terça-feira, 5 de junho de 2018

às vezes eu tenho VERGONHA da minha falta de fé

A verdade é que tendo a odiar mudanças, de todos os tipos, mesmo que eu tenha errado inicialmente sobre TODAS as vezes que elas aconteceram. Eu odiei ir pra Curitiba, e até o final da minha jornada lá reclamei de estar lá (embora pro final eu já soubesse que gostava de muita gente lá). Tudo bem, eu me perdoo por isso, porque a questão era o clima, o preconceito em geral e o fato de não ter praia (só nos meus sonhos. Pois é, Curitiba sempre tem uma praia atrás do shopping Mueller nos meus sonhos). Eu odiei todos os términos de relacionamento (inclusive até o de amigos deixando de morar em casa, mesmo que eu soubesse que seria melhor para todo mundo), odiei começar em quase todos os meus empregos (alguns gostei) mas também odiei sair deles (porque todo mundo gosta de dinheiro certo pra pagar as coisas). Odiei sair de todas as faculdades, principalmente a última, mesmo sabendo que estava insustentável para minha cabeça e, principalmente, sem a bolsa eu não teria como me mantêr, ia viver onde (agradecimentos especiais para todos que bateram panela pedindo o fim da Dilma, a faculdade que eu estudava foi criada pelo Lula, o que vocês acham que aconteceu com ela depois disso?)?
Só que, pra sair da faculdade, joguei minhas runinhas. Pras questões pessoais mais importantes, joguei minhas runinhas. A primeira eu obedeci, a segunda não. Me mandaram a letra das duas situações e uma eu não obedeci, e agora colho o preço. E é doido, porque agora eu joguei de novo, para váááááárias questões, e tá tudo ali, definidinho, só resta acreditar.
E eu fiz tanta besteira comigo mesma esses dias que, aiai, vergonha define, só que existem várias eus aqui e as vezes o controle não é fácil. Posso ser auto-destrutiva mas, diferente de muita muita gente, não sou destrutiva, ou pelo menos tento não ser. Acho que, nesse momento, não faz mal sentir um pouco de orgulho de mim, não. Passei tanta coisa, já, e, mesmo tendo várias falhas grotescas comigo mesma no decorrer da minha história, é porque tô me conhecendo. Ás vezes eu tenho que implodir um tempo, me permitir sofrer tuuuudo que eu tenho que sofrer, e aí seguir. No começo durava uns três meses, agora uns três dias.


eu quase não estive, mas eu ainda estou aqui

(eu ainda sinto medo, muito medo, mas se tão me pedindo fé e eu já não tenho nada lógico para acreditar, então fé será)


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