Quantas vidas cabem em um blog? Quantos sentimentos, arrependimentos, lições, quantas vivências já escrevi aqui.
São seis anos, eu era tão jovem! Com aquela letra laranja horrível e aquela escrita forçada de quem acaba de entrar na Internet.
Eu teimo em pensar que aquele que ler todo o meu blog pode ser aquele que mais me conhece. Ao mesmo tempo, vejo o quão idiota é essa visão.
Aquele que ler todo meu blog vai ver aqueles textos que precisei escrever, mas não deveria. São os mais dramáticos, os mais revoltados, os verdadeiramente tristes.
Triste é o ser humano que escreve. Com o tempo nós percebemos que, quanto mais triste estamos, mais bonito escrevemos. Vale a pena ser feliz?
Com base nesse pensamento, e em várias outras vivências, prometi a mim mesma que, por mais idiota fosse o que escrevia aqui, eu nunca apagaria. Bom ou ruim, era o que eu estava sentindo no momento.
Provas disso? Em algum post perdido no decorrer desses seis anos de blog tem um post meu com o hino do Flamengo. Perdi uma aposta com o Vini. Aliás, sou Fluminense.
O DC é a grande prova da minha personalidade sendo construída ao longo desses anos, e é interessante notar que muitas das minhas tradições vem do blog, como o Retrospectiva DC, ou a Música do Ano.
Doentio? Não tem problema, aqui é uma parcela de mim com a beleza que a internet proporciona: o que seria impossível escrever em um diário e manter pra sempre, torna-se possível na infinidade da rede. É doentio, mas faz sentido.
A vida é difícil, mas nos permite criar leves TOCs.
E o maior deles é colocar o que a minha mente não pode contar para ninguém aqui.
Espero que, com o tempo, isso divirta vocês. Mesmo só com leitores imaginários (e a Jana), me acalma e ma trás paz. (:
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