POST madrugueiro rápido.
Quando conheci o Flu eu me encontrei, mas, em retrospectiva, muito do meu amor ao futebol veio do Rockgol
Eu meio que sempre tenho vontade de gritar QUE BONITO, QUE ALEGRIA, QUE BELEEEEZA a cada gol mdkckdkxk
POST madrugueiro rápido.
Quando conheci o Flu eu me encontrei, mas, em retrospectiva, muito do meu amor ao futebol veio do Rockgol
Eu meio que sempre tenho vontade de gritar QUE BONITO, QUE ALEGRIA, QUE BELEEEEZA a cada gol mdkckdkxk
Finalmente me encontrei, mas esse texto não é sobre isso (é também).
Minha mãe é muito amada. E minha mãe foi uma pessoa difícil (hoje menos do que antes, mas o máximo que ela consegue sem deixar de ser quem é, o que ninguém quer).
Ou seja, ela teve coragem de ser quem ela é até o fim. Perdendo quem fosse, mantendo até o final (que não chegou) que importa.
Herdei amigas da minha mãe. Demorou para conseguir ocupar esse lugar, mas acho que chegou o momento. De mostrar que entendo elas e de mostrar que eu sou.
Mesmo processo com meu pai, mas esse começou antes e está bem adiantado. Acho que, hoje, tenho a relação que sempre quis com ele.
Muita gente se preocupa conosco, sei que maior parte por afeto, mas existe certa insegurança. Eu não tenho dúvidas de que estamos prontos para uma vida sem minha mãe, na medida do possível, não se trata de preparação, a gente não quer, amamos ela por completo, não por obrigação familiar, queremos ela ao nosso lado. E, de verdade, mesmo que alguns me achem iludida quando falo, acredito que minha mãe tem muito tempo ainda. Quando falo muito é pra mais de ano. Sei de toda a parte racional, sei que não é bom criar expectativas, mas o que posso fazer? Sinto em mim que esse não é o último aniversário dela. Pode ser? Pode. Só não acho que seja, não que minha opinião importe grandes coisas. Mas vou adorar se, em um ano, escrever um texto assim torcendo pelo próximo. O câncer é um safado inconstante, a gente só pode torcer. Mas a minha mãe é uma pessoa com câncer que anda 10 (DEZ!!!) km diariamente (ultimamente pegando mais leve só por achar que deve), ela está com MUQUE nos braços (um muque respeitável, na moral), ela está bronzeadinha, o que tentava antes do safado e enfim conseguiu...
O que eu quero dizer é o que fui aprendendo sobre essa parada toda. No câncer você precisa se preparar para acontecer tudo, inclusive nada. Não tenho medo de falar o nome da doença dela, não finjo que não tem nada acontecendo. Mas se eu ignorar que a bicha tá saudável e com mais vivacidade que muito jovem eu também tô doida. Não tô doida.
Hoje vi muita gente se esforçando para mostrar para minha mãe, cada um da sua forma, que amam ela. Foi muito mais do que imaginávamos, fiquei realmente grata, ninguém tem obrigação de nada, mas demonstrações de amor ainda existem, acho que hoje encontrei um pouco do que buscava aqui, um grupo que, bem ou mal, ficou junto por anos. Estamos na próxima geração e muita coisa mudou, mas tem coisa aí que eu quero manter.
Geralmente não escrevo durante o role, mas ele tá acabando e regras são ilusórias.
Hoje é aniversário da minha mãe, o que ela acha que será o último e eu, particularmente, não. Mas comemorar como o último é vantajoso, e minha mãe merece demonstrações de amor. Hoje foram muitas.
Bom, escreveria muito mas meu celular não está cooperando, cada letra são uns cinco segundos. Fica para a próxima. Mas o dia foi incrível e, certa ou errada, não acho que seja o último aniversário. Vou deixar aqui para jogar na cara caso acerte. E quero muito acertar.
Também acho que um motivo para esse meu pequeno surto de hoje (falo que é pequeno porque, na prática, não exatamente prejudicou minha funcionalidade, falo que é surto porque chorei muito) é que tem sido raro ficar sozinha em casa. Tô recebendo minha irmã aqui durante uma reforma nos meus pais e, embora ela seja uma companhia tranquila que não me traga problemas, tenho muito certo em mim que ainda não me conheço, porque tenho muita dificuldade de me entender quando estou com outra pessoa e, no geral, sempre estive com outras pessoas.
Lógico que sempre tive minhas essências e tal, não sou uma pessoa muito camaleoa, eu acho, mas tenho forte essa dificuldade, já aprendi isso em meses de terapia pós-términos de casamentos (só o fato de ter 31 anos e morado com 3 dos meus namorados já mostra o tamanho da merda). Parece que, quando tô acompanhada, viro uma "persona", não uma pessoa. Não sei muito bem ainda o que isso quer dizer e como resolver, mas sei que é sozinha que vou descobrir, pelo menos por enquanto, e por isso tô nessa concha indisponível para relacionamentos novos de qualquer tipo.
Fica o registro para reflexão do meu eu futuro, acho.
A terapia hoje foi pesada, porque minha semana também foi. O câncer da minha mãe, que vinha regredindo, voltou a crescer, o que significa que vai mudar a forma de tratamento e todos nós ficamos no escuro por um tempo de novo (em uma família que ama ter o controle das coisas). Também tô sem um puto, como manda o fim do mês, e sem meu natural, o que significa que eu lembro o quanto sou pobre e fudida. Não vou fingir que meu natural não tem culpa nisso, mas também não vou fingir que ele que cria minhas mágoas, elas tão aí e afloram quando fico sem (ou eu afogo elas quando tenho minha muleta).
Só que hoje eu não tô culpando o mundo por ser uma pobre fudida, porque a culpa não é só dele e eu sei bem disso. Me acomodei em um trabalho que não me valoriza e tenho medo de mudar e não dar conta por causa da depressão, ansiedade e constante sensação de ser um fracasso com pernas curtas. E aí minha vontade é nem tentar, para não fracassar ou para que, caso eu consiga, não perca horas da minha vida em um emprego que não gosto, o que é absolutamente irônico porque a) isso é a vida no mundo capitalista e b) essa é exatamente minha vida no momento.
Ou seja, hoje é um dia de sentir raiva de mim mesma ao mesmo tempo em que ouço a psicóloga no ouvido falando que eu tenho que ser mais de boas comigo mesma. Mas ela também diz que eu tendo pra TPOC, que sinceramente é bem irritante e me faz pensar que eu sou no mínimo destinada a ser chata para um caralho até o resto da vida. E eu nem conheço ninguém que tenha isso, é só preconceito ou o fato de me achar chata para caralho, o que eu nem achava tanto, mas depois de tanto tipo diferente de rejeição tenho começado a ter certeza.
Eu sei que tudo isso soa pedante e autopiedoso e vou pedir um pouquinho de paciência porque sinto que não sei mais lidar com pessoas, que só consigo me fixar com a minha família (menos disfuncional do que eu, mas ainda assim complicada) e com amigos que moram longe e falam cada vez menos comigo, uma forma de manter vivo o sentimento que ainda cultivam por mim. Que merda, né?
Ao mesmo tempo Manu vem aqui esse final de semana oficializar que eu vou ser madrinha do casamento dela. Isso me faz sentir uma farsa porque, embora eu realmente ame ela e torça para que tudo de bom ocorra na sua vida, tenho me sentido uma péssima pessoa para se ter por perto e a proximidade geográfica torna mais difícil enganar.
Eu sei que vou melhorar, sei que muito do que tô sentindo agora tá aflorado por inúmeros motivos, sei que já já encontro em mim algum outro motivo para continuar, porque é isso que eu faço, eu continuo, deve ser meu mais fácil ponto positivo para mim mesa: eu ainda tô aqui.
Por enquanto vou chorar, escrever esse tanto de pieguice, tentar elaborar o que tô realmente sentindo e o que é aquela minha tendência de querer jogar tudo pro alto e desistir do mundo (seria isso TPOC? Sendo que já tô medicada para depressão e ansiedade), vou continuar.
Mas que saco. Que completo saco.
Em tempo, li um livro, sendo o quarto esse ano, sendo quatro a mais do que no ano passado. Li aquele da Jennette McCurdy, Estou Feliz que minha mãe morreu, e acho que, embora a história seja pesadíssima e tenha acendido diversos tipos de gatilho (o que, acho importante dizer em um mundo de censura ao que é feio e cruel, é louvável), me trouxe algo bom, a começar pelo fato dela ter tido várias oportunidades na mão, mas só tá conseguindo lutar pela própria felicidade profissional ao investir na escrita, que era o que ela queria mesmo. É um resumo completamente simplista do livro, lógico, mas acho que foi uma das partes que mais me tocou.
Hoje foi um dia bem legal, veio um pessoal aqui para a gente se despedir da Thais, a danada vai pra uma competição de pole dance e estamos aqui torcendo.
Aí veio um pessoal. Zil tá aqui, aí veio Thais, Iago e Vini, Mica, Fabs e Saulo. Andamos até a Praia da Costa, bebemos uma cervejinha, eles comeram, a maré foi subindo, muitos carcarás, enfim, muito legal.
Aí voltamos, fizemos nossa rotina fumaceira, trocamos ideia, vivemos, etc. Pessoal foi indo embora, eu na mania de sempre pedir pra avisarem quando chegam em casa, aproveitei para falar para Mica que sou bem feliz em viver perto deles, e sou mesmo, acho eles firmeza e sou feliz sempre que a gente sai. Aí ela respondeu um negócio que achei muito bonitinho, que ficou com medo que eu ficasse no sul, e aí tô até agora pensando nisso. Eu nem cogitei ficar no sul, mas sempre rola um sussurro desse tipo, né? E nunca dei ouvidos, mesmo sem saber o que tava me esperando para cá, se é que tinha algo. E fiquei feliz de ter alguém esperando minha volta aqui, até porque, quando penso em voltar, penso nas relações que tô construindo também. Fiquei feliz. Foi um dia massa. Viva a praia etc.
Minha psicóloga me passou a tarefa de listar coisas que eu sou boa. Sem piadinhas e sem auto depreciação. Vai ser difícil, mas eu vou me esforçar, então bora para minha lista de habilidades.
~ toca a vinheta ~
- Fazer malabares com bolinha
- Ensinar malabares
- Escrever
- Jogos de Super Nintendo
- Entender o que meus gatos querem
- Disciplina para estudar
- Decorar músicas em japonês
- Brincar com crianças
- Fazer a Raquel chorar de rir em menos de três minutos (quando me esforço)
- Dar parabéns para os meus amigos no aniversário deles (em 2024 é uma habilidade, não julguem)
- Criatividade
- Imitar as irmãs fumantes da Marge Simpsons
- Consigo deslocar umas partes esquisitas do corpo (ombros, fêmur, tendão das mãos)
- Tenho uma memória exemplar da infância
- Sei os planetas do sistema solar em ordem
- Aprendi a respiração circular para tocar didgeridoo (foi difícil!)
- Sei voar de VÁRIAS formas nos meus sonhos
- Sei várias formas diferentes de enganar meu cachorro, minha irmã mais nova e alguns amigos mais ingênuos
- Sou muito boa em administrar as loucuras da minha família (pena que é um trabalho muito mal remunerado)
- Eventualmente tenho opiniões sensatas sobre as coisas
- Conseguia decorar as falas de todo mundo nas peças de teatro que eu fazia
- Sei tirar minha própria sobrancelha de forma satisfatória
- Sei reconhecer várias constelações no céu (Vai servir quando eu for pirata)
- Sei reconhecer vários animais pela aparência, pegada ou som
- Sei fazer um lixofone
- Sei fazer origami de coração de papel
- Sei tocar algumas poucas músicas no teclado (e aprendendo mais)
De cabeça lembrei esses, continuo em outra lista se lembrar mais. Humildade aqui não!!!
Esse foi um mês especialmente curioso na minha mente. Fui fútil, volúvel e um pouco autodestrutiva, mas também trabalhei, cuidei da minha casinha, me diverti muito nos meus sonhos (no sentido literal), e, sei lá, é bobo e não é, gostei da incluída do Duolingo em música, hahah. Indo mais fundo, sempre fui uma toupeira para música (acho que isso ficou injusto, visto que toupeiras tem boa audição), mas também nunca acreditei que começaria a me familiarizar com inglês, ou, aos poucos, aprender japonês. Saber ler hiragana, katakana, alguns kanjis. Entender algumas coisas.
Falei para meu pai que meu plano é, em uns três anos, conseguir acompanhar ele em alguma música, hahah. Acho que posso virar uma chave legal aí. Eu ia me sentir muito gostosa se soubesse tocar algum instrumento.
Em fevereiro eu vou para Curitiba, e parece que a cidade resolveu invadir meus sonhos. É engraçado, porque eu sempre sonhava com a galera de Curitiba em cidades imaginárias, agora sonho com Curitiba e raramente estou com essas pessoas. O que isso quer dizer? Não faço ideia, só tô relatando.
Espero (ter fé em mim para) ter terminado o livro do trampo até lá. Atualizo vocês, amigos imaginários (ou eu do futuro querendo lembrar o que tava fazendo nessa época).
Menção aqui para a nova formação do Linkin Park e as músicas novas do Fresno. Foda.
Essa semana foi interessante. Na verdade, o mês todo foi, proporcionalmente ao que foi longo.
Ontem fui conhecer o lugar que meu pai queria mostrar. Não vou dar nomes para deixar só meu relato, sem contexto a mais.
Vou pelo cronológico.
Meu pai chamou por meses, eu e Zil prometemos, aí ele teve dentista na mesma hora. Deixou a gente e prometeu que voltaria depois.
Entramos meio perdidas, já estava rolando uma interação ritualística em uma sala, a janela visível para a gente, fora do quintal. Alguém autorizou a entrada com as mãos, entramos, sentamos em um banco externo pronto para isso e esperamos. Esperamos e esperamos e, terminadas as cantorias e orações, começaram a arrumar o ambiente. Não sou muito boa com noção de quantidade, mas vou chutar que tinham umas quinze pessoas na organização. Todas sorridentes, mas focadas em suas tarefas. Em algum momento, uma delas, uma mulher, perguntou se já conhecíamos a casa e, com a negativa, contou como seria, mostrando o interior do local à medida em que falava.
O primeiro ambiente, uma sala com bancadas vermelhas espalhadas, seria onde conversaríamos com os pretos velhos. Ao lado estava a sala onde eles estavam cantando, onde, em nenhum momento, entramos. Seguindo por um curto corredor, outra sala de espera que dava para dois espaços, uma sala de cura azulada com uma base branca para deitarmos e, no mesmo local que a sala de espera, metade dela estava separada para passes.
Apresentado o ambiente, voltamos para o quintal, onde deveríamos sentar nos bancos na ordem exata em que chegamos. Esperamos em silêncio, algo que, anos atrás, teria me feito surtar. Dessa vez foquei em duas estrelas brilhantes no céu e, sempre que entediava, focava nelas. Chegaram algumas pessoas, maior parte da organização, menos uma mulher que sentou em nosso terceiro lugar. Antes que meu pai, que seria o quarto lugar, chegasse, fui convidada para conversar com um preto velho.
Me explicaram como deveria me movimentar e passei por aquela etapa que, diria, foi a mais interessante (não que o resto não tenha sido). Pessoalmente, gosto mais de conversar com mortos do que com vivos, e não estou aqui para questionar incorporações. Perguntei o que tinha para perguntar, recebi respostas condizentes, deixei uma pergunta para lá e, ainda assim, foi respondida, com a mesma palavra que usei em minha mente.
Foram só duas perguntas e me vi satisfeita. Poderia perguntar todas minhas curiosidades do mundo, se estrelas são infinitas ou se o tempo existe mesmo, mas me senti satisfeita com aquilo que vai fazer diferença aqui e agora. E, na verdade, só recebi confirmações, não estou reclamando, só satisfeita.
Nesse tempo, foram liberando a sala para todos os outros, então tudo isso aconteceu em meio a uma grande barulheira que, no mínimo, garantia a sensação de privacidade. Ainda assim, reparei que pelo menos seis organizadores diferentes prestando atenção no que estava acontecendo ali comigo e a carismática senhora que me respondia. Não deixei isso atrapalhar porque, como eu disse, gosto mais de mortos do que de vivos e meu tempo era limitado.
Sem mais perguntas, agradeci e disseram para que eu esperasse a 'próxima fase' (não lembro a expressão usada) lá fora. Já tinha um tanto de gente esperando sua vez, bem mais do que há cinco minutos antes, quando entrei, e sentei em um lugar diferente, só para facilitar a organização.
Embora meu olhar fixe (meio peixe morto) em estrelas, meu ouvido funciona bem. Ouvi instruções/críticas da 'chefia' para a pessoa responsável pela recepção (feitas de forma discreta e aparentemente delicada, mas ainda na nossa frente); ouvi, depois dessa primeira fase, o responsável avisá-la de que queria falar com a menina de branco (que, por acaso, era eu, mas mantive a cara de cu olhando as estrelas). Zil saiu. Meu pai saiu. Conversamos bem pouco, cada um preferindo o silêncio, pensar sobre o que tinha ouvido. Uns tantos minutos depois, um dos organizadores (sou ruim em fisionomia, mas creio que tenha sido o mesmo que ouvi antes), me chamou para conversar. Me levou para a 'sala de espera interna', entre a privada salinha e cura e o espaço onde seriam os passes ao final. Sentamos e ele começou a me contar sobre a, vou chamar assim por não saber qual seria a palavra correta, filosofia deles. Da parte teórica, da parte organizacional, da parte prática-espiritual. Achei interessante e também não vou explicar mais aqui, mas agi como costumo agir no desconhecido: presto atenção, mas falo pouco. O que posso dizer é que, mesmo achando válido, não me cabe, no aspecto filosófica. Não digo que seja bom ou ruim, mas trata de questões nas quais já pensei muito, por muitos anos, e já trouxe minhas respostas. Certas ou erradas, são as minhas.
Sou meio lerda, gosto de tempo para digerir o que penso sobre as coisas, então agradeci as informações e foi isso.
Voltei lá para fora. Esperamos todas as pessoas passarem pela 'primeira fase' e organizarem a próxima área, nessa sala de espera interna. Eu estava em primeiro. Passei pela salinha de cura, um ambiente azul e confortável, privativo e rápido. Todos passando pela sala, prepararam os organizadores para o último momento, onde os caboclos incorporam nos organizadores preparados. Me explicaram como seria, eu sendo a primeira da fila, e recebi o passe de três pessoas/entidades, a primeira sendo, por acaso, a pessoa com que consultei.
Foi legal, foi interessante e gostei de ter feito algo com meu pai, que hoje em dia se sente a vontade de convidar a gente para sair com ele.
Espiritualmente, não sou de grupos. Não curto hierarquia, não curto regras alheias e, muito menos, obrigações. Gosto de conhecer tudo, tô com planos de ir em uma gira aberta que conheci por aqui também, não agora, no futuro. Linhas diferentes são exatamente o que eu busco, diversidade.
Depois disso fomos num pico lanchar, comi esfiha graças aos deuses (finalmente achei um lugar que faz esfihas por aqui), meu pai devorou um cachorro quente prensado com costela, Zil comeu um pastel de caranguejo, a vida é muito boa kkkkk.
Eu vou começar com o problema: queria ganhar mais dinheiro.
E aí vou para o ponto verdadeiro desse texto, eu estou com três trabalhos, dois constantes (portal e livro) e um eventual (transcrições) e, vou ousar admitir, estou feliz com os três.
Hoje foi um dia interessante, tive a honra de, pela primeira, ser convidada para ser madrinha de um casamento. Passada a euforia da felicidade pela minha amiga (Lua loves love), certo desespero, mais um ano me despencando para Curitiba sem ter dinheiro para fazer isso. Só que, espero estar certa, acho que tem algo vindo aí, no aspecto do dinheiro.
Tô na esperança de escrever um belo livro para minha chefe e, com isso, conseguir talvez mais uma clientela? Naquilo que mais gosto de fazer, escrever histórias que já existem, que já foram pensadas. Pensar em me pagarem por isso é uma espécie de sonho realizado. Além de tudo, escrever com frequência é um ótimo aquecimento para meu próprio livro.
Tô tentando aprender a ficar satisfeita sem medo de tudo ruir no futuro, e, na verdade, meu presente tá bem legal. É verdade que - minha ansiedade sempre lembra - tudo pode dar errado. Mas, agora agorinha, não tá dando errado, não.
Ps: já tava botando hashtag aqui quando lembrei de mencionar que meus gatos são um amor e eu durmo com os três em mim agora. E Caligine e Mandela agora moram com meus pais, vieram de Curitiba e ter eles perto é muito show.
Correndo risco de parecer workaholic, estou adorando um dos meus três trabalhos. Sinceramente, se pudesse (e tentarei, certamente) eu viveria de escrever histórias, principalmente as fictícias (porque de biografia já tive minha experiência e, mesmo que tenha curtido, ficção é muito mais legal).
Eu agradeço muito pela minha chefa ter dado essa oportunidade, pegar uma historia dela, lapidar, deixar tinindo. E hoje, depois de uns meses de preparativos e planejamentos, já estou com a mão na massa. Dois capítulos já foram, e o livro não é grandão, acho que consigo avançar legal no decorrer dos dias. Às vezes, e para variar, sinto que o difícil é começar, mas, depois que rola, flui que é uma beleza. Eu estou gostando. Tô me divertindo.
E, sinceramente, acho que está ficando legal...? Eu passei um tempo com medo de não cumprir a espectativa, mas me sinto mais tranquila. Às vezes me permito sentir que, concentrada, eu sou boa nisso.
Sendo ou não sendo, eu amo, me divirto, me expresso, eu sou muito feliz no ato de escrever, só preciso lembrar com mais frequência.
Tive um final de semana gostoso. Tinha prometido que, depois de dois sábados de interação social, ficaria quietinha esses dias. E falhei, ainda bem.
Mica e Fabrício vieram aqui, chamei Zil também, fomos na praia e foi muito massa. O resto do fim de semana fui eu bebendo minha cervejinha e assistindo as Olimpíadas, que, sem zoeira, não lembrava que eu gostava tanto (e gosto).
Amanhã a semana útil reinicia, tenho, como tem sido, muita coisa para fazer. Mas acho que vai ser ok, vai reiniciar o mês e os deuses sabem como começo de mês é mais fácil (os deuses e o Brasil no geral).
Num sei, tô numa esperança de que coisas boas aconteçam, torcer não influencia o resultado, torcer contra também não, hahah.
Tenho gostado do jeito que as coisas vão na minha vida. Claro, posso pensar em mil coisas que poderiam melhorar, mas acho que não tenho mais tanta pressa, meu ritmo foi devagar e sempre e finalmente tô me adaptando a ser assim.
Enfim, papo de doida só para registrar que eu estou bem. Não ótima, não perfeita, mas não neutra ou abaixo disso. Bem. Por hoje é super suficiente para mim. E que dia legal.
Não sei bem o que aconteceu, mas, já na segunda-feira, acordei doida para adiantar tudo que eu pudesse. Talvez seja a nova dose do novo remédio, mas deixei qualquer descanso de meio de dia de lado, fiz tudo que tinha que fazer com disciplina e, com tudo terminado, fiquei livre para aproveitar a noite desde o começo, da forma que preferisse.
E não é como se fosse pouca coisas, estou falando de administrar dois trabalhos (eventualmente, como hoje, três) e ainda assim cuidar da casa, dos gatos e de mim. Quando sobra energia, da minha família também.
Zil tá aqui agora (na cidade), o que é engraçado porque, embora eu soubesse que aconteceria ocasionalmente, não pensava muito em como seria. Mas tem sido legal.
Minha mãe oscila entre energia inabalável e lidar com uma realidade na qual não tem controle além de como vai lidar com tudo. Acho que ela vai bem, diante da incerteza, que é algo que nos abala, como seres humanos. Eu boto muita fé na remissão dela, mas sei que esperar o tempo do universo é, no mínimo, um saquinho, hahah. Só que não tem muito o que fazer além de esperar e transformar cada momento em algo legal.
Tenho levado bastante isso para minha vida, também. Adoro morar sozinha, com meus três gatos (meu cachorro fazendo intercâmbio na casa dos meus pais), minha rotina de trabalho, de limpeza, amo minha casinha. São vários momentos bobos e que tornam meu dia feliz, eu sou uma pessoa fácil, na verdade. Fico feliz com um arco-íris, ou ver iguana no muro, ou assistindo meus gatos sendo eles (passaria horas falando de cada um dos meus arrombadinhos).
Quero mais dinheiro, heh. É minha meta, mas quero fazer isso de forma orgânica, porque não tenho nenhum desejo em me matar de trabalhar e respeito muito meus momentos de descanso ou procrastinação. Mas, hoje, estou trabalhando como eu quero, faço meu horário (com uma disciplina até que legal, devo dizer), não tenho Burnout, dou o meu melhor de forma condizente com os incentivos que recebo (verbais ou financeiros), enfim, tô detalhando para que, no futuro, eu e minha memória de peixe tenhamos isso em mente.
Todo um texto de alguém que bebeu para dizer que a vida está [cálculo tirado do IMR] 80% boa. Não posso e nem vou reclamar.
(Estou vendo todos meus gatos dormirem, já mencionei que eles são lindos e eu os amo?)
Hoje foi um dia interessante. Eu não gosto de marcar compromissos para noite, porque me faz ficar o dia inteiro ansiosa, mas hoje foquei no que tinha que fazer e consegui me organizar.
Tinha uma reunião com a chefe desse trabalho novo, do livro, uma pessoa que conheço há anos, me viu crescer, e agora entramos nesse projeto juntas. É muita coisa em jogo, mas, dessa vez, de uma forma boa. É o tipo de trabalho que eu mais gosto de fazer e sempre quis ter essa oportunidade; é uma pessoa que eu admiro, mas que essa admiração não vira medo, e cujo projeto também significa algo grande. Meu tipo de trabalho, se eu puder escolher.
Só que, pela importância que eu dou, a pressão aumenta, e não é como se eu precisasse de muitos motivos para ser uma pessoa ansiosa. São muitas questões, querer fazer o livro perfeito, agradar ao máximo a expectativa alheia, o medo dos prazos (já conhecido em começo de projeto), o medo de surtar, falhar, enfim. Medo é a palavra que esse blog mais viu.
Mas eu fui, que é o que tenho feito, e deu certo. Minhas ideias foram acatadas, o que me deixou feliz e confiante para continuar, e a reunião em si me deixou confortável sobre o que está por vir.
Além de quê, foi bom conhecer melhor minha chefe. Ela conviveu muito comigo quando eu era criança, depois nos separamos e, desde que voltei para cá, além de encontros rápidos e pontuais (ela que me doou o primeiro fogão que tive aqui. E um colchão, em outra casa), a gente ainda não tinha, sei lá, tudo a chance de se reconhecer.
Eu sou uma boca de sacola, já assumo, sou trintona o suficiente para não tentar mudar, graças aos deuses. Ela me (re)conheceu em uma noite, e eu a (re)conheci, gostei muito do que vi, foi bom enfim estarmos como iguais, adultas. Veja, eu brincava com a filha dela, que eu acompanhei a gravidez (três anos de diferença e uma memória infantil impecável), éramos vizinhas com uma casa no meio, a antiga casa dela - eu contei para ela, pois boca de sacola - é um dos cenários mais frequentes dos meus sonhos (embora nos meus sonhos ela tenha seis andares, e não dois, como realmente tinha).
Mas agora fomos duas mulheres fodas num bar conversando sobre as coisas que já vivemos e o que queremos, foi bem legal. E o bar tinha um banheiro limpo.
Aí vejam, né, como as coisas são. A gente lá e uma hora ela me avisa: "um cara passou a mão no meu pé"! "Como assim???", "passou a mão no meu pé".
Discretamente me mostrou o cara, tava lá no bar também, enfim, continuamos a conversar. Aí já, já ele para na mesa todo meio sem jeito porém ousado o suficiente para estar ali. Fala algumas abobrinhas rápidas do tipo "tava ali, PASSEI A MÃO NO SEU PÉ DUAS VEZES, agora você cruzou as pernas, não deu", NORMAL, PAPO NORMAL, aí ele "mas posso falar uma coisa?", eu na lata "DEPENDE", porque, assim, ele tava tentando ser um cara ok, mas ele tava tentando isso depois de pelo visto ter passado a mão (SEI LÁ COMO) duas vezes no pé dela? Meu amigo? Aí ele mandou um papo de que "ah vocês são muitos bonitas, mas VOCÊ", apontou pra chefa, "tem uma aura muito bonita!".
Ele saiu o mais educado que alguém que PEGOU NO PÉ DE UMA DESCONHECIDA poderia sair e ela, cria de uma geração anterior, comentou que pelo menos ele foi educado.
Deixo aqui o registro para os possíveis homens imaginários deste blog, de quaisquer idades. Não foi uma péssima abordagem, na próxima comecem com ela antes de encostar em alguém.
Finalizado o momento educativo, foi uma ótima noite. Depois do assunto trabalho conversamos sobre tudo e todos, nossa cerveja preferida é a mesma (que não vou mais ficar revelando sem patrocínio KAJSKA) e foi legal ir num bar na cidade que moro, para variar.
Pelo visto também me inspirou a escrever, o que é muito bem vindo, já que é o meu trabalho agora (💜).
Eu estava esperando o evento que definiria o começo do meu segundo semestre, foi esse. Já posso usar minha última tinta ruiva e descobrir qual a próxima cor.
P.s.: Meu único arrependimento da noite foi ter tido tantas oportunidades de falar para minha amiga-porém-chefe que eu sou "cuco-cuco, cuco-cuco" (girando o indicador ao lado do rosto 🤪). Não estou exagerando.
Essa semana foi arrastada. Foram quatros transcrições, o que atrasou meu trabalho no livro, mas tudo bem, não quero dizer que foram mal vindas. Só estou cansada, meio bêbada, minha mãe foi para o hospital de novo, segunda vez em duas semanas que ela tem febre, é um saco, não acusa infecção (o que é bom), mas a única explicação até então é que pode ser efeito da quimioterapia.
Eu tenho medo de febre desde que descobri a existência de sepse, mas também sei que sou dona e proprietária de uma mente neurótica, então tento me manter firme. Minha mãe tem uma saúde legal, muito melhor que a minha, bem mais nova. Ela vai ficar bem.
Eu tô vivendo a cada dia. Tem dias que são para o trabalho, outros para a casa, outros para mim ou a família, ainda com o erro de escolher entre um ou outro. Mas as coisas estão acontecendo, e isso me deixa feliz, gosto de movimento.
Foi um dia difícil em uma semana cansativa, mas eu ainda estou aqui, minha mãe também, vocês também. Pelo menos por hoje nós estamos aqui.
O assunto "qual vai ser a cor de cabelo do próximo semestre" já chegou aos meus sonhos. Engraçado como a simbologia acontece, ou como é fácil atribuir simbologia para qualquer coisa.
Enfim, estou em dúvida. Voltar para a cor original e deixar só as pontas vermelhas? Manter o estilo "cabelo todo" mas com algum tom de azul ou roxo ou verde (a decidir)? Ficar mais tempo no vermelho?
Se meu subconsciente tá com esse tempo sobrando, favor simular para que eu veja, por obséquio (da última vez consegui ver o cabelo com a cor natural, tudo é possível quando a imaginação é grande e desocupada).
Quando falo simbologia é porque isso define um pouco de quem vou ser no próximo semestre, é a grande pergunta por trás. Tenho resposta ainda não, quando decidir a cor fica mais fácil. Queria fazer o caminho inverso mas o subconsciente não deixou, sei lá, não confiem no texto de alguém que já bebeu quatro latinhas.
Mas é sempre bom ter esse espaço. Tinhamu bloquinho, se você fosse uma inteligência artificial na revolução dos robôs tenho certeza de que ainda seríamos amigues.
Tenho muito para dizer, mas pouco para contar. Quer dizer, as coisas estão acontecendo, em todos os campos, e a vida está inegavelmente melhorando.
Hoje chegaram as coisas que comprei no meu aniversário, nada caríssimo, mas que eu estava precisando: um escorredor de pratos (o meu era de plástico e quebrou, esse é bonito), um porta papel higiênico (mesmo caso) e uma roupa de cama (essa eu nem estava precisando), arrisquei pelo preço, estampa sortida e veio uma bem brega. Faz parte.
Ainda assim, segundo meu corpo e minha psicóloga (que analisa também sinais do meu corpo), tô ansiosa. E é verdade, saco. Estou feliz, e estou ansiosa, não é necessariamente excludente.
Mas é que, embora a única pressão sobre mim seja a interna, eu quero muito me dar bem nesse novo projeto. Quero fazer bonito, porque é aí que vou começar a criar meu nome. Só que ao mesmo tempo em que acredito que sou totalmente capaz de fazer isso, vem o medo. Ele sempre vem no começo de projetos, mas esse é diferente, está tudo na minha mão. Foi tudo que eu pedi, e saber disso não pode ser motivo para me auto-boicotar.
Hoje eu consegui, avancei nele, ainda tateando por qual caminho vou e torcendo para que a resposta apareça naturalmente, na medida em que avanço. Trabalhos criativos também têm esses momentos, acredito. Querendo eu ou não.
Também tem a questão de transferir para o trabalho o nervosismo que, no fundo, é gerado pela saúde da minha mãe. Eu gosto de tentar ignorar isso, mas a psicóloga não tem deixado (risos de desespero).
Mas, no fim, ainda está tudo bem. Porque está mesmo, inclusive todas as áreas estão avançando, de passito, como é meu estilo, mas estão.
Então seguimos, eu ainda estou aqui, vocês também, e até a próxima.
Ontem foi algo engraçado. Sozinha em casa, comprei um potão de farinha láctea, 1L de leite, fiz uma porção gigante do mingau (o grande amor da minha vida) em um dos pratos brancos e fundos que tenho desde que era criança e comi feliz e satisfeita em frente à tv assistindo X Men evolution.
Amanhã eu faço 31 anos e continuo com os mesmos gostos, hahah. Foi um pensamento que tive e que me confortou muito, porque, naquele momento, eu estava absolutamente feliz. E me sentia aquela mesma criança, só que com muito mais drogas na cabeça. Mas sozinha e extremamente confortável nos meus momentos. Foi muito gostoso.
Aí, para completar, choveu de noite (e minha luz nem caiu!!) e fui dormir aninhada com meus três gatos gordos que, na hora de dormir, esquecem que têm medo um do outro.
Eu estou com dois trabalhos e um bico, gosto de todos, mas um deles é quase um sonho realizado e que pode ser o começo de algo maior.
Ainda quero mais dinheiro, mas estou conseguindo essa estabilidade passito por passito.
O tratamento da minha mãe vai bem, hoje nós só não nos vimos pessoalmente porque decidimos fazer isso amanhã, foi bom, passei o dia entre assistir série que já vi, jogar e lavar o banheiro.
Tô ansiosa para o que os 31 me aguardam, porque as coisas estão melhorando, as que tenho controle e as que não tenho, e tô disposta a agarrar qualquer chance de viver. A começar pelo meu cabelo, hahah, tenho uma última tinta dessa cor e creio que não vou renovar (mas ainda não decidi o que farei). "Simbólico", minha psicóloga sussurra na minha cabeça.
Obrigada a meus mortos, aos eventos aleatórios e coincidências. Os choques de bolinhas de malabares, o raio num arco-íris. Eu não sei se isso é felicidade, mas é uma tranquilidade nova demais para mim.
Eu estou bem. Trabalhando que nem uma vaca, mas conseguindo me bancar, até ousar um luxo ou outro. O mais importante, tô numa área que me interessa e, finalmente, criando meu nome nela. Sem faculdade, viu? Não que eu vá abdicar de um curso, mas tô aprendendo o mais importante, lá vai ser lapidar.
Vejo meus amigos eventualmente, pinto meu cabelo, mimo meus gatos, tomo minha cervejinha, assisto meu futebol (às vezes infelizmente), jogo um Stardew Valley e foco em curtir cada vez mais a minha casa. Tô para pegar minha bicicleta, quero ver se, com o tempo e a resistência física necessária, consigo pedalar daqui até a cachoeira que eu gosto. Voltar no mesmo dia, dormir em casa, mas ter um dia num lugar que gosto muito e tá longe de tudo, mas perto de mim.
Tô trocando remédio e curtindo cada vez mais minha terapia. Aprendendo a gostar de mim, mesmo cheia de falha, como qualquer personagem dos livros que escrevo.
Não quero escrever muito, só deixar esse registro bêbado e gostoso. Eu tô de boinhas.
Hoje foi um dia longo. O dia de hoje começou ontem, ao sair de casa com minha malinha para dormir na casa dos meus pais. Eu não sou muito de dormir fora de casa, e saber que eu estava indo para lá com a intenção de acordar 5 da manhã para ir no médico não ajudava com a ansiedade.
Mas a ansiedade não tem sido um problema tão grande. Voltou a ser como era, presente, sempre, mas administrável.
Eu já estou no ponto de me permitir sair, descobrir a vida, lidar com o desconhecido e não precisar ter medo disso. Como eu já fui, mas achei que não voltaria a ser.
Metaforicamente, é como fincar uma bandeira do meu próprio destino, definindo limites que, por incrível que pareça (ou talvez nem tanto), geralmente quem mais nos ama não consegue cumprir. Porque lidar com quem nos odeia é uma merda, mas mais fácil do que lidar com quem nos ama e não nos aceita 100%. Traduzindo para 2024: lidar com hater é mais fácil do que lidar com quem a gente ama. Como sempre.
Acho que é por isso que a vida é um risco (algo que sempre considerei como vantagem). O desconhecido traz medo, mas também é legal, imprevisível. Divertido.
Concluindo, porque já estou cansando de digitar alcoolizada por um celular. Gosto desse espaço para desenvolver, concordar ou discordar comigo.
Quero ver o desenvolver de tudo isso.
Tive um dia bom. Trabalhei, me alimentei, dei uma geral na casa, consegui um trampo na área que mais gosto, enfim, foi um dia bom.
O sono que eu andei sentindo esses dias, sendo do remédio ou não, foi mais administrável hoje. Mas dormi cedo, acordei num horário legal e sonhei coisas engraçadas.
Amanhã preciso de mais uma boa notícia, mas vou escolher ficar confiante porque já testei o contrário por tempo demais.
Para registro: hoje é aniversário da minha sobrinha, Stellinha, parabéns florzinha!
Tô numa fase de programas estilo Discovery home and health e orochinho jogando Stardew Valley (coisas que eu não sabia que precisava ver até ver).
E pintei o cabelo, penúltima tinta vermelha, talvez eu mude daqui uns meses.
Hoje dirigi pela primeira vez. Ontem eu virei uma chave na cabeça. Hoje perdi r$3,50 no poker.
Mas vim para cá porque tá rolando um assunto no twitter sobre nomes. E aí eu penso sobre a minha esquisita conjuntura familiar, e os nomes escolhidos para a prole, chego em algumas conclusões, nada muito novidade, mas ainda acho divertido.
Meus pais são completamente malucos. Sensatos, respeitáveis, não se trata disso, mas, falando sobre nomes, malucos. Não vou expor minhas irmãs, ou eu, mas gosto, gosto do nome de todas. Porém, repito, meus pais são malucos.
O tumor da minha mãe está diminuindo. O cabelo tem sido o único (e recente) efeito colateral. Ela está ótima, de saúde, de cabeça, fico feliz.
Eu, por outro lado, estava meio cansada. Cansada de ser uma fudida, antes e hoje. Mas menstruei e, com isso, renovação. Mabon está chegando, a vida está passando, eu quero viver a minha.
Naruto e fora da lei estão numa onda engraçada, isso também melhora meus dias. Às vezes Naruto mete o louco e lambe a cara do Cafuné também, e aí, quando esse tá carente (quase sempre), até esquece que odeia o novo-nem-tão-novo irmão.
Stardew Valley tem uma nova atualização, isso porque Eric Barone é um lindo viciado em aperfeiçoar um jogo quase perfeito. E aí meu Pc quebrou, porque sou azarada, mas ok. Vou acumular vontade e, quando ele voltar, seremos só eu e minha nova fazenda. Que delícia KKKKKK.
One Piece vai ficar três semanas sem lançar, por mim ok, quero o Oda vivo e saudável.
Enfim, muitos pontinhos aleatórios. Tô tentando voltar a escrever, fazendo ou não sentido, só quero registrar e exercitar.
Sou feliz por esse blog.
Tô com saudade da quel e do kinhus, que estão atoladissimos na própria vida, e nem posso fazer nada a respeito, tô atolada na minha também.
Mas enfim, papo de coach agora, que é o que me resta. Tô sem um centavo no dia 6 do mês, o que é uma droga. Mas é dia 6 do mês e todas as contas que chegaram estão pagas, o que é bom. Às vezes tudo é ponto de vista mesmo.
Tô na perspectiva de receber bastante transcrição, o que tem acontecido e nada indica que vai mudar. Também fica a esperança de um projeto futuro que estou vendo com a minha mãe, nada pra se ver com pressa, mas algo que valorizaria mais meu nome profissional, um caminho que construo aos poucos, mas com muito pouco dinheiro para chamar de estável.
Consegui comprar vermífugo para os três gatos, algo que queria faz tempo e não conseguia o dinheiro. Comprei ração de 10kg, o que me deixou muito pobre, mas sem preocupação com o rango dos gatos por um mês. Ainda não busquei o Ramela, estou simplesmente dissimulando e meus pais percebendo, mas eu fico tão triste de trazer ele para cá, embora a saudade seja grande. Tipo, meus pais não têm nada a ver com isso, eles não têm mais bichos além de Marmita, não quero que Ramela sobre para eles. Mas está sobrando, pelo menos enquanto não me mudo. Sei que não vai seguir assim por muito tempo, mas estou realmente aproveitando o pouco tempo que tenho com ele em um ambiente melhor. É por mim também, mas, se fosse só por mim, já estava resolvido, eu escolhi ter um cachorro. Mas o bichinho não precisava pagar por isso, morar num apartamento minúsculo, dividindo com uma humana e três gatos, sem uma grama pra chamar de banheiro.
Enfim, situação temporária, só estou antecipando que, no primeiro problema que meus pais encontrarem, ele vai voltar e vou receber uma bronca por ter deixado lá. Nem posso dizer que não é merecida, porque sei e sigo deixando. Pelo menos por enquanto.
Ainda não assimilei tudo da minha volta para cá, acho que só estou me ligando disso agora (isso é que dá ficar a terapia inteira falando da minha cidade do mundo dos sonhos). Vou tentar seguir minhas obrigações, me perdoar mais um pouquinho e, de passito, no meu ritmo, ir resolvendo a vida. Torço por mim e pelos meus.
Deixo aqui um agradecimento para os mortos que lêem meu blog. A quimio da minha mãe vai bem, pelo menos em relação a efeitos colaterais. Agora é torcer para o câncer diminuir de vergonha, pegar o banquinho e sair de fininho. Até então, obrigada.
Boa noite para quem fica. Seguimos.
Muitas coisas aconteceram nos últimos dias. Foram dias legais, com pessoais legais, situações agradáveis, sei lá, foi bom. Estou bebendo desde terça, mas amanhã tenho bastante trabalho para entregar, vai ser bom também, nem que seja para voltar ao foco.
O mês virou. Eu tô em casa de novo. Tô me sentindo legal, acho que, aos pouquinhos, me sinto mais pronta para lidar com tudo que a vida botar na minha frente.
Hoje eu tive um sonho muito bom, tava voando, algo que andava difícil quando dormia. Foi divertido e sentia falta de conseguir controlar tanto as coisas, mas não o cenário, só o que faria com ele. Sem contar que voar é tudo de bom, as vezes acordo com inveja de mim mesma. Mas não tem sido um tempo de invejar os sonhos, os dias também andam interessantes.
Sei lá, já tô alterada (risos), assistindo algo na tv e meio grata. Dias legais.
(Quero deixar aqui registrado um VAI TOMAR NO CU LDU)
Hoje acordei, tive psicóloga (graças aos bons deuses) e, como desgraça cai na segunda, muitas coisas aconteceram. Mas vamos pelo cronológico.
Peguei minha receita. Trabalhei. Estudei. Lavei a louça. Lavei roupa. Fiz, logo cedo e por ordem de chatice ou dificuldade, tudo que eu precisava cumprir.
E aí meu pai mandou um áudio confirmando uma possibilidade ruim, mais uma entre tantas que têm rolado. O que a Maia tinha era terminal, ela já estava com dor, recusando os remédios para aliviar mesmo se escondesse bem.
A vida pega a gente bem rápido, né? Eu sabia que era uma possibilidade, isso já tinha sido conversado, mas eu não queria acreditar que seria tão de repente. Maia partiu hoje, agora a pouco, na verdade. Teve companhia, não sofreu, além de tudo, estava muito velhinha. Ainda assim eu queria ter dado um último carinho, pelo menos ter estado lá. Mas não dá para estar em todos os lugares, nunca deu, parece que nem mesmo emocionalmente, visto que está doendo e eu não consegui dar nenhuma lágrima.
Eu vou sentir uma falta grande da Maia, queria que, de alguma forma, ela soubesse disso.
A psicóloga lançou hoje uma metáfora que gostei, disse que estou finalmente buscando minhas malas em Curitiba, faz muito sentido para mim. Fico feliz que minha última lembrança com a Maia não tenha sido aqui, mas lá, rindo porque ela fugiu e foram encontrar ela dentro de um mar, tirando a maior onda, surpreendendo todo mundo que achou que ela odiava água. Talvez só água doce, pelo visto.
Foi uma vida longa e boa, e segue sendo um saco aceitar a morte. Parece que, com tudo que está acontecendo, é como uma figura rondando. Sempre esteve, na verdade, falei durante anos sobre o assunto nesse espaço virtual. Mas é sempre uma droga quando não dá para escapar do fato.
Enfim, seguimos. Eu ainda estou aqui, espero que vocês também.
Hoje a reflexão vem da psicóloga, mas porque ela diretamente mandou "pense sobre isso", então vamos lá, fazer isso do jeito que eu sei, nesse blog fuleiro com a luz acabando e umas teias de aranha espalhadas por aí.
O que é maternar?
Fui orientada a buscar no Google, um dos piores buscadores da atualidade (fica aqui a denúncia!), porém o que eu conheço. Não deu certo de primeira, e agora botei maternar como verbo, vamos a algumas definições de páginas possivelmente questionáveis que pagaram para aparecer antes.
"Cuidar que exprime, movimenta".
"Maternar um filho significa estar disponível física e emocionalmente para acolher e suprir as demandas que surgem, desde o momento do nascimento da criança até o início da idade adulta."
"O que é se auto Maternar?
Falar para vocês, pudesse eu, tirava essas merdas tudo de quem amo e botava em mim. Não posso, então bora.
É horrível ver minha mãe, que sempre foi uma tora, chorando. É 100% compreensível, não tô dizendo que ela devia agir diferente, mas ver que ela está com problemas e que não temos total controle não é algo fácil para ninguém na minha família.
Mas esse não é um post triste, porque hoje tivemos um resultado bom em algo que estava dando muito medo, então é um peso a menos nas costas e, por isso, agradeço demais, sem nem dizer o quanto.
Ontem retoquei o cabelo, tava na hora, e talvez um amigo venha aqui, mas ainda não confirmou. Sexta acho que vou no terreiro, mas não mais na raiva, kkkkkkk, ó céus.
Enfim, relatório curtinho para lembrar no futuro.
Que os deuses tenham piedade desta nação.
Preciso conversar com meus mortos e vou fazer isso na sexta, mas, caramba, que doidera toda é essa, hein?
Vou citar aquela danada, a bíblia, mas nenhuma cruz é demais e etc. Estou tentando, mas seria mais fácil se fosse comigo.
Tô meio puta, meus mortos que aceitem. Eu sei que não é punição e que merdas simplesmente acontecem, mas que tempo ruim, que crise, que merda é essa?
E aí me acalmo. Nada está perdido, o tratamento nem começou, tudo ainda pode terminar bem. É o que eu posso pensar e, bem ou mal, ainda é plausível!
Tirando forças do cu, caro espaço virtual. Legal ver que essa força existe, mas não quero precisar, não. Vejo o mesmo na minha mãe, forte ela é, mas qual a necessidade?
E de novo o racional, não existe motivo ou porquê, é só seguir e ver no que vai dar. Gosto de que, em todos obstáculos que aparecem, vencemos pela raiva. Só preciso que siga assim, que a constante continue, por que mudar agora?
Fé eu boto, mas também sou pessimista por nascença, é difícil equilibrar. Mas, novamente e quantas vezes forem necessárias, tudo pode acontecer, inclusive as melhores possibilidades. Nada está perdido.
A coroa é porreta e estaremos juntas. Se o caminho pela frente é incerto a gente vai lutar até conseguir o resultado que queremos.
Vai se foder de levinho, planeta. Mas, se tudo terminar bem, prometo tirar muito disso.
Ok, mamãe começou a fazer os exames iniciais, o primeiro deles não apontou nada anormal, o que já é uma notícia boa nas condições atuais.
Segunda-feira é o exame que considero, por enquanto, o mais importante. O que vai definir se a situações tá localizada ou espalhada, e, caramba, eu vou chorar esses dias tudo para aguentar firme a resposta que for. Pudesse eu, trocaria fácil de lugar com a minha coroa, como é ruim ver alguém que a gente ama tanto passando por tanta coisa, e ainda em um momento desses, onde a vida dela ia dar um salto tão positivo.
Enfim, merdas acontecem. Eu estou tentando ficar otimista, até porque ainda tenho razões para isso. Nada está perdido e as paradas importantes estão caminhando rápido.
Ontem eu vi um pica-pau de cabeça vermelha comendo fruta no chão. Também conheci um senhor chamado Jesus e ele foi algo muito impactante no meu dia, apenas por estar ali e presente.
Estar em Curitiba é muito estranho. Pelo menos ontem pude ver o Kinhus e hoje passei o dia brincando com a Peixinho, que tá cada dia mais surpreendentemente sagaz, como crianças geralmente são.
Congelei todos meus problemas sociais. Tudo relacionado aos outros vai ficar para depois, escolha minha, só penso na saúde da minha mãe e no conforto do meu cachorro agora, minhas preocupações estão todas aí. Quero tanto que isso acabe da melhor forma logo.
Ganhei a camiseta do Flu do Cartola, tão linda, ganhei de presente e foi inesperado e gratuitamente gentil, e tenho vivido muito disso, não posso reclamar. A vida não tá sendo muito gentil, mas as pessoas a minha volta, aquelas que querem meu bem ou até nem me conhecem, eu tenho tido sorte e, por isso, agradeço.
Tô me sentindo muito cuidada pelos meus mortos, espero que eles cuidem da minha mãe também. Quero ela saudável comigo por mais tempo.
Os dias estão corridos e confusos, me sinto muito presente e, contraditoriamente, fora do corpo desde que cheguei.
Estou na segunda cerveja, Pedrinho e Amanda vieram aqui, minha mãe passou o fim de semana aqui em casa e foi embora de tardezinha.
Hoje nós andamos um tanto, a ideia era achar um mercado e o que arriscamos primeiros estava fechado, fomos para o do outro lado e rolou. Ontem andamos daqui até o shopping São José, longe, viu, mas qualquer tempo com ela tem sido importante.
Vamos falamos claramente aqui, porque ainda é meu espaço. Eu não acho que minha mãe esteja morrendo. Câncer. Palavra de merda. Mas vamos lá. Racionalmente eu acho as chances boas e, no fim, tudo isso já trouxe algo de positivo para ela, mesmo que o contexto geral seja um cu e etc.
Emocionalmente eu tenho medo de que minha mãe morra. Não tenho vocação para dissimular, ela sabe desse medo e, lógico, também sente. É como eu disse, não acho que vai acontecer, não agora e não por isso, mas diariamente ter que me confrontar com a mortalidade de todos nós, principalmente de alguém que amo tanto, não é exatamente confortável.
Eu estou morando em Curitiba. Minha psicóloga não vai gostar de ouvir isso, eu também não gosto, mas, enquanto eu não tive nem uma previsão de data de volta, é aqui que vivo e sobrevivo. Aqui, e não em casa. E eu não vou sofrer por isso, porque nada sobre esse momento é sobre mim e eu estou 100% ok com isso. Estou com saudade de casa e quero voltar, mas só vou ser feliz voltando com tudo isso resolvido.
Sofro pelos meus bichos e pela força-tarefa de amigos em Aracaju, não faço IDEIA de como vou retribuir eles, mas vou me esforçar muito para descobrir, eu não sei o que faria sem o pessoal cuidando da minha vida lá por mim. Passei os últimos anos tentando descobrir quem estava do meu lado ou não e, pelo bem ou pelo mal, a resposta tá cada vez mais clara, e eu tenho amigos muito bons, são poucos e tão tão bons.
Mais uma semana, amanhã tenho - amém - terapia. Hoje pintei minhas unhas e estou feliz com isso. Tentando lembrar de olhar um pouquinho para mim também. Mas é como eu disse, caramba, foda-se eu no momento. Só no momento.
ô Juracir, me diga, por favor, onde é que foi parar tudo que chamei de amor
fico a pensar se não posso enlouquecer, você uma história a contar, outra que eu fui viver, Juracir
Eu não sei mais como ao povo me provar, estou cansada de tentar, caminho e vou para onde der
Eu levo alguns, outros eu deixo pra trás, sinto mas não sou capaz de me moldar pro que vier
Eu quero conquistar um mundo e sabendo onde piso, pinto e canto, me divirto, mas também sei de chorar
Se necessário, quando a chuva passar, ô Juracir, eu chego ou não, só não viva a esperar, eu tô aqui, aqui eu tô, mas você não sei se está
Olha, a vida tá uma doidera, mas, pela primeira vez em mais tempo do que posso lembrar (ou talvez nunca), eu estou gostando de mim.
Saí hoje para ir no Posto, dei uma andada por SJP, sei, no fim, vou ficar no Paraná mais tempo do que gostaria, mas tudo bem não ter essa controle, o que posso escolher é tentar gostar.
Estou tentando trazer para cá a minha rotina de Aracaju em vez de me moldar ao formato curitibano. Tô tentando continuar tocando meus projetos, mesmo longe de casa e sentindo ser mais difícil assim. Esse apto que eu tô é esquisito, não tenho nem geladeira ou fogão, mas tem uma vista prumas árvores muito muito bonitas e a cadela do vizinho também se chama Lua, hahaha.
Enfim, seguirei, preciso ter paciência comigo nesse momento maluco ou não vou ser a ajuda que quero ser, e aí de nada adianta estar aqui. Mas tô feliz. Não falo do futuro mas, por agora, eu tô conseguindo.
Nunca vim para Curitiba sem ter a passagem de volta, mas tudo conspirou para que, dessa vez, eu esperasse. No fim, vou ficar mais tempo aqui do que planejei (e gostaria), mas estou me preparando psicologicamente para gostar. Digo, não tem como GOSTAR no atual momento, mas se eu não me esforçar vou odiar, e isso não vai mudar ou resolver nada. Preciso viver mesmo quando minha vida não está no meu controle.
Passei meses sofrendo por saber que essa viagem seria em um momento onde o ideal era estar em Aracaju, resolvendo meu ano, meu futuro, aproveitando a terapia e seus frutos. Vou fazer isso daqui, porque é o que tem para hoje e, Dra Cabeça já deixou claro muitas vezes, as mudanças que busco já começaram, Curitiba é um encerrar de ciclos, agora mais ainda.
Fico preocupada pelos meus amigos de Aracaju, que estão nessa força-tarefa para me ajudar com os bichos, e fico agradecida demais pela disposição deles em me ajudar num momento desses. Eu estou recebendo muito carinho e de muitos lados, quero usar isso para não focar no resto.
Eu só espero que, no fim desse susto todo, não seja nada mais do que isso, um susto. Eles são úteis também.
E que nossos mortos nos ajudem.
Estou em Curitiba, enfim. Muita coisa já aconteceu, arestas aparadas, a formatura de minha amiga, o resultado, e, pelo visto, vou precisar ficar aqui por um tempo. Como estou tentando viver, vou aceitar e aproveitar o fato, mas eu sei que minha casa não é aqui. Tô com saudades de casa.
Enfim, tive terapia hoje, minha psicóloga me parabenizou de muitas formas e também me sinto mais leve. O modo combativo é um saco, mas é necessário, eu quero viver. Não sei a fórmula mas sei que começa por me respeitar.
Por muitos anos esse blog acompanhou a canseira que era viver dois mundos, achava que a separação era Aracaju x Curitiba, mas meio que é o mundo onde posso ser eu e o mundo que me pune quando tento fazer isso.
Mas eu não me sinto uma coitada, o mundo sempre tentou me punir, sou brasileira, sou mulher, sou meio fudida financeiramente, nordestina, bissexual, depressiva, o mundo não facilita para ninguém, mas eu sempre quis estar aqui, e eu ainda estou. Sempre com medo, mas sempre estou.
Eu espero que tudo termine bem, porque essa viagem agora significa mais do que era antes, e antes já não era pouco. Odeio não ter o controle, mas aceito, só posso ter esperança agora. Que os meus mortos cuidem dos meus.