Minha vida tá uma completa loucura. Entre partidas e chegadas, eu não tenho tempo para viver meus lutos ou conquistas, tô misturando tudo na minha cabeça e o resultado tem sido o de sempre: depressão e, principalmente, ansiedade.
É uma droga começar o meu texto de hoje assim, mas eu chorei o dia inteiro sozinha porque ia ter dormir fora de casa. Fui, me diverti, vi pessoas que eu amo em um ambiente seguro e divertido, vi meus sobrinhos, cuja saudade me atormentou o ano todo, e minha irmã, que quero conversar mais do que tenho conversado mas, como sempre, geralmente não encontramos tempo, mas ainda vai acontecer. Ainda assim, chorei lá, escondida ou com minha mãe, que hoje nem sei se entende mais, mas apoia muito, com meu pai, que tem me surpreendido com posicionamentos que antes ele preferia guardar para si (e eu sempre preferi que não).
A minha vida está esquisita, tudo está esquisito. Eu não estou com medo do futuro, não é isso, o que é doido porque eu sempre tive, mas o que mais poderia acontecer? Falir? Ser abandonada? Se sentir com poucos amigos? Nada disso é novidade para mim, mesmo quando vêm ao mesmo tempo, eu sei que vou passar por isso também. E já estive mais sozinha do que estou, então posso até agradecer, de certa forma.
Eu vou sair disso tudo a pessoa que finalmente luto para ser, vou me reencontrar e deixar de ser a pessoa tão boazinha que dá até para cagar na minha cabeça e ainda rir disso depois.
Enfim. Eu tenho depressão, eu tenho ansiedade. Eu não sou só isso e, quando eu me redescobrir nessa merda toda, talvez eu até encontre uma saída. Que assim seja e assim se faça.
Feliz natal, se alguém ler isso. Odiei essa data por muito tempo, mas a verdade é que tem coisas que só o natal e, hoje, elas não são ruins. Bom demais ver minha família. Desejo que vocês (se existem) tenham um natal próximo da família de vocês também, de sangue ou não, pessoas importantes para nós têm que saber que são importantes para nós.
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