quarta-feira, 17 de julho de 2013

De 93 à 2013 só eu sei o que eu passei

A vida é algo tão simples que eu realmente não entendo como as pessoas complicam tanto.
Por exemplo, quando uma pessoa me conhece, ela tem duas opções:
a) Me incluir na vida dela;
b) Não me incluir na vida dela;
Se a pessoa gosta de mim, ela pode tranquilamente marcar um x na opção 'a', certo?
Se a pessoa não gosta de mim, ela só ela escolher a opção 'b' e está tudo resolvido.
Agora, se o meu jeito incomoda você, se minha presença não te faz bem, se o fato de que eu esteja vivendo a minha vida não condiz com o que você considera certo, por que você insiste em escolher a opção 'a' se a opção 'b' seria mais adequada ao seu caso?
E eu também utilizo essa forma de escolha na minha vida! Ou soma, ou some, e se você está me fazendo mal de alguma forma, ou sendo falso comigo, ou me julgando, eu posso passar da opção 'a' para a opção 'b' e todos ficam felizes. A não ser, é claro, aquelas pessoas que, mesmo se enquadrando na opção 'b', insistem na opção 'a' como se fosse o mais acertado a se fazer: impor as mudanças que acham que eu deveria ter.
O que eu sou hoje faz parte de um conjunto de experiências que começaram a serem produzidas nove meses antes do dia 13 de Maio de 1993. Eu, assim como qualquer ser-humano normal, sou uma síntese de tudo que já passei na minha vida, incluindo coisas boas, ruins, conselhos de pais, leituras, vivências em geral. Eu não vou mudar. Eu não sou e nem pretendo vir a me tornar perfeita.
Não pretendo que as pessoas me aceitem com os meus defeitos e erros. Sei que muitas vezes posso incomodar -inclusive aqueles que gostam de mim-, sei que posso sempre buscar melhorar, sei que posso sempre buscar o aprendizado. E eu tento, juro que tento. Mas eu tento no ritmo que eu me dou ao luxo de ter, não no ritmo que você me impõe. Mantenha o seu ritmo, as suas lições e as suas verdades para você. Enquanto você não tentar pisar no meu calo, me comprometo a não tentar pisar no seu. E assim vivemos em harmonia.
Finalizando essa bíblia, não adianta tentar me fazer sentir-me culpada, errada, torta. Eu sei o que eu sou e, acredite, sei mais do que você sobre o que se passa na minha mente. Os meus erros estão pregados na minha alma como cicatrizes que latejam cada vez que preciso lembrar do aprendizado que elas me geraram. Não preciso que você aponte meus erros passados, e menos ainda que você crie erros que por mim não foram cometidos. Não preciso de dedos na minha cara, já bastam os dedos da minha própria consciência, e eles não são poucos.
Recuso-me a me culpar por algo que não fiz. Recuso-me tentar provar algo que não deveria precisar ser provado. Recuso-me a me justificar quando não há o que ser justificado. Recuso-me. Não gosta disso, não aceita isso? Naturalmente é um direito seu, por favor marque a opção 'b' e seja feliz para sempre.
Agora, se insistir participar da minha vida, se insistir em marcar a opção 'a', são nos meus termos.

Ou soma, ou some.

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