Era uma vez uma princesinha que passou a infância em um local mágico chamado Aracaju. Essa princesinha estudou lá do maternal até a quinta série e era muito feliz.
Um dia a dona Rainha, sua mãe, resolveu que eles iam se mudar para outro reino, chamado Curitiba. A princesinha ficou feliz, iam conhecer outros lugares, mas, quando chegou aqui, viu que as coisas eram muito diferentes.
A princesinha levou seus documentos escolares ao castelo onde iria estudar da sexta até a oitava, para que seus registros no reino Aracaju fossem guardados aqui. Todos ficaram muito felizes.
Mas a princesinha foi crescendo e teve que mudar de colégio, indo para um castelo chamando Castelo Estadual do Paraná.
A princesinha se divertiu muito estudando de tarde em seu primeiro ano, conheceu fadas, principes, sapos...
No ano seguinte, em seu segundo ano naquele castelo engraçado, tentou mudar ao turno da manhã, mas precisavam de seus documentos, aqueles que trouxera de Aracaju.
- Será fácil. - A pobre princesa pensou, sem saber que o castelo anterior dizia já tinha mandado aqueles documentos ao CEP. O CEP recusava, mas disse que eles mesmo iriam atrás daquele documento importante, e que mandariam um pombo-correio ao castelo do Reino Aracaju.
A princesinha ficou confiante, achando que seu problema seria resolvido. O seu segundo ano estava acabando (de manhã mesmo) e ela nem precisou mais do documento que o CEP disse que iria atrás. Chegou o fim do ano e o CEP disse que a ingênua princesinha precisaria daquele documento para fazer a rematrícula.
- Oh, mas vocês disseram que iriam ir atrás. - Disse ela, à um gnomo ruivo mal-encarado que comandava o castelo.
- Não, não dissemos. - Ele respondeu.
O sr Rei e a sra Rainha foram fazer a rematrícula da pobre princesa para seu terceiro ano e só precisaria daquele documento para ser completa. Eles mandaram um pombo-correio ao Reino Aracaju e receberam o documento, que a princesinha levou saltitante ao CEP.
- Estou matriculada, oba. - Pensou ela, entregando o documento ao gnomo ruivo, que sorriu malignamente.
Passaram-se as férias e a princesinha esperava ansiosa o ensalamento da manhã, que diria em que sala ela ficaria em seu castelo novo.
O ensalamento chegou hoje, em um sábado, onde os serviçais do castelo não trabalham. As aulas começam segunda. O nome da princesinha não estava no ensalamento da manhã (e o ensalamento da tarde, no qual o CEP passou muitos alunos sem que eles soubessem) só chegará no dia das aulas.
A princesinha ficou muito, muito triste, e logo sua tristeza virou raiva.
Será que ela tinha sido remanejada para a tarde? Ou será que ela nem estava matriculada em seu castelo?
Não sei as respostas pra essas duas perguntas, só saberei na segunda, quando a princesinha entrar no colégio uniformizada, assistir as aulas na sala da sua amiga fada e ir na secretaria resolver.
Mas sei de um fato.
As princesas viram bruxas com mais facilidade do que pensam.
E a bruxa não vai aturar o gnomo ruivo mais uma vez.
Existem dois fins possíveis para essa história. O gnomo ruivo colocará sua cabeça no lugar, colocando a princesa no turno da manhã e na sala que ela decidir.
O gnomo ruivo irá reclamar, e a nova bruxa meterá a mão na cara dele.