terça-feira, 30 de outubro de 2018

Frangalhos combatentes

Hora de reconstruir. Começo por mim, na organização mental, sem espaço para influências ou julgamentos externos. Hoje, ouço os mortos, reflito em suas mensagens, os mortos sabem das coisas. Não que já não estejamos mortos também, é um estado constante nessa brincadeira eterna, quantos de nós estaremos mortos em 2020, por exemplo? Faz parte, mas eu nunca achei que as coisas acabassem aí.
Eu sempre tentei separar o social do espiritual, era algo que eu precisava para não cair em falsas narrativas como "pense positivo e você será feliz (no caso ter dinheiro)" ou até aquela bizarrice de "coisas ruins estão acontecendo contigo porque você está vibrando erraaado, irmã",  não, as vezes o social e o espiritual não são tão simples e culpabilizadores, meritocracia espiritual e nada pra mim é a mesma coisa. Só que o que estamos vivendo agora, certo, tenham paciência comigo, o que estamos vivendo agora é, primeiramente, inevitável , seguido de necessário. Precisamos passar por isso. É uma merda, mas fazer o quê? O que meus guias me ensinaram é que tudo é o processo e como você passa por esse processo, e isso se aplica ao âmbito social. Os preconceitos não vão se desconstruir sozinhos em um mundo que inclusive boicota essa desconstrução, perceba que não falei "não coopera", falei boicota, porque É um plano. Passaram a vida toda me chamando de conspiracionista mas, qualé, gente, conspiracionismo? Falar que EUA tem uma influência gigante e planejam muito do que acontece por aqui? ISSO virou conspiracionismo? A falha é nossa. Se amigos e parentes nossos acreditam em coisas ridículas como mamadeira de pinto e kit gay, ou a Pabllo Vitar na nota do real, a culpa também é nossa. Falhamos na comunicação (não digo falhamos como um ou outro partido ou enquanto esquerda, digo como seres humanos mesmo, ou ao menos brasucas).
Brasil foi envolto em uma bola de neve de mentiras que tende a crescer e muito pós-posse. Agradeçam ao Trump e às pessoas por trás dele. Não sei bem o que fazer com a informação de que a parte boa que eu conheço do mundo tá diminuindo, e as partes que eu mais gostaria de evitar estão crescendo. Sinto que preciso encontrar meu grupo, preciso sobreviver aos primeiros cinco anos, sei que no final de tudo isso algo bom vai acontecer, mas o final tá bem longe e vamos perder muita gente no caminho, e eu só não quero me perder. Eu posso morrer, tô ok com isso, eu sou ETERNA, vocês também. Mas não posso me perder.
As vezes espiritualidade e política conversam sim. Pelo bem do planeta, mãe Terra, o capitalismo tem que acabar, e gosto de pensar que esse seja o começo do fim.
Não sou comunista, não sou anarquista, não concordo 100% com nada do que leio e vejo por aí, tô bem com isso. Não sei qual caminho entre os milhares que a gente ainda nem pensou pode ser o certo, mas eu não sou dona do mundo, não tenho que pensar isso sozinha. Um bom ponto de partida pra mim é: nossa sociedade não pode ser baseada em lucro.

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