domingo, 5 de agosto de 2012

Medo


Não sei o dia de amanhã
Nem onde piso, está escuro
Meu futuro é incerto, e minhas decisões podem não ser boas
Mas devo tentar
Devo recomeçar
Dá vontade de chorar com tanta esperança no meu peito
Tanta mágoa saindo
A chance de começar do zero, de poder escrever minha própria história
De ser quem sempre quis ser
De poder esquecer o passado
Você não fará diferença
Você não existe mais
A escolha foi sua
Quero esquecer, para poder viver
Quero tentar, nem que seja para me arrepender
Não posso viver com o “e se”
Tentei, oh, como tentei
Hora de dar passos no escuro
De não saber o que quero e atirar pra qualquer lado
Hora de sentir saudades de uma Curitiba que ainda é minha
E sei que não será mais
Hora de chorar por Aracaju
Que, tão forte, ficou lá me esperando
Intacta nas lembranças da minha mente
Hora de chorar por saber que verei o sol, o mar
E verei ele, mesmo que ele já não represente mais nada também
Mas, mais importante do que tudo
Me verei, verei o que realmente sou, um ser-humano feito de carbono, água e mais umas idiotices que não importam
E uma alma
Uma alma sofrida que tem a força para superar tudo
Como esperei por esse dia!
Como esperei por essa chance!
Esperei todos os dias, todas as horas
Minha Aracaju, minha história
Minha Curitiba, muitas lembranças
Sentirei tanta falta
Mas preciso atirar no escuro
Nem que a bala retorne para mim
E eu retorne para cá
Muito obrigada à todos que participaram comigo dessa “incrível jornada”
Obrigada à todos que me fizeram crescer, que me deram apoio, que me fizeram rir
Obrigada, obrigada!
Vou sentir tanta falta de vocês que nem as lágrimas que eu derramo podem descrever
Eu amo vocês, de verdade.

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