terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013 - Foi o meu ano.

Vem ano, passa ano, nossa mente muda, aprende, dói, conserta... Mas as tradições continuam!
Como eu disse no começo desse ano: 2013 será meu ano. E foi. 
Fazia muito tempo que um ano não terminava com um saldo positivo, mas este foi o ano em que aprendi que o saldo positivo você quem faz.
Sem mais delongas, farei a retrospectiva e deixarei as considerações para o final.

Janeirão!
Cara, janeiro começou frenético. Eu estava em Aracaju (s2) e já havia percebido que o carma da minha vida é não me sentir completa nem lá e nem aqui. Notem que nesta primeira postagem eu já falava de um telefonema que havia animado o meu dia. Na época seria tosco falar quem era, hoje eu posso dizer que eu já estava caindo um pouquinho pelo Alê. OKAY, voltando para a retrospectiva! Quando eu passei nas duas faculdades, tudo ficou difícil novamente, mas eu já tinha tomado meio que uma decisão de voltar para Curitiba. Foi uma decisão importante, que eu não mudaria e que me ajudou muito, mesmo que tenha sido difícil. E eu voltei.

Fevereiro.
Foi o início do fim. Em fevereiro eu comecei a colocar em prática tudo que eu havia idealizado em Janeiro. Comecei a mudar minha forma de pensar, e aprofundar pensamentos que eu já tinha. Não foi um mês longo, mas foi importante e, ah, foi tão legal matar a saudade dos meus amigos!

March!
Pensei, pensei e, MEU DEUS, estou namorando! Foi um mês dinâmico, nem postei muito texto, só fotos e fotos, só rolês. E foi em Março que descobri todo o amor que eu sentia, e que ele era infinito.
Ah, e foi em Março que eu ganhei a primeira rifa na vida (cortesia da Janoska!).

Garota de Abril
 Não tem como chegar em Abril e não lembrar sobre as pessoas que passaram pela minha vida. Eu nem quero e eu não vou. Abril sempre é um mês mais reflexivo pra mim, e deve ser por isso que eu tenho essa relação de amor e ódio com esse mês. 

Meu Maio!
Quase não postei em Maio, o que me faz pensar que deve ter sido um mês bem legal (tenho o péssimo hábito de não lembrar das coisas que não posto). Estava firmão com o Alê, e saí da casa do 1 pra entrar nas duas décadas de vida.

Junho de luta
Junho foi foda. Eu havia desacostumado a ficar sozinha, e fraquejei um tanto quando fiquei. Junto a isso vieram as manifestações, que mudaram bastante a minha forma de pensar sobre o mundo em geral, e me deram uma esperança (meio inocente, confesso, mas que ainda resiste) de que as coisas no país poderiam mudar. No final das contas, eu entendi qual era o problema, e vi, pela primeira vez satisfeita, que ele era comigo

Julho, ó Julho!
Mais um ciclo se fecha com um showzaço do Criolo Doido, e então eu fui começando a entender o que andava me deixando tão brava. Comecei a diferenciar liberdade de solidão aí.

Agosto sem gosto
Agosto foi uma droga. Não aconteceu nada além de brigas e mágoas. Eu não postei nada sobre isso, mas foi neste mês que eu comecei a idealizar melhor as tirinhas do Da Igreja Ao Cortiço. Isso deu um pouco de sabor à Agosto.

Setembro
Eu Setembro perdi o meu chão mas, devo dizer, reagi melhor do que teria reagido alguns anos atrás.
Chorei, sofri, mas superei. O blog, como sempre, foi essencial para os meus desabafos. Falando em blog, foi aí que exclui meu Facebook e criei outro blog. 

Outubropa!
Outubro foi um mês cheio, e por isso eu quase não postei. Ao menos minha única postagem neste mês valeu a pena, e vida longa ao feminismo!

November rain
Mês importantíssimo, mesmo com poucas postagens. Em Novembro as coisas foram, aos poucos, melhorando. Foi necessário muita reflexão e muita, muita conversa para que tudo começasse a dar certo, mas deu.

Dezembro TCHAU
O que falar desse Dezembro que eu mal conheço e já considero pakas? Ô mês rápido, sofrido e cheio! Acho que nunca tive um Dezembro tão 360º como nesse ano! Fiquei sozinha novamente, e foi difícil (não impossível) lidar com isso. Mas aprendizado é aprendizado, e guardo todos eles bem no fundo, onde ninguém pode roubar de mim.
Não postei muito depois que as coisas melhoraram novamente, principalmente por falta de tempo. Estou escrevendo essa retrospectiva no dia 24 de Dezembro porque irei viajar (O Rio de Janeiro continua lindo ♫), e nesses últimos dias tenho aproveitado pra encontrar os amigos e ir ajeitando tudo. Mas, ainda assim, deixe-me tranquilizá-los, leitores imaginários -e Jana- as coisas melhoraram.


Diferente dos anos que se passaram, em que eu concluia a retrospectiva falando que havia sido o pior e o melhor ano da minha vida, 2013 foi mágico. Eu disse que seria o meu ano, e foi. 
Eu ainda erro pra cacete, ainda faço muito drama na minha vida (ou não seria eu), e ainda sou lotada de dúvidas e confusões. A diferença é que, bom, eu sou assim e tenho que me aturar, UHAUHAUHAUHA.
Aprendi muito, e o saldo desse ano foi realmente positivo, estou admirada. Espero poder compartilhar com vocês todas as mudanças (pra variar) que estão ocorrendo na minha vida, e que todas elas dêem certo!
Erraremos juntos, aprenderemos juntos, cresceremos juntos. Não espero nada mais do que isso.
Muito amor para vocês, e que venha 2014, vamos dominá-lo!

Juro solenemente que vou parar de roer as unhas em 2014.
Que assim seja.

MUITO AMOR!







sábado, 14 de dezembro de 2013

Repetições

Mar ia na Lua
E a Lua mirava o Mar
Mar esperava a Lua
Para poder contemplar
Que a Lua estava nua
Buscando no seu luar
Refletido torto e trêmulo
aquele imenso Mar
Mar ia na Lua
Sem saber se ia encontrar
uma verdade no reflexo
que conseguia enxergar
essa lua que se mostra
apenas o que quer mostrar
procurava muito o mar
mesmo que ao menosprezar
Mar ia na Lua
salgada, doce-amarguês
Seria o mar que moldava a Lua
ou ela criava o freguês?
seria gelada e crua
ou feita de insensatez?
Mar ia na Lua
porque não podia controlar
que o seu maior desejo
era que a Lua fosse pro Mar


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Querido blog diário

Acordei doente. Na verdade, desde ontem estou tendo um enjôo absurdo, e não consigo comer graças a isso. Hoje não foi diferente, passei a manhã sem nada de comida, e só fui conseguir comer depois que dormi um pouco de tarde (algo que detesto fazer) e melhorei um pouco.
De tarde me senti mais disposta e fui dar uma volta no parque Bacacheri. Pensei em chamar uma galerinha pré-selecionada, mas mudei de ideia e resolvi que seria bom ficar um pouco sozinha.
Levei o caderno, as tirinhas, as bolinhas de malabares e o Festim dos Corvos. Me diverti horrores, UAHUAHUAUHA. 
Fiz amizades (entre aspas, já que não sei o nome de ninguém que conheci) e, mais tarde, decidi ligar pro Aldo, que foi me encontrar lá. 
Foi um dia divertido, no final das contas. Gosto de ficar sozinha e, depois de pular fase pra fase de forma frenética, vai ser bom colocar um pouco a cabeça no lugar. Espero conseguir.
Ainda não decidi o que será do meu futuro. Estou pensando bastante, e não chego nem perto de uma decisão. As vezes tenho a certeza de escolher Curitiba mas, muitas vezes, faz um dia nublado e eu mudo radicalmente de decisão. Vou dar ao tempo, ele resolve. Perto da data eu decido e, se for o caso, sumo de surpresa. Sempre quis fazer isso, e não existe oportunidade melhor do que essa. Agora sou eu por eu, e tá na hora de me lembrar das coisas como são. Sempre me virei muito bem sozinha, chega a ser surpreendente. 
O que mais pesa na minha mente é como eu me tornei tão dependente das pessoas, a ponto de nem enxergar o que eu não queria ver sobre elas. Aos poucos estou abrindo os olhos e, embora seja difícil e levemente cruel comigo mesma, estou conseguindo. 
As coisas vão melhorar, porque sempre melhoram. Não é textinho de auto-ajuda, é só a realidade. Ninguém sofre a vida inteira.
E, no meu caso, levo de uma a duas semanas pra superar qualquer coisa. Não será diferente agora.
Bom, leitores imaginários, taí um pouquinho sobre meu dia. Escrevi muito pouco no blog esse ano, e várias vezes apenas poemas desconexos que só eu entendo. Obrigada pela visita, voltem sempre.

Meu amor é de vocês. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nhack

Estou tão leve, estou tão bem
escrevo muito e filtro
agora as coisas vão melhorar
estou livre, livre
a Lua, enfim
meu amor pelo mundo ainda está aí
cada vez maior, cada vez mais forte
vamos espalhar a paz!

Nunca saberá

Na realidade eu já sabia
que algo não estava certo
eu busquei amar a todos
mas havia um nem tão perto

sempre foi você, no final de tudo
sempre foi você quem guiou meu mundo
todas decisões que eu precisava tomar
era pensando em como te encontrar

é a terceira música, talvez pra mais
e ao pensar em ti me sinto em paz
os valetes não me amaram quando os amei
mas não tem problema, encontrei meu rei

e era em ti que eu buscava a minha paz
que eu achava que nem existia mais
e hoje depois da facada no peito
não me sinto morrer por conhecê-lo direito

você nunca saberá, meu amor é assim
quando os outros sabem, não pensam mais em mim
sei que também me ama, mas não dá nada
prefiro sempre seu amor do que ser sua namorada

fui tão enganada, você deveria saber
queria forças pra contar, pra você me defender
mas não será necessário, eu posso provar
que mesmo sozinha consigo me virar

e quando as chuvas cairem nesse isolado local
talvez um pouco depois das luzes de natal
eu poderei novamente respirar
ainda é pra você, e sempre será

você nunca vai saber
a dimensão do meu amor
eu nunca irei te contar
a resposta trás o pavor

mas obrigada por estar comigo
mesmo que nunca desconfie
fui tão enganada, meu amigo
um abraço seu seria o abismo

o quadro-vivo é a chave
para a interpretação
um dia te mostrarei
e sairemos da confusão

eu estou voltando, você vai ver
os que me enganaram não irão mais me ter
hoje te levaram de mim, e nunca chorei
quando eu chamar você virá, eu sei



Obrigada por nunca ter me abandonado quando todos fizeram o mesmo. Obrigada por estar comigo e nunca ter querido diferente. Obrigada por sentir saudades, eu também sinto. Obrigada por ser meu amigo, meu amor, meu confidente. Obrigada por nunca ter me apunhalado, nem mentido pra mim. Obrigada por estar ao meu lado, mesmo que não perto de mim. 

Nuvens

Sabe que já vi isso antes?


Não vou mais te perdoar, Você foi longe demais
Meu amor, não sou tão só assim

Não consigo entender me trocar por outro alguém
Traição já é demais, então você me diz

Que me ama, que sem mim você não vive
Que foi apenas um deslize, que você preza pelo meu amor

Tenha dó, não mereces o afago nem de Deus nem do Diabo
Quanto mais da mão que um dia eu dei pra ti

A saudade vai bater mas o meu amor se vai
Tempo voa e quando vê já foi

Não me fale de nós dois, não preciso mais saber
Indo embora, deixo-te um adeus ao vir dizer

Que me ama, que sem mim você não vive
Que foi apenas um deslize, que você preza pelo meu amor

Tenha dó, não mereces o afago nem de Deus nem do Diabo
Quanto mais da mão que um dia eu dei pra ti...

Laiá… laiá… laiá...
Laraia...
Laiá… laiá... laiá...
Laraia...

Facada

Não vou escrever porque não vou eternizar
quero-o fora de mim, e já expulsei
está tudo bem agora
e nunca mais tornará a acontecer

e agora tudo brilha com uma certeza
a única no meio da confusão
ter amigos é mesmo uma beleza
é o melhor amor no coração

amor é amor e dele eu vivo
o que não era real não era amor
então não me influencia e assim eu sigo
sem espaço no coração para mais dor

agora vou, livre, leve, solta
águia e nunca mais beija-flor
beija-flor foi um bicho sintético
falso e frio usurpador 




terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ao pó

Estamos só, somos só, só morreremos
éramos pó, viemos sós, e ao pó voltaremos
tudo é tão pequeno perto de você
e sempre me lembro ao tentar te esquecer
mas se você já deu o próximo passo
por que estou esperando pra ver o que faço?
Estamos só, somos só, só morreremos
não quero ninguém, pois ao ter alguém todos nós sofremos

você não entende, e busca o amor
eu o conheço e fujo da dor
quando acaba é hora de chorar
mas eu me recuso porque você tá no bar

E eu escolho passar adianta
deixar o que foi e correr distante
para que eu possa enfim te esquecer
porque pelo visto aconteceu com você

Estamos só, somos só, só morremos
éramos pó, viemos só, e ao pó voltaremos
tudo é tão pequeno porque assim é
nossa vida é boba e somos ralé
não faz diferença o que for acontecer
o universo tá aí e irão nos esquecer
Estamos só, somos só, só morremos
não quero ninguém, pois ao ter alguém todos nós sofremos




domingo, 8 de dezembro de 2013

Só palavras

As decisões são difíceis, mas eu vou me achar. 
Me sinto guiada novamente, que venham as oportunidades.

Obrigada, mamãe do céu, amo você.

P.s.: Hoje meu time foi pra série B. Nunca me senti mais Fluminense. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Metade de mim é amor, a outra metade é raiva

Sinto tanto, sinto muito. O meu amor transborda em mim e atinge todo o mundo. Eu amo o mundo, amo toda e qualquer pessoa que faz parte dele, amo todo ser-vivo, toda paisagem, toda a existência. Transbordo mesmo amor, as vezes em forma de lágrimas.
Ao mesmo tempo transbordo de uma raiva que faz com que minhas mãos fechem e minhas unhas machuquem a minha pele. Sinto raiva de ver toda a existência de uma vida desperdiçada pela sua condição social, sinto raiva de ver garotas se matando pelos comentários maldosos de outros, apenas porque são garotas descobrindo o sexo. Sinto raiva daqueles que tem tudo, mas que montaram em milhões de vidas para isso acontecer. Sinto raiva da injustiça, sinto raiva da desigualdade, sinto raiva da falta de mudança.
Acho a raiva necessária, porque uma pessoa sem raiva não tem a força necessária para sair da zona de conforto. Minha zona de conforto me é desconfortável, já que, enquanto tenho comida e roupa lavada, algumas pessoas não tem nem a companhia de alguém que as ama. 
O que é uma pessoa sem amor? Não consigo nem pensar nessa possibilidade, porque me vi rodeada de amor desde que nasci, mas consigo sentir o quão triste deve ser essa realidade. E eu quero levar amor a essas pessoas.
Acho que vem daí a minha vontade de ser artista. Concordo com o que li em O Circo (possivelmente meu livro preferido): Um circo é uma ilha flutuante, formada de vários universos diferentes, que levam alegria a outros lugares. Não são exatamente essas palavras que foram usadas, mas a ideia geral é esta, e concordo com ela. 
Também concordo (voltando um pouco ao assunto) com a frase "se você não é parte da solução, é parte do problema". Não adianta ver milhões de falhas no capitalismo e continuar comprando Mc Donalds; não adianta falar para todo mundo que acha que mulheres e homens devem ter os mesmos direitos (geralmente esse papo vem das pessoas que falam "não sou feminista porque acho que mulher não está acima do homem, mas do lado") e chamar de vadia uma mulher na rua com uma saia curta; não adianta falar que o racismo não existe mais no Brasil e compartilhar piadas do Danilo Gentili; não adianta falar que deus é amor e condenar homossexuais. 
Peço por mudanças, e não só mudanças na mente. A conscientização é o primeiro passo, naturalmente, mas a atitude é o que faz a diferença. É nesse ponto que quero focar.
Assim como muitos provavelmente olham pra mim e pensam "é fácil falar em mudança vivendo desempregada na casa dos pais", eu também vejo isso. Sei que sou desempregada e moro bancada pelos meus pais, mas também sei dos meus planos, meus prazos, e sei que estou fugindo de tudo que não acredito. Estou feliz, porque estou perto de poder viver da forma que acredito. 
E, quando isso acontecer, espero poder mostrar pra vocês que, sim, existe vida fora do capitalismo.
E, sim, é uma vida digna, embora privada dos tantos confortos em que nós nos apegamos. Ainda bem!
Espero que, assim como eu, vocês também transbordem de amor e raiva. Espero que vejam quanta coisa errada há no mundo, e percebam que, sim, nós temos responsabilidade sobre tudo isso.
Espero que a gente aprenda juntos, e que um dia a gente consiga mudar tudo de errado.
Rumo à liberdade, que tal?

domingo, 17 de novembro de 2013

Rainha

Ó doce rainha que some nas ondas
traga-me o sol e eu a seguirei
confio em seu julgamento, ó rainha
não confio em mim, sua pequena serva

Rainha que ri refletida no mar
a espuma como nuvens de abril
cante a canção dos viajantes
e me terá para sempre, ó rainha

Me dê apenas uns dias de sol
e a oportunidade de seguir para longe
e você verá, mãe, você verá
vai perceber que pode confiar em mim

me dê tempo e não duvide
mesmo quando me ver em dificuldades
acredita em mim, por favor
tanto quanto acredito em você

só fique ao meu lado
mesmo depois dos xingamentos
mesmo depois da minha raiva
peço que esteja comigo

E um dia, juntas, atravessaremos esse véu.

Reflexão


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Ficou confuso, no final das contas

Aí, as coisas tem melhorado.
Tenho medo das fases boas porque, bom, elas são fases e fases acabam, mas não devo reclamar. Está tudo bem com o meu namoro, está tudo caminhando em nossos planos, eu achei cinquentão esquecido no bolso de uma calça minha ontem (sim, isso é muito irado.), meus pais viajaram (todos nós merecemos uma folguinha) e janeiro já tá quase aí.
Janeiro, de novo. Quantos e quantos janeiros. Tenho a impressão de que já vi vinte janeiros nessa minha vidinha (HUAUHA). Mas ele tá quase aí, de novo, fechando mais um ciclo. E, bom, vocês me conhecem, toda vez que um ciclo fecha na minha vida é porque estou pulando pra algo mais louco.
Eu amo a loucura. A gente pede pra ela ir, mas ela continua fazendo 'toc-toc' na nossa cabeça, lembrando que ainda está aqui. Aí a gente aprende a conviver, e dá pra ter felicidade na loucura.
Não vou escrever muito, tô percebendo que esse texto tá ficando confuso (deve ser por isso que não tenho leitores).
A única questão que vou deixar aqui em aberto é:
Se você acha que uma utopia seria o melhor pro mundo, por que considera louco quem experimenta viver no que acredita?
TCHAU, gente, até a próxima.

Pingos

Pinguinhos de dúvida no céu
e a cor que eu vejo é azul
não sei se de cima ou debaixo
mas, de qualquer forma, é bonito

o que a vida reserva pra mim
no meio das mudanças inconstantes?
é a pergunta que fica
enquanto eu vou

pode ser um risco, pode ser besteira
pode ser o passo em direção à beira
pode ser a gota que vira a chaleira
e pode ser o fim da tristeza inteira

minha vida passa de rock pra blues,
de blues pro jazz, e então pro sambinha,
no MPB paro, dou uma voltinha
pra acalmar o nervoso dessa dura vidinha

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pelos pelos

Eu sou feminista. Aliás, não só eu. Se você acredita que todas as pessoas deveriam ter o mesmo tratamento perante a sociedade, independente do seu sexo, opção sexual, sua origem, sua cor ou sua crença, você também é feminista.
O feminismo, diferente do que muitos pensam, não é uma guerra. Não se trata de homem x mulher. Se trata de liberdade, de quebra de conceitos ultrapassados, de auto-conhecimento.
Eu poderia ficar horas escrevendo sobre o feminismo, mas a proposta de hoje é outra: Pelos (de acordo com a nova regra, pelos não tem mais acento. Sim, achei horrível). 
Os pelos sempre foram uma tortura para a mulher. Todas nós temos, somos humanas, mas, diferente dos homens, aprendemos a odiá-los.
Eu nunca gostei de pelos, e sempre fui bem peluda. Tenho pelos nos braços que sempre me causaram vergonha, mas nunca via alternativa pra tirá-los, por exemplo. 
Desde o aparecimento dos meus primeiros pelos, nunca pude vê-los. Não sei como é meu corpo com pelos, nunca me permiti descobrir. Desde os 13 anos já passava a gilete por todo o meu corpo, mesmo que os pelos fossem invisíveis. 
Entre namoros e vida de solteira, me assustava (e ainda estou tentando perder o medo) que meus relacionamentos me vissem peluda. Por quê? 
Desde sempre aprendemos que mulher peluda é feio, é nojento. Pelos sempre me passaram a impressão de contenção de suor, e isso nunca me agradou, mas quero poder conhecer meu corpo, quero vê-lo como ele realmente é!  Se para os homens não é sujo, por que para mim seria?
E então, com meu atual namorado, surgiu a oportunidade. O pedido não foi meu, foi dele, que queria conhecer um outro corpo meu, aquele que eu tentava esconder. Foi uma libertação.
Não pretendo continuar com os pelos, me sinto melhor sem eles, mas quero ter o direito de escolher tê-los.
Existem homens que se depilam, e outros que se mantem peludos.
Por que conosco é diferente?

Pretendo tirar meus pelos em breve, mesmo que eu esteja aprendendo a amá-los. Como eu disse, me sinto melhor sem eles, mas é realmente muito bom poder livrar a minha mente de mais uma preocupação.

Se você, garota, tem vontade de deixar seus pelos crescerem, vá em frente. O seu corpo é apenas seu. 
Você vai ouvir comentários desagradáveis e olhares de nojo, muitas vezes de mulheres, inclusive.
A essas você pode perguntar se elas pedem pros maridos delas se depilarem.
Eu imagino que não.
Se ela responder "aah, mas ele é homem" você já pode até introduzi-la ao pensamento feminista, haha.




Quer conhecer mais sobre o feminismo em geral?
Recomendo as páginas do Facebook:
- "Moça, você é machista!", uma página que me ajudou muito a reconhecer o machismo no dia a dia, e foi onde eu, machista de berço, pude ver em mim muitas coisas que percebi que deveria mudar.
- "Feminismo sem demagogia", outra página que acompanhava bastante na época que eu tinha Facebook.

Claro que você não deve parar por aí! Vá atrás, pesquise, converse, procure se informar. Abra a sua mente e veja que, sim, é possível um mundo de igualdade! Existem vários blogs sobre o assunto (inclusive quem conhecer algum legal e quiser compartilhar nos comentários...), vários textos e vários estudos.
Vá atrás dos fatos, Machismo MATA.

Finalizando, gostaria de compartilhar com vocês um projeto fotográfico (do qual eu inclusive participei de um ensaio) que, de certa forma, me deu um tanto de coragem para acabar com os padrões de beleza da minha mente, o Meia Noite no Cortiço

É isso, a luta continua.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Lua tá cheia!

Exclui meu Facebook, então não tenho mais onde colocar minhas fotinhas das quais gosto muito.
Logo, aqui está meu novo blog: http://aluatacheia.blogspot.com.br/
Postarei lá fotos e vídeos, caso alguém queira ver. (:

OI!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Floresta de mágoas

Coração bate que dói em busca de explicação
por que me causo a dor sabendo da provação?
por um lado até entendo que exista a tentação
mas o destino é o mesmo em rumo ao furacão

uma foto, duas fotos, várias fotos para ver
que o problema é comigo e só faz enfraquecer
a beleza do ódio que o faz prevalecer
e a imagem gravada no crânio vai me fazer adoecer

Borboletas azuladas voando na noite escura
pra que a revoada busque logo uma cura
para essa noite gelada e a solidão que procura
ao redor da mal-amada a vitória das alturas

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Letras

Quantas vidas cabem em um blog? Quantos sentimentos, arrependimentos, lições, quantas vivências já escrevi aqui.
São seis anos, eu era tão jovem! Com aquela letra laranja horrível e aquela escrita forçada de quem acaba de entrar na Internet.
Eu teimo em pensar que aquele que ler todo o meu blog pode ser aquele que mais me conhece. Ao mesmo tempo, vejo o quão idiota é essa visão.
Aquele que ler todo meu blog vai ver aqueles textos que precisei escrever, mas não deveria. São os mais dramáticos, os mais revoltados, os verdadeiramente tristes. 
Triste é o ser humano que escreve. Com o tempo nós percebemos que, quanto mais triste estamos, mais bonito escrevemos. Vale a pena ser feliz?
Com base nesse pensamento, e em várias outras vivências, prometi a mim mesma que, por mais idiota fosse o que escrevia aqui, eu nunca apagaria. Bom ou ruim, era o que eu estava sentindo no momento.
Provas disso? Em algum post perdido no decorrer desses seis anos de blog tem um post meu com o hino do Flamengo. Perdi uma aposta com o Vini. Aliás, sou Fluminense.
O DC é a grande prova da minha personalidade sendo construída ao longo desses anos, e é interessante notar que muitas das minhas tradições vem do blog, como o Retrospectiva DC, ou a Música do Ano. 
Doentio? Não tem problema, aqui é uma parcela de mim com a beleza que a internet proporciona: o que seria impossível escrever em um diário e manter pra sempre, torna-se possível na infinidade da rede. É doentio, mas faz sentido.
A vida é difícil, mas nos permite criar leves TOCs.

E o maior deles é colocar o que a minha mente não pode contar para ninguém aqui.
Espero que, com o tempo, isso divirta vocês. Mesmo só com leitores imaginários (e a Jana), me acalma e ma trás paz. (:

Só observando o movimento diário da hipocrisia dos seres-humanos


Não tenho saco pra competição
não tenho saco pra hipocrisia
se não quer, diga-me não
e se quer, mostre-me todo dia


suas curtidas não passam em vão
minha imaginação voa longe
diga-me logo o que quer
e deixe-me cruzar a ponte

choras ao me fazer sofrer
e faz-me sofrer por querer
deixo de confiar nas lágrimas
ou deixo de confiar em você?

quais são as suas intenções?
por que faz o que faz?
por que me pedes perdão?
por que depois voltas atrás?

escolha de uma vez suas atitudes
e agarre-as até o final
porque se eu me sentir enganada
eu vou na frente e sumo, nada mal.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Palavras aleatórias que podem dizer muito (ou não) do momento

Planos
Metáforas
Pés
Pneus
Mapas
Placas
Nacas
Marcas
Sacolas
Banheiros
Castelos
Padeiros
Circo
Bolas
Molas
Rodas
Liberdade
Metade
Viagem
Janela
Verde
Amarelo
Vermelho
Preto
Cinza
Azul
Mar
É lá

domingo, 8 de setembro de 2013

Metas para amanhã

(   ) Trancar faculdade
(   ) Cancelar o Liberty
(   ) Conseguir dinheiro com os malabares
(   ) Comprar o alicate com o dinheiro dos malabares

Porra s2

Eu tô apaixonada. Apaixonada pela vida, apaixonadérrima pelos meus amigos, e pela chance de mudar.
Saí de casa na quinta-feira esperando encher a cara e chorar muito, cheguei no Ygor, enchi a cara e nunca dei tanta risada.
Na sexta-feira acordei na bad. Estava todo mundo dormindo e eu não conseguiu parar de pensar nas coisas ruins que estavam acontecendo. E então veio o show do Forfun.
O show do Forfun foi o show que mais provocou mudanças em mim. Eu precisava desse show, precisava das músicas e suas mensagens, precisava me ajoelhar pra cantar Morada (minha música do ano), precisava participar das rodas punks, eu precisava sentir que estava viva.
E eu estou viva.
Saí do show muito doida, encontrei a galera (estávamos em umas 15 pessoas), dividimos os rumos e fomos novamente para a casa do Ygor. Cheguei cansada e capotei.
Sábado estava sol, acordamos e fomos pro parque Barigui, e quando o sol se foi fomos pro bar do Gordinho jogar uma sinuca e depois encher a cara no Pedro.
Encher a cara mesmo, fiquei muito bêbada. Não das bêbadas de fazer besteiras irrecuperáveis, mas bêbada a ponte de fazer uma ligação que acabou (ou poderia ter acabado) com a minha noite.
Mas ficou tudo bem. Terminei a ligação escondida numa parte da casa do Pedrinho, e ele chegou logo em seguida e viu que eu tava quase chorando. Ficou um pouco comigo me deixando de boa, chegou o Robson e já começou a tentar me animar também, e em cinco minutos eu já estava na festa de novo, bebendo e rindo com todos.
"Doeu, é claro que doeu, mas ninguém precisava saber, então eu ri."
VÁ SE FODER ESSAS FRASES DE MENININHA, UHAHUAHUAHUAHUA.
Enfim, fomos dormir tarde pra cacete (não perdi um truco) e, quando acordei, já tomei o rumo de casa.
Aqui estou eu agora, narrando meu final de semana good bad trip pra vocês, meus leitores imaginários, enquanto espero o Astro e a Carol chegarem aqui pra gente tomar banho de mangueira, HUAUHAUHAHUA.
E a Manu vai dormir aqui.
E a vida é bela. É difícil e filha da puta, mas é bela. Eu vou aguentar, faça sol ou chuva um lindo dia vai nascer.

Eu amo meus amigos, devo a minha força a eles. s2

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Recados para o vento

Tenho muita coisa pra te falar
queria dizer o quanto eu te odeio
por ter dito tanto que era diferente
que seria diferente
e ter se tornado igual a todos os outros
no momento em que acreditei em você
queria dizer o quanto eu te odeio
pela sua indiferença
pela sua felicidade em estar longe de mim
pelas suas palavras, sempre diferente das suas atitudes
queria dizer o quanto eu te odeio
pelo que você me transformou
logo depois de me convencer
que eu era fria demais, e deveria ceder
queria dizer que você vai passar
porque sempre passa
e vai se arrepender
porque já é parte da minha rotina ver isso
e eu vou estar lá
porque eu nunca aprendo
mas nunca serei novamente sua
você pode me beijar, mas vai saber que perdeu meu coração
podemos ir pra cama, e não vai ter mais aquela magia
e o sorriso que eu der a você
será o mesmo sorriso que eu daria para qualquer um, na rua
talvez eu te fale umas palavras bonitas
mas nunca mais da forma com que eu falava antes
louca por ti, louca por nós
e você vai sentir esse peso
você vai sentir essa falta
você vai sentir essa perda
você acha que tudo isso foi uma escolha minha
e vai me culpar por isso
pode me culpar
você pode enganar a todos
mas não pode enganar a si mesmo
mas quem sou eu para ir contra você?
que eu odeio e amo, mas não quero ver sofrer
a distância é o que você busca, e ela vai te encontrar
só não se arrependa no dia que ela chegar

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Nuvens

Por muito tempo escrevi
de uma nuvem que se perdeu
há muito tempo descobri
que aquela nuvem era eu

por muito tempo me iludi
que a vida aqui nunca morreu
foi logo agora que percebi
que vivendo aqui eu já não era eu

Tá difícil fingir que tá tudo certo
ou que eu ao menos sei pra onde vou
mas sigo a trilha daquela montanha
rumo ao novo que já chegou

e o sol vai vai me proteger
o viajante sem caminho é filho dele
e a lua vai me guiar
porque é dela que eu vim e pra ela que vou voltar

cantando nos maracatus que for
com a lua cheia tocando vapor
na estrada, na cidade, na praia
todo dia a mesma coisa, vou com minha laia

Por muito tempo escrevi
de uma nuvem que se perdeu
há muito tempo descobri
que aquela nuvem era eu

por muito tempo me iludi
que a vida aqui nunca morreu
foi logo agora que percebi
que vivendo aqui eu já não era eu

Eu não cantaria pra Clarice Falcão

Você levou os meus planos
meus amigos, meus arranjos
levou minha confiança, 
levou o meu amor,
só não me levou
para viver com você
inteira, de verdade
queria me ter pela metade
para que você inteiro ficasse,
que dó!

O que será de mim agora
se já vejo pela sua demora
que eu fiquei só na memória
do que hoje foi embora
e me devora pensar
que com outra você está
embora na verdade
já nem faça diferença
querer sua amizade
ou dar logo essa sentença
de que se nada mudar
eu posso me machucar
e nem seria a primeira vez


"Mas se você planeja
Nos partir ao meio
Então nem pestaneja
E faça sem dó
O meu desespero
É que quando acaba
Você fica inteiro
E eu fico o pó"

domingo, 1 de setembro de 2013

Correntes - 31 dias

Dia 1:
Espero que seja o bastante
espero que demore menos
espero que eu esqueça logo
ou talvez só espero

penso em pintar o cabelo
ou hoje talvez raspá-lo
fazer com que não me reconheça
onde eu possa reconhecê-lo

vou esquecer
o tempo garante
vou me esquecer
pois não sou o bastante

31 dias
31 chances
31 caras
e nenhum amante

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Voa.

Voa voa, passarinho
que por tanto tempo foi meu
voa voa devagarinho
e vai junto aos teus

a vida que corre solta
e eu aqui tão presa à mim
hoje eu te deixo livre
nunca achei que seria assim

voa voa passarinho
que isso que é natural
uma hora eu entendo
e volto ao estado normal

eu não sou sua
você não é meu
não sou nem mesmo minha
acho que você já percebeu

e nessas rimas vazias
de quem viveu e morreu
te reflito em meus olhos
e aos poucos sumos dos teus;




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A sua lógica

"Eu te amo pelo que você é
contanto que você mude. seja diferente
e de repente se perca de si
para que possa pertencer unicamente a mim

Meu amor é assim"

terça-feira, 30 de julho de 2013

Caps Lock

Thank you. You always have been my biggest dream.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Enquanto isso, no espaço sideral, um choro silencioso

Deve ser essa a minha sina. Faz parte da Lua raramente conseguir estar junto do Sol. Enquanto isso o Sol abraça todas as estrelas com a sua luz, enquanto faz juras de amor.
Mas existe amor no céu? Seria o certo que o Sol amasse todas as estrelas enquanto a Lua sofre de solidão?
Eles tentam. De ciclos em ciclos eles se encontram e trocam grandes juras de amor, e é a noite mais bonita do ano, onde o mundo todo está de olho neles, ou na ausência deles.
Mas o mundo também vê o resto. O mundo vê o sorriso da Lua no céu, um pouco antes dela decidir se esconder por completo e colocar a mente no lugar.
E quando ela se esconde por completo o Sol chora, por não poder vê-la, e não poder fazer com que seus raios a cubram de culpa e solidão.
O Sol provavelmente não quer a Lua, não de verdade, mas ele não consegue deixá-la ir.
A Lua quer o Sol, mas compreende que é impossível que eles possam ficar juntos. A vida não é algo bom a ser vivido.
O Sol as vezes odeia a Lua, por ela se esconder, por ela fingir sorrir, por ela brilhar à noite.
A Lua entende o Sol, pois ela se julga pelas mesmas coisas.
No final os dois fingem que está tudo bem, se anulam um pelo outro, e voltam a se machucar. Quando se está no mesmo céu, é impossível sentir o que o destino quis que fosse sentido.
Todo dia a Lua chora, todo dia ela se odeia por isso. O que os outros iriam pensar se soubessem? É facilmente previsível quando se vê o que os que sabem pensam: Ah, a Lua é uma vítima cósmica.
A Lua chora, mas não cai. Todo mês ela faz exatamente as mesmas coisas, e vive. Independente do que sente, do que os outros acreditam que ela sente, do que os outros espalham que ela sente, do que os outros acham que ela deveria sentir... Ela só está lá, vendo o Sol lançar seus raios naquelas estrelas com tempo de vida curto, como se tudo estivesse bem.
O grande rancor da Lua é que, quando o Sol lança seus raios nas estrelas, ele não se mostra. Está noite e, para os que não sabem o que realmente está acontecendo, o Sol está em casa dormindo. Mas a Lua sabe, ela é dona da noite, e ela vê. E ela finge não ver.
E aí ela escreve e sai o texto mais confuso que já escreveu antes, mas a Lua não se importa, ela só quer que o asteroide mais próximo se choque logo com ela e mande tudo para o buraco negro da puta que pariu.

domingo, 21 de julho de 2013

Onde está você?

Eu te vejo todas as noites, sinto sua pele, vejo seu rosto, e o que mais gosto é o toque da ponta dos seus dedos. Quem é você
Nos meus sonhos coisas ruins costumam acontecer, e você sempre me pega pelas mãos e, juntos, corremos. Mas quem é você?
O que você viu em mim? Por que me ajuda tanto? Como consegue me ajudar fazendo com que eu não me sinta fraca?
Meus amigos dizem que um dia vou achar alguém que me dome. Eu morro de medo disso, não quero ser domada, não quero mudar. Sou a cara da teimosia e, assim sendo, gosto disso. 
Não quero ninguém, e quero o mundo. Mas, mais do que todos, quero você dos meus sonhos, em uma triste esperança de que, de alguma forma, você exista. 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

De 93 à 2013 só eu sei o que eu passei

A vida é algo tão simples que eu realmente não entendo como as pessoas complicam tanto.
Por exemplo, quando uma pessoa me conhece, ela tem duas opções:
a) Me incluir na vida dela;
b) Não me incluir na vida dela;
Se a pessoa gosta de mim, ela pode tranquilamente marcar um x na opção 'a', certo?
Se a pessoa não gosta de mim, ela só ela escolher a opção 'b' e está tudo resolvido.
Agora, se o meu jeito incomoda você, se minha presença não te faz bem, se o fato de que eu esteja vivendo a minha vida não condiz com o que você considera certo, por que você insiste em escolher a opção 'a' se a opção 'b' seria mais adequada ao seu caso?
E eu também utilizo essa forma de escolha na minha vida! Ou soma, ou some, e se você está me fazendo mal de alguma forma, ou sendo falso comigo, ou me julgando, eu posso passar da opção 'a' para a opção 'b' e todos ficam felizes. A não ser, é claro, aquelas pessoas que, mesmo se enquadrando na opção 'b', insistem na opção 'a' como se fosse o mais acertado a se fazer: impor as mudanças que acham que eu deveria ter.
O que eu sou hoje faz parte de um conjunto de experiências que começaram a serem produzidas nove meses antes do dia 13 de Maio de 1993. Eu, assim como qualquer ser-humano normal, sou uma síntese de tudo que já passei na minha vida, incluindo coisas boas, ruins, conselhos de pais, leituras, vivências em geral. Eu não vou mudar. Eu não sou e nem pretendo vir a me tornar perfeita.
Não pretendo que as pessoas me aceitem com os meus defeitos e erros. Sei que muitas vezes posso incomodar -inclusive aqueles que gostam de mim-, sei que posso sempre buscar melhorar, sei que posso sempre buscar o aprendizado. E eu tento, juro que tento. Mas eu tento no ritmo que eu me dou ao luxo de ter, não no ritmo que você me impõe. Mantenha o seu ritmo, as suas lições e as suas verdades para você. Enquanto você não tentar pisar no meu calo, me comprometo a não tentar pisar no seu. E assim vivemos em harmonia.
Finalizando essa bíblia, não adianta tentar me fazer sentir-me culpada, errada, torta. Eu sei o que eu sou e, acredite, sei mais do que você sobre o que se passa na minha mente. Os meus erros estão pregados na minha alma como cicatrizes que latejam cada vez que preciso lembrar do aprendizado que elas me geraram. Não preciso que você aponte meus erros passados, e menos ainda que você crie erros que por mim não foram cometidos. Não preciso de dedos na minha cara, já bastam os dedos da minha própria consciência, e eles não são poucos.
Recuso-me a me culpar por algo que não fiz. Recuso-me tentar provar algo que não deveria precisar ser provado. Recuso-me a me justificar quando não há o que ser justificado. Recuso-me. Não gosta disso, não aceita isso? Naturalmente é um direito seu, por favor marque a opção 'b' e seja feliz para sempre.
Agora, se insistir participar da minha vida, se insistir em marcar a opção 'a', são nos meus termos.

Ou soma, ou some.

Presente

É tanta gente falando que eu só faço coisa errada, é tanta gente duvidando de mim, é tanta gente esperando o pior de mim
que tá na hora deu ser o que eles acham que eu sou
e assim eles vão conseguir realmente enxergar
o que seria eu na visão deles mesmos.

Um belíssimo 'vai se foder' a todos aqueles que fingiram estar comigo. 
Sozinha eu sou tão forte quanto. 

domingo, 14 de julho de 2013

Abandonado Cão

Dei um rolê monstro esse final de semana e, embora eu não vá falar sobre ele aqui (não caberia), gostaria de comentar algo que fez parte dele:
SHOW DO CRIOLO DOIDO! <3 p="">

Fechando mais um ciclo, aiai. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cíclico

Me perco nos seus olhos
me perco em você
quem é você?
e o que quer de mim?

se você quer algo de mim
saiba que já levaram tudo antes
e aqui estou eu
esperando um forro novo

era um brilho escuro, como um buraco negro
ou a imagem que eu tenho de um buraco negro
que me sugava ao olhar

todos os textos tristes
todas as lágrimas e sonhos
eu gostaria de ignorar
mas já não está no meu alcance

eu errei em ficar perto
eu errei ao tentar fugir
eu só não errei em tentar,
mesmo na dor, evoluir

sonhei com um ser sem rosto,
cujo rosto conheço tanto
que faltou o ar naquele abraço

sonhei com uma vida que nem aconteceu
mas que ainda assim eu repito
e consigo me surpreender

eu sonhei com você.
mas quem é você,
que eu julguei conhecer?


Crueldade individual

Rumo ao pôr do sol
esperando que o dia não acabe
e pensando no que pode virar o amanhã

a estrada me chama,
como ela sempre chamou,
e eu ainda finjo querer ficar

por que fazemos isso conosco?
por que não podemos só seguir?
insistimos nessa ilusão

não somos felizes, nenhum de nós
sempre falta algo
e nos apaixonamos por ilusões

quanto dos nossos sonhos
descrevem a nossa loucura
em uma infiel certeza?

quantos de nós gostaríamos de voltar
àquela época perdida
e àquela perdição amarga?

vamos continuar seguindo
com um sorriso amarelo
sabendo que é tudo uma mentira

todos nós, todos nós.

e quantos nós somos?

domingo, 23 de junho de 2013

Rabisco

Letras que saem nessa imagem imaginário de papel
nossa imaginação realmente consegue controlar tudo
e tirar a magia do tradicional
Por que não?
Se a vida tantas vezes permite que tenhamos uma folga em nossa cabeça
que a gente consiga ver ordem no meio do caos
e caos no meio do nada
Não sei porque estou viva, não sei porque devo ver esse momento
não me sinto nem um pouco capaz de ajudar em nada
embora minha vontade é que eu conseguisse
causar, destruir, e das cinzas ajudar o novo a chegar na Terra
mas eu não posso
assim como não posso levantar da cama com um sorriso 
assim como não posso arrumar disposição para fazer nada
assim como eu não posso ignorar o medo que me prende


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um pouco sobre o respeito

Eu não preciso tentar te apunhalar pra ser notada, e suas atitudes só me mostrar que sou notada ainda assim.
Suas atitudes mostrar que você ainda sente algo, nem que seja raiva ou inveja.
E suas atitudes vão te derrubar. 
:*


SE LIGA E ANOTA.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vai, Mariana

Mete-lhe a faca no próprio peito e acabe com o problema.
Ou obrigue o mundo a te aturar.

Remédios

Dois comprimidos laranja. Eles são grandes pra minha garganta, mas já estou acostumado a tomá-los sem água.
O meu corpo tenso pelo frio vai, aos poucos, ficando mais relaxado, embora a dor dos músculos continuem lá.
A minha mente dói tanto quanto antes.
Meus olhos estão ardendo, e vamos fingir por um momento que seja por estar faz tempo no computador.
Eu já não consigo entender muito bem o que escrevo, mas vejo que os meus dedos estão bem rápidos sobre o teclado. Espero estar digitando direito. Espero que faça sentido.
Com esse remédio, sinto-me morrer. Com essa morte, sinto-me vazia. Com esse vazio, sinto-me normal.
Nada mal pra quem está dopada, eu consegui entender, e vocês?
De qualquer forma, ainda vou fumar um cigarro antes de deitar e começar a assistir '500 Dias Com Ela'.
Talvez lá fora eu congele e só acorde no verão.
E talvez não.
Talvez tudo fique bem.
E talvez não.
Talvez eu não fique sozinha.
E talvez eu fique.
Só sei que dói. Dói tanto. Dói tanto que nem o meu remédio e nem nada no mundo consegue fazer parar.

Acho que a rosa perdeu pro cravo.

domingo, 16 de junho de 2013

Mais uma vez

Acho que algo quebrou dentro de mim. De novo.
Acho que mais uma vez chegou ao fim. De novo.
Será que a culpa é realmente minha? De novo!

Eu já sofri tanto, e me ergui, me dá medo de novamente tentar.
É tão difícil ter você e ainda assim me ter?
Eu sou tão livre, sou impulsiva. Eu sei que eu sou difícil.

Mas é que, entenda, existe uma parcela minha
que eu realmente sinto, de verdade,
que o mundo não merece ter.

Eu deveria ter aprendido, como todas as outras vezes não aprendi
eu nasci para ficar sozinha
porque eu não sei amar uma só pessoa, só sei amar o mundo

E pelo mundo eu morreria,
mas tente entender
sendo do mundo, eu morreria por você.

Acho que algo quebrou dentro de mim.
Talvez seja a minha esperança,
talvez seja a minha felicidade
talvez seja eu mesma
só sei que algo quebrou de novo
como tantas outras vezes
e a culpa novamente foi minha
por não aprender
que não dá pra prender uma nuvem
e nem congelar uma chama.

Ainda assim

Eu sou a música não ritmada
eu sou a inconcordância, eu sou errada
eu sou a vela com chama apagada
eu sou o tudo e ainda assim o nada

Eu não conheço mais o amor
e ainda assim o amo
eu ainda lembro da dor
mas ainda assim não o chamo

e te deixo ir
eu sou assim
quero tudo pra você
e não mereço você pra mim

Eu sou a bola que veio quadrada
eu sou a melodia não tocada
a corda do violão estourada
eu sou assim, eu tô marcada

Eu sou a taça que está quebrada
O que eu posso fazer?
A vida não me ensina mais nada
ou eu que não consigo mais aprender?

Eu não conheço mais o amor
e ainda assim o amo
eu ainda lembro da dor
mas ainda assim não o chamo

sábado, 15 de junho de 2013

Nuvens

Foi você a nuvem branca que caiu do céu
que tem o lábio com gosto de mel
e a mente mais leve que o mais puro ar

Foi você a nuvem cinza que surgiu no mar
a tempestade que me fez desabar
ao ver toda sua beleza

Foi você que dentre toda minha destreza
chegou e abalou minhas certezas
como só uma nuvem pode abalar

Nuvem de Abril
porque tapa o sol em seu frio?
e porque agora vai embora?

Nuvem de mentiras
que me enganaram 
e agora me fazem arder

Nuvens malditas
está na hora de irem embora
para que eu possa me esquecer
da mais bela nuvem
que foi você

e foi você que zombou dos meus sorrisos
que apenas fingia estar comigo
e que por um momento eu cheguei a acreditar

e foi você que recebeu o meu abraço
quando só queria dar um amasso
para então se satisfazer

e só você que ouviu os meus lamentos
e que no meio de todo tormento
conseguiu me aquecer

e foi você a nuvem 
que voou pra longe, embora
para se fazer morrer. 




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Primavera chegou

Acordamos. Eu acredito. Eu realmente acredito.
Na verdade eu sinto que tudo que lutei foi esperando esse momento. 
A faísca saiu de controle e a bomba estourou. Se eu ganhasse R$ 0,20 centavos cada vez que eu falei que esse dia estava chegando (os sinais apontavam pra isso, a repressão estava maior), eu seria mais rica que o Arnaldo Jabor.

Hoje é transporte público, amanhã educação, saúde... O primeiro passo foi dado e nada mais segura esse incêndio. Ainda bem.

♫ Você vai se amargar vendo o dia raiar sem lhe pedir licença
e eu vou morrer de rir que esse dia há de vir antes do que você pensa ♪

Primavera

Disposta pra matar
disposta pra morrer

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Um conto sobre ninguém

Bons anos se passaram desde que tudo aconteceu. Hoje eu tenho minha casa, estou formada -relativamente bem sucedida, me arrisco a dizer-, e, adivinhe, com sua filha em meus braços.
Batizei-a de Pietra, o nome que você queria dar à sua primeira filha, o nome da sua avó.
Ela não sabe da sua existência, eu não tive coragem. Como posso explicar que tudo começou e terminou nas chuvas de Abril? De qualquer forma, ela ainda não entenderia, é só um bebê.
Não sei porque resolvi lhe escrever agora, nunca mais tive notícias de você e sei que posso estar invadindo sua vida, que há muito já deve estar formada. Você provavelmente tem a sua mulher, e a sua família. Antes de qualquer coisa, deixe-me esclarecer: não desejo seu dinheiro, nem desejo que largue o que hoje você tem.
Escrevo da varanda da minha casa. É um ambiente gostoso, dá para um pequeno bosque e, por ser alto, tenho uma boa vista do céu azul. Algumas nuvens brancas correm enquanto minhas letras vão aparecendo no papel, e como essas nuvens me lembram Abril! Lembra-se? Aquelas nuvens fofas com a "base" levemente achatada?
Mas então as nuvens vão, assim como você foi.
Mas, ao menos, deixou-me Pietra, que me aquece nas noites frias e me conforta quando chegam os trovões de Maio.
Maio, sempre detestei Maio. Foi em Maio que tudo acabou, foi em Maio que você, ah, como colocar em palavras? Foi em Maio que a normalidade voltou para nós.
Não quero me alongar muito, não pretendo voltar a fazer parte da sua vida, não fomos feitos para casamentos e família, somos feitos de sonhos, feitos das nuvens de Abril. Nós vivemos, e vamos embora.
Eu só queria que você soubesse da sua filha, e de que, no momento certo, ela saberá quem era o pai, e o que foi o nosso momento. E gostaria de que você soubesse que, não, eu não esqueci. Nunca esquecerei.

Da sempre sua,
                        garota de Abril

segunda-feira, 13 de maio de 2013

2.0 TUUUUURBO

Finalmente eu saí dos 19 (número que teorizo ser a idade mais bunda que existe) e cheguei pela primeira vez com o dois na frente.
Duas décadas é tempo pra burro.

E eu tive muitas comemorações de aniversário, todas elas muito boas. 

<3 div="">

sexta-feira, 3 de maio de 2013

30 coisas que gosto em você.

1- Seu cabelo e barba são perfeitos para o ato de fazer carinho.
2- Você não é orgulhoso.
3- Você me faz rir.
4- Quando você ri, seus olhos brilham.
5- E você ri o tempo todo.
6- Você se preocupa de verdade comigo, é visível. 
7- E não só comigo, você se preocupa com todo mundo.
8- Porque você é uma boa pessoa, e isso é lindo.
9- Você é lindo.
10- Você gosta de sair de rolê.
11- Mas também gosta de ficar morgando em casa jogando pokemon.
12- Você atura a minha tagarelice.
13- E o meu mau-humor diário.
14- E o meu constante sono.
15- Você entende que 90% dos meus amigos são homens.
16- E ainda buscou ficar amigo deles!
17- Gosto da forma com que você gosta da sua família.
18- Da forma com quem você trata seu irmão mais novo (e a minha irmã mais nova).
19- E da forma com que você trata minhas cadelas.
20-Gosto da forma com que você me trata.
21- Quando você me chama de princesa (e é a única pessoa que faz isso de forma não-brega)
22- Quando você tá bravo comigo e me chama de "Mariana" (e eu confesso que eu rio por dentro, desculpa).
23- E quando eu faço um drama e você me chama de gorda e Snorlax (safado!).
24- E você me faz massagem!
25- E muitas vezes faz sem eu pedir.
26- Fico muito feliz quando você fala que uma música lembra a gente.
27- Principalmente se for The Doors, que me lembra você.
28- Aliás, gosto muito do seu gosto musical.
29- E fico realmente impressionada com seu Beat Box.
30- E, mais do que tudo, o que eu mais amo em você é que, bom, você é meu. Eu tenho tanta sorte.


Eu poderia escrever 100 ou mais motivos pra estar contigo, mas estou atrasada e não quero você se achando muito, HAHA.

Amo você, criança. 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

terça-feira, 30 de abril de 2013

Layout 3.0

Enjoei desse layout, vamos ver se lembro como fazer um novo.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Tudo igual

Vou ser sincera: as vezes tenho vontade de seguir sozinha.
Pq, na realidade, as companhias não fazem diferença. Absurdo, não? Mas é.
Me sinto muito egoísta quando percebo que não sinto mais nada. Que os amores que eu tive não doem mais, que os amigos que foram embora não deixam mais saudades...
Queria que fosse diferente, queria valorizar todos que estão à minha volta por saber que dói perdê-los. Mas não dói. 
Virão outros amores, virão outras pessoas, e eu não vou aproveitar 100% da essência delas simplesmente por saber que não preciso, e então eu, aos poucos, vou deixar de ser aquela pessoa intensa para virar um cubo de gelo impessoal.
Não tem problema. Os que ficarão bravos com essa decisão vão sumir da minha vida, e em primeiro momento vou pensar no quão triste e errado foi isso. E virão outras pessoas.

Nossa existência por si só é muito vazia. Que mundo de bosta.
E eu nem sinto nada sobre isso.