quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Clack


Quando olhar ao passado a observar, com os olhos de quem já viu as consequências, o tamanho da influência de seus atos tão impensados, engolistes suas palavras sobre ego e quebra dele, engolistes a diferença entre eu e você; somente quando puderes ver, aí então perceberás, e verás todas as conexões, todos os chaveamentos, padrões mentais, socializações, verás tudo com olhos de meio, verás tudo à verdadeira você.
Ser. Vivo. Viva. Vida. Quebra barreira e desconstrói mentalização. Muda padrão, muda patrão. Mudanças vem de geração pra gestação, sobre isso, qual sua ligação?
Deslinchando palavras grotescas em um pedaço de tela -nunca o mesmo que o papel-, revirando metáforas antigas em uma cabeça conturbada, nunca descansada, pensando estarem todos os olhos arregalados virados para mim, com que fim e por quê? Se meu descanso vem à custa de muitas lágrimas e nunca, nunca, o sentimento de culpa me abandona. Com que fim e por quê? Como saber? Falo tanto do pecado original, grudado à mim, dentro de mim, mas com que fim? Se o fim não existe e é tudo apenas mudança interminável, se o físico é apenas a materialização das nossas percepções e crenças, se nada disso precisava ser assim mas assim é porque precisa ser.
O entendimento tá além de palavras e comunicações verbais em geral, porque o entedimento é um frio na espinha. É a sensação do não-ilógico que faz todo o sentido, e a percepção de sentir um quentinho bem na altura do chackra cardíaco, bomba, bomba! Se ao buscar na racionalidade só vai encontrar dor e castrações de ideais.
O que é mais real? A luz ou o reflexo? O lampejo ou a lampejoula?
Conhecer-te é ser. Lucidez, todo dia, dia-à-dia, guerra interminável. Manter a cabeça no lugar, que é em pé, erguida.



P.s.: Talvez eu já tenha postado, talvez até recentemente, não ligo muito

domingo, 27 de agosto de 2017

centelhas

gosto do gosto da descoberta
ao chegar em um novo lugar
aquela pausa pra observar
em silêncio se encontrar
refleti, sou daqui
e ainda tenho um lugar


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

cuspido

A vida vai bem. Eu estou aonde quero, mais próxima com fauna e flora, e consequentemente mais perto de mim. Desde sempre, sinto como se o céu daqui fosse mais perto da Terra, repare, agora tenho certeza. Dias vieram e dias se foram, fechou uma lua, bateu com o eclipse. É lógico. Tinha que ser, e foi, e vim, foi assim. Meio impensado, em partes improvisado, e eu ainda não entendi. Mas chegamos e, sabe-se lá quem pedia, com certeza há de sorrir. Tá sendo assim, de passito, como sempre, observando pra agir. Não sei quanto tempo resta, mas agora entrei na festa e não quero mais sair pois (refleti) tô tão viva, sou assim, e se da descoberta viro festa não caibo dentro de mim, nem preciso.
Resumindo: vou e vivo, e na beira do precipício faço de cordas asas e me lanço em outra jornada, de graça

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Tem sido dificil escrever
escrevo e apago, de praxe
organizando pensamentos
aonde?
muda, mudei.
no berro, externalizei
ninguém entendeu
mas eu sei