eu não sou. Tiro a peça, desencaixo, nenhuma certeza berrada pode trazer nada de bom, a pergunta é o que impulsiona e poucos fatos perduram, é preciso perder o controle para lembrar que nunca o teve.
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