E nesse balanço louco, por cima, por baixo, entre passos e esbarros percebo que perdi, perdi o controle e a ilusão de ter, perdi a regra e a base e o fio de linha que define como uma vida deve ser, cada ato costurado, ensaiado, fixado, baseado em preços que pagamos no passado, todos nós. Eu acho que isso é estar viva, mas é fácil pensar assim também, tendência antiga, jogar tudo para o alto e recomeçar, te encontrar ou me perder, fazer o quê se eu gosto do estrago? Mas o dia seguinte tá lá e eu tenho meus cacos também, e sou o conjunto inteiro, é mais fácil ser sozinho mas bem mais divertido estar junto, só que bem, mas quem tá bem neste mundo?
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
2015
E se por anos me senti amedrontada pelo puro vislumbre de ser quem eu sou, e se por anos escolhi a auto-opressão pensando, iludida, evitar as críticas alheias, e se me omiti no sim ou no não na tentativa de me sentir mais amada
Então preparem meu cenário, abram as cortinas, acendam as luzes, eu estou pronta, não perfeita ou invulnerável, mas viva, como de tempos em tempos eu consigo me sentir, sozinha, por mim, por quanto tempo eu dormi? As vezes acontece, me perdôo por isso e além, mas do vinagre ao vinho o paladar será meu, portanto as escolhas também
Ah, tirei a máscara e o sol tocou meu rosto, não pela primeira vez, mas pela primeira vez em muito tempo, e, como sempre, eu gostei, porque sou filha da dança, do sol e da lua, da sombra e da luz, eu tenho um grande karma compartilhado por todo um planeta, mas vou conseguir, vou aprender a amar quem eu sou, porque sou isso e eu sei, vou fazer o quê? Aceito tudo.