quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Argh

 O problema é que você precisa de uma heroína, até pior, merece uma, enquanto a carapuça de vilã sempre me coube muito bem, não é que eu aceite, que seria um caminho fácil também, mas eu observo e, com isso, vejo quanto mal eu causo. Esse não é um texto vitimista, me responsabilizo por todas as minhas ações, incluindo as irresponsáveis ou egoístas, mas, sendo mulher, também fui ensinada desde muito cedo a não me colocar em primeiro lugar, difícil tirar essa sensação de que eu não estaria me sentindo tão presa e questionada se eu fosse um homem. Mas sei lá, homem não sou e "e se" não existe, só existe eu, minhas ações e suas consequências.

Quanto tempo aguento fingindo que consigo administrar (ou consertar) tudo isso? Quão disposta eu tô a ceder em um momento que finalmente acordei para mim? E, principalmente, quê que eu faço da minha vida?


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