Vamos enumerar as vitórias, já que tô na busca de traumatizar quem me traumatiza.
- falei que ouço esse papo de "entrada de imóvel há anos" e achei que o apto era isso. Inclusive porque, agora, é um apartamento habitável, mesmo que eu tire meus móveis, os fixos compensam. Tava aprendendo a cuidar do que achava ser meu, para variar. Não era. Para variar.
- fui cobrada por, simplesmente, não retirar o lixo da casa dos meus pais com um sorriso no rosto. Eu poderia parar aqui um tempo explicando como isso influencia na minha rotina e como tratarem isso como uma obrigação minha, que nem mora com eles, como um golpe na minha auto-estima, mas eu vou deixar a frase "se ofenderam por eu não achar legal SEMPRE levar o lixo deles" falar por si só. Francamente.
- acho que o principal. Comecei a falar e minha mãe lançou a primeira carta habitual, a "precisamos conversar disso agora? Estou cansada", em um assunto que ela que puxou e sem considerar o quão cansativo foi meu dia. Não seria um problema, se isso não acontecesse desde 2005. Falar o que quer e, na vez de me ouvir, ter trabalho ou ter trabalhado muito ou qualquer outra coisa. Sei que minha mãe é, de fato, uma mulher sobrecarregada. Sei que não é justo desde os doze eu me calar esperando o momento que ela não será.
Odeio desabafar da minha família nesse blog. Li um POST de, sei lá, 2008? Que me deu vergonha, eu era tão nova, tão boba. Mas minhas reinvindicações não eram injustas e eu até hoje sigo não respeitada? Eu me mudei, eu me banquei, eu passei todas as merdas sozinhas, o que mais falta? Tirar o lixo?
Amo meus pais. Lutem por vocês e lutarei por mim, claramente não estamos na mesma e não vou mais lutar para estarmos, não sozinha, não por dinheiro e não agora. Se não aos dezoito, não agora, burros os que se iludem. Posso viver de migalhas, mas cheguei até aqui com mais do que isso. Só não preciso provar.
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