Tenho me sentido muito ansiosa, mas, diferente de outros momentos, a vida está justificando isso, o que tem seu lado bom e ruim. São muitas mudanças, e tudo bem, mas nisso me confronto com questões que, se antes tive tempo para resolver comigo, o tempo acabou, e agora, José? Sou realista comigo, sei alguns limites e sei que errei em considerar eles menores do que realmente são, eu não sou um esquilo, eu aguento, mas lembro de onde a vulnerabilidade surgiu e já não tenho a ilusão adolescente de ser uma super-heroína inquebrável. Sei que aguento mais do que pensei depois da queda, mas não sei quanto, pois um dia caí. E aí vem a grande questão, eu sei que não preciso ter todas as respostas, que fraquejar é normal e humano, que as vezes não conseguimos o que queremos, mas (e depois do mas que importa) eu não quero mais que minhas falhas sobrem para os outros, que outros paguem os preços dos meus erros, não quero depender de ninguém, nem que meus monstros firam ninguém, eu não quero ser sozinha mas quero, sozinha, aguentar as consequências de todas minhas escolhas, boas e ruins, mas não é isso que acontece. Parece que desde sempre eu arrasto os outros para meus problemas, os criados ou não, os inevitáveis ou evitáveis, como não ser mais assim? Pessoas costumam pensar tanto?
terça-feira, 22 de março de 2022
domingo, 20 de março de 2022
Escrevendo para compensar a falta de terapia
Não tô surtando, e isso me deixa surtada. Ou tô surtando e observando, ou prevejo o surto no horizonte, tanto faz, noto que são mil mudanças e que tô levando tudo de uma forma estranhamente leve, talvez pela esperança no que é novo, talvez por estar tão em choque que nenhuma ficha caiu, mas, na verdade, não acho ser o caso. Só que também não entendo qual é.
Não estou arrependida das minhas atitudes no decorrer desse ano, embora saiba, hoje, que existiam formas melhores de fazer as coisas, mas será? Porque, dentro de mim, tenho a consciência que tentei, só não foi o bastante, mas isso também não importa mais, mesmo que a culpa, sempre ela, acumule.
Não sei o que vai ser do futuro e isso me assusta mais do que perspectivas ilusórias. Não sei como vou morar, trabalhar, expandir, não sei como vou dar conta da minha cabeça, sempre tão autossabotadora, não sei como vou superar tantos medos e inseguranças, eu não sei de nada, mas eu sou durona, eu aguento o que vier, seja lá o que for. Não sou moinho pra rodar no mesmo lugar, tô viva, com ou sem os problemas e obstáculos, vinagre e vinho, eu vou viver o que for e, quando meu último suspiro vier e eu virar adubo ou pó, vou ter existido.
Fé no escitalopram e vamos que vamos. E se tiver surto ao menos eu sei que nunca mais vou chegar no ponto que cheguei e isso nunca mais será usado contra mim. Tenho conseguido controlar os pensamentos e olha que são milhares, consigo com fé (em mim), não sei por quanto tempo isso se mantêm, mas não estou mais me sentindo um esquilo, eu tô uma porra dum monstro, mas consciente.
sexta-feira, 4 de março de 2022
Sobre hoje
Cê acha que eu não vinha?
Eu me virava, você esquecia
E como eu me sentia mal
Quando aos poucos eu te perdia
Cê ficou achando que eu não percebo?
Que eu nasci ontem, que eu tenho medo?
Eu não vou ficar mais me escondendo
Eu já venci coisa bem maior
Ainda diz que eu faço drama
Até tenho fama, vem que cê já não me ganha
Vem que cê já não vai me encontrar
Você não vai me encontrar
Isso não é amor
Quero te dizer que nunca mais vou olhar na tua cara
Sem lembrar das coisas que você disse ontem
Com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
Isso não é amor
Quero te dizer que eu nunca mais vou olhar na tua
Cara sem lembrar das coisas que cê disse ontem com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
Isso não é amor
Quero te dizer que nunca mais eu vou olhar na tua cara
Sem lembrar das coisas que cê disse ontem com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
E eu não tô pedindo muito
Eu só tô pedindo pessoa errada
Mesmo que nada
Pode, pode, pode ir pra longe
Onde, onde você se esconde
Acho que eu tô te esperando, mas já esqueci seu telefone
Baby, cê não me convence
Não fala do que sente
Me faz sentir tão mal intencionalmente pra mim
Mente pra mim, nem vou te ouvir
Ainda diz que eu faço drama
Até tenho fama, vem que cê já não me ganha
Vem que cê já não vai me encontrar
Você não vai me encontrar
Isso não é amor
Quero te dizer que eu nunca mais vou olhar na tua cara
Sem lembrar das coisas que cê disse ontem com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
Isso não é amor
Quero te dizer que eu nunca mais vou olhar na tua cara
Sem lembrar das coisas que cê disse ontem com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
Tanto tempo pra perceber
A força que foi eu e você
Isso não é amor
Quero te dizer que eu nunca mais vou olhar na tua cara
Sem lembrar das coisas que você disse ontem com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
Isso não é amor
Quero te dizer que nunca mais vou olhar na tua cara
Sem lembrar das coisas que eu você disse ontem com a cabeça quente
A gente precisa de um tempo pra pensar
Isso não é amor