quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Curinga

O ás de espadas foi o primeiro, quando eu nem sabia muito bem o que isso tudo significava. Foi leve, simples e ilusório, como deveria ser.
O ás de ouros veio depois, quando eu não sentia nada. Foi para aprender que as vezes você não ama, mas é amada.
O ás de paus foi o terceiro, e por ele eu sofri. Enquanto pra mim era sério, dessa ele queria sair, e enquanto eu chorava ele só queria rir.
O ás de copas me encontrou, e nele me encontrei. Nós dois nos amamos juntos, e a vida então se fez, mas o destino veio e acabou mais uma vez.

Com as damas eu tentei, e já me engracei com reis,
com valetes eu deitei, o baralho revirei.

Esse é o problema do curinga, é único em um baralho.

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