domingo, 12 de agosto de 2012

A árvore - 19/01/12


Nem ao menos sei como bate vento nela
Espremida, sufocada entre dois grandes prédios
Mal pode-se vê-la no meio da confusão do centro da cidade
E ninguém pode sentir a dor dela como sinto
Com esta vista da minha janela
Vendo a árvore que sofre em silêncio, sozinha
Procurando algo mais do que a fumaça dos carros
Ou a luz do sol
Espremida entre dois grandes prédios
Prédios de cimento construídos por seres de carbono
Que, como sempre, não pensaram no ser que não pode se defender
Entre dois grandes prédios
Entre seus dois grandes cárceres

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