quinta-feira, 14 de junho de 2018

Declaro aqui que não há mais tempo para resoluções de problemas

a lua que fala de problemas sai de férias e só volta lá pra outubro
agora eu sou luazinha copa-e-hexa




(não vou deixar de escrever meus dramas não que isso é mais forte que eu)

tomando as rédeas (aham)

pausa para descansar, muitas influências externas. bom, válido, tem feito bem mesmo que para o corpo, sinal de que a mente aos poucos se encontra mais tranquila (aos poucos, de passito, conheço meu ritmo).
tô viva, sonâmbula, existem focos e focos e tô na onda mas escolhendo o caminho, cortei laços, tomei passos, o que tiver que fazer eu faço, mas vou fazer por mim. opiniões externas não são mais do que isso e, embora invariavelmente bem-intencionadas, não saem da minha cabeça e do que busco para mim (não entendam mal, não são ofensivas também, só não são minhas).
escrevo porque preciso ser estranha. preciso não fazer sentido e gastar essa necessidade confusa de manifestação sem regras ou lógicas, essa dramaticidade toda me ajuda, é brega mas me ajuda, vou fazer o quê? 

toda casa que eu moro nascem flores amarelas. e lagartas fazem casulos. 

tem coisa que é teoria e tem coisa que é fato, e dentre meus próprios fatos e teorias eu sei identificar o que é o quê. ou talvez eu não saiba, isso é uma teoria.

terça-feira, 5 de junho de 2018

às vezes eu tenho VERGONHA da minha falta de fé

A verdade é que tendo a odiar mudanças, de todos os tipos, mesmo que eu tenha errado inicialmente sobre TODAS as vezes que elas aconteceram. Eu odiei ir pra Curitiba, e até o final da minha jornada lá reclamei de estar lá (embora pro final eu já soubesse que gostava de muita gente lá). Tudo bem, eu me perdoo por isso, porque a questão era o clima, o preconceito em geral e o fato de não ter praia (só nos meus sonhos. Pois é, Curitiba sempre tem uma praia atrás do shopping Mueller nos meus sonhos). Eu odiei todos os términos de relacionamento (inclusive até o de amigos deixando de morar em casa, mesmo que eu soubesse que seria melhor para todo mundo), odiei começar em quase todos os meus empregos (alguns gostei) mas também odiei sair deles (porque todo mundo gosta de dinheiro certo pra pagar as coisas). Odiei sair de todas as faculdades, principalmente a última, mesmo sabendo que estava insustentável para minha cabeça e, principalmente, sem a bolsa eu não teria como me mantêr, ia viver onde (agradecimentos especiais para todos que bateram panela pedindo o fim da Dilma, a faculdade que eu estudava foi criada pelo Lula, o que vocês acham que aconteceu com ela depois disso?)?
Só que, pra sair da faculdade, joguei minhas runinhas. Pras questões pessoais mais importantes, joguei minhas runinhas. A primeira eu obedeci, a segunda não. Me mandaram a letra das duas situações e uma eu não obedeci, e agora colho o preço. E é doido, porque agora eu joguei de novo, para váááááárias questões, e tá tudo ali, definidinho, só resta acreditar.
E eu fiz tanta besteira comigo mesma esses dias que, aiai, vergonha define, só que existem várias eus aqui e as vezes o controle não é fácil. Posso ser auto-destrutiva mas, diferente de muita muita gente, não sou destrutiva, ou pelo menos tento não ser. Acho que, nesse momento, não faz mal sentir um pouco de orgulho de mim, não. Passei tanta coisa, já, e, mesmo tendo várias falhas grotescas comigo mesma no decorrer da minha história, é porque tô me conhecendo. Ás vezes eu tenho que implodir um tempo, me permitir sofrer tuuuudo que eu tenho que sofrer, e aí seguir. No começo durava uns três meses, agora uns três dias.


eu quase não estive, mas eu ainda estou aqui

(eu ainda sinto medo, muito medo, mas se tão me pedindo fé e eu já não tenho nada lógico para acreditar, então fé será)


Saindo do fundo do poço apenas lembrando que já sobrevivi à tudo isso antes

Temos que absorver as perdas que a vida nos impõe
As perdas que às vezes nos derruba
E não há tempo pra depois
Fico sempre de cabeça erguida
Encontro forças dentro de mim
E agora restam aquelas velhas fotos do tempo que passou

Já sei, não é a primeira vez
Cansei de perguntar por que
Só o que me deixa puto
É não ter tido tempo pra dizer tudo pra você

Melhor deixar rolar
Nada como um dia após o outro, continuar viver
Tenho que me levantar de novo, e acreditar
Dias melhores virão

Já sei, não é a primeira vez
Cansei de perguntar porque
E o que me faz feliz é ter certeza que você está bem
Sinto você

Melhor deixar rolar, nada como um dia após o outro
Continuar viver, temos que nos encontrar de novo
E acreditar dias melhores virão
E acreditar

Melhor deixar rolar, nada como um dia após o outro
Continuar viver, e quando o sol nascer
Temos que recomeçar de novo, e acreditar
Dias melhores virão

Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier
Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier
E aceite o que, e aceite o que vier

Rancor

As comédias românticas me estragaram ensinando que, mesmo depois de todos os obstáculos, no final tudo dá certo. A mocinha volta com o cara que cagou na cabeça dela, o mocinho aprende que a mocinha vale minimamente a pena, todos os erros passados são magicamente superados e ninguém sai desgraçado da cabeça no final.
As comédias românticas me botaram na cabeça que quando é pra ser, vai ser, que o perdão vale a pena e a felicidade existe apenas quando você tem alguém ao lado. Me mostraram que, não importa quantas pessoas tenham interesse nela, ela sempre vai querer aquele cara difícil, cheio de problemas emocionais, aquele que até quer se envolver mas, coitadinho, ele não sabe como funciona. Mas ela pode ensinar, afinal, a mocinha leu sobre romance desde sempre, só esperando o momento de vivenciar. E então ela se coloca na posição de mãe, abrindo os olhos da criança que conhece o mundo pela primeira vez, a mãe que perdoa, a mãe que protege.

Deviam proibir esses filmes.


sábado, 2 de junho de 2018

Prefiro a morte.

dia inteiro na fila do chat online cvv
comecei com 93 pessoas na frente
horas depois, faltando 4 pessoas, serviço cancela sozinho
a vida dá sinais

boa noite, eu estou ficando louca

Não sei se quero mais estar viva. Sei lá, não é uma condição que eu vá mudar por mim mesma, mas cada vez mais me pergunto o porquê. Se eu já não consigo confiar em ninguém, se cada vez mais evito criar laços, se tudo que acontece, de bom ou ruim, só me traz um forte vazio, qual o sentido?
Não estou acrescentando nem desacrescentando, nada a se construir, somente perspectivas pessimistas, não sei bem do que estou atrás mais. Acho que eu queria um pouquinho de paz, talvez viver no mato, com pouca coisa e pouquíssimo contato, não nasci para viver em sociedade.
Já julguei estar acompanhada, hoje não mais. Sempre sozinha, a vida vai mostrando, mas essa é uma ideia que não me agrada tanto também.
Eu escrevo com dor, reclamo da vida mas tenho medo de morrer, morrer de estresse. As vezes acho que vou deitar e minha alma simplesmente vai embora, cansada, sem pensar em nada, e aí meu coração pára (não sem antes das uma agitada). É um medo bobo, mas constantemente penso que está prestes a acontecer. Qual o limite de preocupações de um cérebro? Uma hora eu pifo, não tá longe, voltei a ter sintomas antigos, daqueles que parecem superados, me iludo fácil.
Tenho medo de psicólogos e psiquiatras, tenho medo de ser internada. Em quantas sessões julgariam ser a melhor opção? E quanto de mim teria que sair para eu poder sair dali? Não sei, não entendo como funciona, só desabafo, um grito para ouvidos surdos (nome bonito e poético de um episódio de Naruto, quem diria), espero sobreviver.
Eu sei que sempre tem a chance de um novo dia, mas eu tô tão desamparada na vida que não faço ideia do que esperar, e meu pessimismo me diz que é melhor assim ou não vou querer pagar para ver o que vai rolar.
Eu já não sei se fui muito machucada ou se só sou uma louca que sente tudo de forma muito aumentada, eu não sei. Vários já tentaram me responder e no fim era só mais gente tentando me enganar, parece algum tipo de karma.
O golpe sempre dói mais quando vem de perto e uma lição eu preciso urgentemente aprender, mesmo que custe minha insanidade: não conte seus medos para quem vai usá-los contra você depois.
(isso inclusive deveria se aplicar ao meu blog e talvez esteja se aproximando o dia de excluí-lo)

quebrando a cara nas mesmas rachaduras

burra, bem burra.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Presente de grego

Em cada momento sai de mim um pedacinho, me sinto um estranho no ninho, meu caminho é a solidão. Vivi pra ver, pensei que não, mas a verdade sufoca até sair e aqui estou, digo pra ti: melhor se afastar do que deixar ruir.
Eu sou problema, sou bicho ruim, não sou cais, sou tempestade. Não me desejo pra ninguém, nem pros piores inimigos, querer companhia agora é egoísmo e vaidade, presente de grego, maldade, melhor deixar as pessoas numa mais confortável realidade.
É tarde, fui tarde...

Acalma

Todas as palavras não-ditas, tensão no ar, milhões de gatilhos e armas dentro da minha boca me matando aos poucos.
Eu preciso pensar. Eu preciso parar pra pensar. Já não entendo nada e na névoa não sei muito por onde andar, não dá, já tentei me acalmar, mas o preço do obscuro de não saber onde vai dar... ele sufoca aos poucos, nó na garganta, o grito que ninguém ninguém ouve.
Eu tô vendo, sinto de longe o cheiro desse veneno, tomado de pouquinho em pouquinho no decorrer da vida, mas deixando o mesmo amargor de sempre.