Não tô surtando, e isso me deixa surtada. Ou tô surtando e observando, ou prevejo o surto no horizonte, tanto faz, noto que são mil mudanças e que tô levando tudo de uma forma estranhamente leve, talvez pela esperança no que é novo, talvez por estar tão em choque que nenhuma ficha caiu, mas, na verdade, não acho ser o caso. Só que também não entendo qual é.
Não estou arrependida das minhas atitudes no decorrer desse ano, embora saiba, hoje, que existiam formas melhores de fazer as coisas, mas será? Porque, dentro de mim, tenho a consciência que tentei, só não foi o bastante, mas isso também não importa mais, mesmo que a culpa, sempre ela, acumule.
Não sei o que vai ser do futuro e isso me assusta mais do que perspectivas ilusórias. Não sei como vou morar, trabalhar, expandir, não sei como vou dar conta da minha cabeça, sempre tão autossabotadora, não sei como vou superar tantos medos e inseguranças, eu não sei de nada, mas eu sou durona, eu aguento o que vier, seja lá o que for. Não sou moinho pra rodar no mesmo lugar, tô viva, com ou sem os problemas e obstáculos, vinagre e vinho, eu vou viver o que for e, quando meu último suspiro vier e eu virar adubo ou pó, vou ter existido.
Fé no escitalopram e vamos que vamos. E se tiver surto ao menos eu sei que nunca mais vou chegar no ponto que cheguei e isso nunca mais será usado contra mim. Tenho conseguido controlar os pensamentos e olha que são milhares, consigo com fé (em mim), não sei por quanto tempo isso se mantêm, mas não estou mais me sentindo um esquilo, eu tô uma porra dum monstro, mas consciente.
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