Tenho tido tempos curiosos. Viajei para Minas, algo que estava planejado há três meses mas, por ser tão inusitado, só acreditei quando aconteceu. Pouco depois recebi uma pessoa que gosto em casa, o que foi exatamente a mesma situação.
Ainda assim, a depressão pega eventualmente. Engraçado quando ela se torna maior do que a ansiedade, não porque ela ficou mais forte, mas porque a ansiedade diminuiu. Eu sei que é ela, e eu sei que posso lidar por reconhecer. O difícil é estar sozinha, mas eu sempre estive e agora sou mais velha e tenho uma boa psicóloga, vou conseguir. Além disso, tenho uma amiga-comadre, a Raquel, que me ajuda demais, e também fica aqui minha menção muito honrosa à Amanda, porque toda vez que sinto conforto na minha casa vejo o trabalho dela, essas duas me ajudam demais e sem pedir nada em troca, sou muito grata, queria retribuir melhor.
Tem um monte de obstáculo que eu tenho que passar nesse momento, tô fraquejando e me cagando de medo, mas sigo em frente porque liberdade tem um gosto muito bom, eu ao menos imagino, só senti o cheiro.
Tenho vivido coisas bacanas. Conhecido e apreciado pessoas muito bacanas. Me incomoda seguir tão infeliz com tanta coisa boa acontecendo, mas sei que, se eu permitir o dia seguinte, tudo muda, a vida é mutável, as fases ruins também. Tenho algumas condições a resolver, não sou só eu, são elas também, vou começar por aí. E deixar o passado para trás, desde família, amigos e o resto, tem sido bom também. Vou fazer trinta anos, são alguns anos da minha vida, mas eu ainda estou aqui e quero garantir continuar com verdade, sentindo, não só pensando. Ter a coragem de sentir é doideira também, mas eu prometi isso para uma eu muito novinha, acho que, se tenho algo a cumprir, é comigo mesma. É fácil? É nada. Mas eu ainda tô aqui. Quem escolheu não estar, tchau e bênção, sejam felizes longe de mim, tô sem tempo para fingimento, tenho uma vida para viver. Sei lá como, mas vou tentando porque consegui não desistir. Por enquanto sigo.
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