terça-feira, 26 de julho de 2016

Elocubrando

Se a morte é o inevitável fim de ciclo, e dela nada levaremos do físico, e sendo a existência uma experiência consciencial eterna, qual é o sentido dessa vida para o nosso aprendizado?
Penso muito sobre isso desde sempre, na tentativa de sugar o máximo possível desse processo insano que é a vida material. Tomando como partida o fato já consolidado de que nada físico sobrevive à morte, já posso ignorar todos os fatores exclusivamente materiais do meu plano de evolução.
Refletindo por anos, chego à conclusão que, ao eliminar o banal, o que sobra são nossas inter-relações. 
É claro que não é preciso passar uma vida inteira (a velha de 23 anos falando) pensando sobre isso pra chegar nessa conclusão, mas a importância dessa resposta tem se feito cada vez mais observável com o passar do tempo. Tudo que temos somos nós mesmos, e os outros a nossa volta. Tudo que resta é a saudade, a lembrança, e o processo.

Que coisa mais maluca.

Um comentário:

Jornalista Mônica Pinto disse...

É isso mesmo. A gente não leva nada material - só as contas dos serviços que prestamos e dos erros que cometemos...