Eu tava até que lidando bem com a vida depois de um dia muito, muito intenso de trabalho, um fora (ainda que bem justificado) e a falta do meu remédio natural. Enfim, lidei, lidei da forma mais madura que poderia, cumpri todas minhas obrigações, não descarreguei frustrações em ninguém, recebi minha amiga e acho que consegui não ser totalmente desagradável, enfim, fiz o que pude.
E aí tive a péssima ideia de, minha amiga indo embora, passar no apartamento dos meus pais. Foi uma decisão minha, podia ter sido evitado, é o que me deixa mais brava, mas eu não sei, também, o quanto quero evitar mais. Evito esse conflito desde os doze, esperando sempre os melhores momentos (deles) para me expressar, contestar, questionar se eu devia ter passado tudo que passei, mas a burra fui eu, aos trinta buscando aprovação dos pais que, desde que tive MÍNIMA independência, me deixaram por aí. Não só por aí, sem ter para onde voltar, porque não só eu não podia falar o que passava na rua como não podia cobrar um pouco mais de, sei lá, qualquer coisa, mínima atenção, cuidado? Desde os doze eu sou vila e estou cansada, saí de casa assim que pude por isso, foi burrice pensar que o tempo e minha fase adulta haviam resolvido o problema. Hoje, com prazer anuncio, posso afirmar que o problema não está só em mim, desde a pentelha de doze anos até a adulto fudida de trinta. Eu não quero mais esse papel. Se eu precisar sair da casa que pensei ser minha para isso, ok, faço, não seria a primeira vez, né?
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