2022 foi um ano dissimulado.
Eu me apaixonei, me profissionalizei mais, quebrei minha cara de inúmeras formas, fui casada duas vezes em um ano só, voltei a me abrir com pessoas aleatórias, consegui novos chefes, estudei japonês e comecei a aprender, enfim, inglês, eu me mudei para um apartamento que é todo meu, fui no cinema e não tive crise de ansiedade, beijei na boca e nem estava esperando, tive covid, passei a refletir mais sobre quem quero manter de amizades e porquê, me fechei, me abri, me fechei, me abri, chorei muito, me senti insuficiente e descartável, me percebi como suficiente e, sim, descartável, me expus, quero continuar me expondo, quero continuar com coragem de viver e de sentir.
Ainda não decidi a música do próximo ano, não faço ideia do que esperar, tudo que esperei para esse foi pura dissimulação, do destino ou das pessoas ao meu redor, então não estou criando grandes expectativas nos eventos futuros, tô mais é curiosa para saber como serei daqui para a frente. Curiosa e animada porque, embora ansiosa, eu sou muito corajosa para viver aquilo que tenho que viver.
Tenho uma forte impressão totalmente injustificada de que 2023 vai mudar minha vida para sempre, que algo grande vai acontecer. É uma impressão frequente e sem base, mas persiste e eu fico curiosa, tô deixando registrada aqui porque, se eu estiver viva no final de 2023, estaremos aqui para conferir.
Minha música esse ano só foi bater lá no finalzinho, digo, refleti inúmeras vezes sobre o tema, mas escolhi dividir quando devia ter sido egoísta e isso também me ensinou algo, fez sentido, bateu. Uma das lições desse ano é que ser sozinha é melhor, pelo menos euzinha QUERO ficar comigo mesma, já é mais do que eu encontrava em 2021, onde eu não queria estar comigo, e em 2022, onde os outros não queriam estar comigo. Não quero mais dar esse espaço para ninguém, isso daí vai muita terapia para resolver ainda, hahaha! Mas 2023 tá aí e talvez ele mude com tudo (me trazendo a mega da virada? não sei, será?).
Leitores fantasmas, desejo pra vcs um 2023 de Lula: picanha, cervejinha e amor. Sobrevivemos mais uma vez. Feliz ano novo.