Os dois vêm quando eu me vou, quando me perco na flutuação, sou sozinha, eles irmãos, mas tão sozinhos quanto eu. A criança chora, bom, chorar é uma palavra leve, está lançada ao chão, batendo pernas e mãos, berrando sem parar. O monstro olha com desprezo, sem se deixar abalar, nada te toca ou aflige, ele é forte, não se preocupa com mais ninguém. E tem eu, flutuando em algum lugar por ali, sem controle de nada, ou pensando assim por ser mais fácil, talvez um dia eu fosse entender. Mas não hoje. O monstro aponta para mim, para minha posição vexatória e sem controle, as pernas abertas e os braços tortos, e ri. Aponta e ri.
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