terça-feira, 28 de agosto de 2012

"Solidão, meu amor" ou "Meu único poema censurado por mim mesma"

É engraçado perceber
Os pequenos detalhes
De um mundo gigante
Que já não é meu

Cada dia cinzento
Cada brisa gelada
Estar sozinha
Em uma cidade lotada

[...]

[...]

E estou novamente sozinha
E gosto dessa solidão
Não sei como pude esquecer
Que sozinha vim ao mundo, e sozinha hei de morrer 

[...]

E então vou valorizar 
Cada dia de sol, cada dia de mar
E quando o momento chegar
Oh, cidade cinza, juro que vou voltar

Por que um pedaço meu tá aqui
Embora o outro pedaço esteja lá
Fogo e gelo, dentro de mim
Um dia hão de me completar

E estarei novamente sozinha
E gostarei dessa solidão
Nunca mais irei esquecer
Que sozinha vim ao mundo, e sozinha hei de morrer

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