segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sem drama

É um desabafo que não queria que vocês lessem (Como se alguém lesse meu blog...), mas que não consigo evitar de postar, afinal, o DC É a minha mente.
Já entornei uns copos de 51 pura, por isso não liguem se tiver erro de digitação, ou se eu sair um pouco do assunto, embora esse tópico não seja destinado à um só.
Enfim, o que quero dizer é: isso é um desabafo, vocês não tem nem a obrigação e muito menos a capacidade, afinal, não estão na minha mente e não sabem como ela funciona (Não que eu saiba).
É meio foda se sentir desnecessária.
Sei que eu sou e, não se ilude, vocês, querido leitores imagináveis, também são.
Podem até fazer falta pra alguém, mas uma hora vão morrer, e essas pessoas que sentem sua falta vão ter que seguir a vida delas.
Nunca quis ser exremamente necessária. Sempre quis ser uma pessoa na qual as outras podem contar, mas que pudessem viver sem. Parabéns, consegui o que queria.
E hoje tenho nojo de mim.
Assim como eu todos dias da minha vida.
Nojo por ser cheia de tradições, cheia de manias, cheia de "tenho minha própria mente", cheia de 'rebeldia'.
E tão indiferente à mim mesma.
Tenho nojo por ter parado de seguir a promessa do Gutinho, e por ter achado que isso era normal.
Tenho nojo por fingir estar bem, e não estar. E or não dingir estar bem quando deveria fingir.
Tenho nojo de mim por estar resolvendo todos meus problemas na base da 51, só por não ter pra quem contá-los.
Tenho nojo por saber que a vida é injusta, e parecer não querer colocar isso na minha mente.
Tenho nojo por estar sendo tão sincera, e por estar me expondo tanto. E tenho nojo quando uso máscaras e não sou sincera o suficiente.
Tenho nojo por estar mantendo a promessa que fiz à mim mesma, sabendo que os outros não estão.
Tenho nojo por ter parado de lutar, e ainda assim continuar lutando, e por achar tudo tão vazio e fútil.
Por saber que o mundo é uma merda, e que nada do que eu estou escrevendo agora estará pesando na mente de ninguém.
Tenho nojo por não saber se estou usando a concordância prominal certa, e por não querer parar pra revisar esse texto.
Nojo por ser uma sábia e uma criança.
Por ser cheia de defeitos, doenças e todas essas merdas que não pude escolher.
Tenho nojo por viver uma mentira, algo que sei que vai acabar, e ainda assim não quero acreditar, mas sei.
Queria não ser tão ingênua e tão experiente.
Me odeio por estar começando a agir como sou, por parar de ligar pro que os outros pensam, por começar a andar pela casa de calça e sutiã sem me importar com os filhos da puta da rua, por não ligar mais pra coisas que eu deveria ligar, por viver do jeito que estou vivendo, por beber do jeito que estou bebendo exatamente para provar à mim mesma que posso fazer isso.
Também posso ser uma filha da puta. Sei que posso, e estou mostrando isso.
É isso que sou, enfim.
Fico puta por não ter dinheiro, e mais puta ainda por ficar puta com isso.
Tenho raiva de mim por falar de mim usando metáforas, e mais raiva ainda por me intitular "a observadora" na minha mente. Isso é escroto.
Sinto raiva pela que pode acontecer em Aracaju, e por saber que tudo isso é culpa minha.
Odeio minha mente por ser complexa, me odeio por pensar tão a fundo, e me odeio mais ainda por achar que sou complexa quando existem pessoas com problemas bem piores que o meu.
Me odeio por estar dramática.
Tenho vontade de me quebrar na porrada quando espero algo dos outros, e me torturar por ficar mal quando os outros não fazem o que eu esparava.
Tenho vontades incontroláveis de gritar, e não posso fazer isso, afinal, as pessoas na rua podem ouvir.
E onde fica a parte do "não me importo com que os outros pensam"?
Na vontade.





Na boa, ignorem essa merda.




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