Tenho me sentido muito ansiosa, mas, diferente de outros momentos, a vida está justificando isso, o que tem seu lado bom e ruim. São muitas mudanças, e tudo bem, mas nisso me confronto com questões que, se antes tive tempo para resolver comigo, o tempo acabou, e agora, José? Sou realista comigo, sei alguns limites e sei que errei em considerar eles menores do que realmente são, eu não sou um esquilo, eu aguento, mas lembro de onde a vulnerabilidade surgiu e já não tenho a ilusão adolescente de ser uma super-heroína inquebrável. Sei que aguento mais do que pensei depois da queda, mas não sei quanto, pois um dia caí. E aí vem a grande questão, eu sei que não preciso ter todas as respostas, que fraquejar é normal e humano, que as vezes não conseguimos o que queremos, mas (e depois do mas que importa) eu não quero mais que minhas falhas sobrem para os outros, que outros paguem os preços dos meus erros, não quero depender de ninguém, nem que meus monstros firam ninguém, eu não quero ser sozinha mas quero, sozinha, aguentar as consequências de todas minhas escolhas, boas e ruins, mas não é isso que acontece. Parece que desde sempre eu arrasto os outros para meus problemas, os criados ou não, os inevitáveis ou evitáveis, como não ser mais assim? Pessoas costumam pensar tanto?
Nenhum comentário:
Postar um comentário