Tenho medo da tendência, vou usar a Netflix como exemplo, estudam os dados para apresentar exatamente o que o público que receber (pelo qual ele paga), olha, não é querer dizer que empresas não devem buscar agradar seu público, mas, sei lá, mídia é comunicação e a gente não pode ouvir (no caso assistir) só aquilo dentro das nossas vontades.
Eu não sei se esse pensamento faz sentido, tô conversando comigo para tentar entender, mas explico trazendo para mim, o grande objetivo da minha vida é publicar o livro que eu gostaria de ter lido e por isso eu me mato, reescrevo, reviso, mudo, reflito, eu não faço ele para os outros, eu faço para mim, mas sei que mais alguém vai gostar, enfim, a questão é que se eu tivesse tido acesso a um serviço onde eu decida exatamente a história que eu quero ver, para quê eu criaria? Como eu sairia da minha bolha? Como uma ideia realmente diferente, daquelas que a princípio deixa na defensiva, dá chance para se explicar? E aí vou pro macro e percebo que não se trata da Netflix, se trata de tudo, propagandas todo momento, baseadas nos dados do que tem chance de nos agradar, somos facilmente influenciáveis e como julgar quem usa do artifício? Tá todo mundo buscando sobreviver e, para alguns, o sistema capitalista é realmente a melhor opção. Isso porque não conhecemos nada diferente disso, lógico, ninguém nem permite que se pense, você fala "o capitalismo está destruindo o mundo, isso é um problema" e a pessoa entende "vamos viver em um mundo sem normas e caótico nunca mais usar plástico andar pelado parar de ter conforto etc", isso quando não chama de comunista sem nem conhecer o comunismo, quantos conhecem, afinal? Eu mesma que não, por isso não me rotulo, o que não tira a verdade da fala: o capitalismo está destruindo o mundo, isso é um problema.
Me mostre um país, unzinho, daqueles que vocês falam "o capitalismo funciona lá", me mostre um que não explore ou tenha explorado outro país. Argumente que isso é normal e faz parte da evolução, agirmos como macho-alfa urinando em território e criando fronteiras imaginárias. Me diga que é válido expulsar os nativos, derrubar toda a mata, comprometer NOSSA ÁGUA, em nome de progresso. Envenenar comida. O passado é imutável mas o futuro não precisava ser, não estou pedindo para ninguém rasgar dinheiro e jogar fora o Iphone, só custava a gente ao menos admitir que o negócio tá feio? Parar de agir como se questionar isso fosse coisa de maluco viciado em teoria da conspiração? Velho, tá todo mundo doente, do corpo e da cabeça, olhe pro lado, tá todo mundo prestes a surtar, fingir que tá tudo bem é o verdadeiro sinal de loucura. O que vai vir depois disso?
Frações de um pensamento gigante, fluxo, onda, me debato, busco a superfície, lanço um texto ao mar mas ninguém o entende.
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