quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Letras

Quantas vidas cabem em um blog? Quantos sentimentos, arrependimentos, lições, quantas vivências já escrevi aqui.
São seis anos, eu era tão jovem! Com aquela letra laranja horrível e aquela escrita forçada de quem acaba de entrar na Internet.
Eu teimo em pensar que aquele que ler todo o meu blog pode ser aquele que mais me conhece. Ao mesmo tempo, vejo o quão idiota é essa visão.
Aquele que ler todo meu blog vai ver aqueles textos que precisei escrever, mas não deveria. São os mais dramáticos, os mais revoltados, os verdadeiramente tristes. 
Triste é o ser humano que escreve. Com o tempo nós percebemos que, quanto mais triste estamos, mais bonito escrevemos. Vale a pena ser feliz?
Com base nesse pensamento, e em várias outras vivências, prometi a mim mesma que, por mais idiota fosse o que escrevia aqui, eu nunca apagaria. Bom ou ruim, era o que eu estava sentindo no momento.
Provas disso? Em algum post perdido no decorrer desses seis anos de blog tem um post meu com o hino do Flamengo. Perdi uma aposta com o Vini. Aliás, sou Fluminense.
O DC é a grande prova da minha personalidade sendo construída ao longo desses anos, e é interessante notar que muitas das minhas tradições vem do blog, como o Retrospectiva DC, ou a Música do Ano. 
Doentio? Não tem problema, aqui é uma parcela de mim com a beleza que a internet proporciona: o que seria impossível escrever em um diário e manter pra sempre, torna-se possível na infinidade da rede. É doentio, mas faz sentido.
A vida é difícil, mas nos permite criar leves TOCs.

E o maior deles é colocar o que a minha mente não pode contar para ninguém aqui.
Espero que, com o tempo, isso divirta vocês. Mesmo só com leitores imaginários (e a Jana), me acalma e ma trás paz. (:

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