Já entendi que sou meio oito/oitenta, mas, pela primeira vez, acho que não quero lutar contra isso. Se sou intensa e, com a mesma força, tudo pode quebrar, não vou mais lutar pelo caminho do meio, onde espero os outros estarem bem para conseguirem me substituir. Veja bem, o que quebrou não foi de agora, mas parece ser ilusão pensar que dá pra consertar o que foi dito. Eu me fechei, achei que tinha encontrado um lugar seguro e não, pois não existem lugares seguros fora de mim (ou será que sim?). Se não se trata de heróis ou vilões, então tudo bem ter ouvido tudo que ouvi, desde que também esteja tudo bem caso eu realmente resolva partir, pode acontecer, é provável, perdi um lugar seguro e não entendo porque sigo aqui, esperando que entenda que carência não é amor, sabendo não estar sendo amada, não da forma que pensa, e continuando aí. Fui chamada de tanta coisa, carreguei tanto peso que acaba ficando difícil não falar mais de você do que de mim em minhas sessões, eu acho que é hora de ir, acho desde que disse a primeira vez, mas também queria acreditar que ainda existia algo aqui, emocional, não racional, algo além da dependência que percebo sumir quando outras pessoas aparecem, de novo ressalto, não me agrada a dependência, mas em sua carência ela volta e eu, como um step, novamente recebo esse papel de estar ali pra ti se outros não tiverem. Mas continuo aqui, conversando com meu blog, porque ele nunca jogou na minha cara as merdas que eu já fiz.