Antes, o medo, como de praxe. Medo de acreditar e no final quebrar a cara mas, sei lá, estamos aí para o que tiver que acontecer. O fato é, me sinto melhor. Aos pouquinhos, de passito, sem arrogância, nem todo dia é uma vitória e, às vezes, a derrota é bem dolorosa. Só que tem sido menos constante e, por isso, agradeço.
Não é que eu já esteja pronta, longe disso, ainda tenho bastante coisa para lidar, mas agora a vontade é maior, sei lá, acho que cansei de desistir e, principalmente, pedir desculpas por ser eu. Tô (re)aprendendo a rir de mim, sou trouxona mesmo, deeesde que me lembro por gente, lerda é a palavra, isso não me torna burra, embora eu goste do personagem para ver até onde os outros vão.
Vai vir julgamento de todo lugar, como sempre veio, do sotaque, do gestual, das opiniões, das atitudes, do meu drama, que preguiça, passei anos me preocupando com isso, e por quê? Se no fim do dia, mesmo acompanhada, eu sou minha única companhia? E isso não é ruim, eu gosto de mim, tenho várias qualidades, se são maiores do que os defeitos eu não sei, nem me interessa, tendo ser minha melhor versão todo dia, não por vocês, por mim, sempre tem sido assim.
Aaai que gostoso que é, voltar a me expôr. Minha vulnerabilidade é mais honesta, gosto mais de mim assim, mesmo com todos os riscos.
Eu ainda não tô 100%, mas olha aí, vai dizer que eu não tô um pouco melhor? Foram muitos aprendizados, reparei várias coisas nessa maravilhosa lua cheia, inclusive que eu não preciso ficar triste. Eu posso, e tudo bem, mas eu não preciso. A raiva, essa é minha amiga, sou boa direcionadora e sei quem são meus fantasmas, mas eu também não posso só ter raiva, tenho que lembrar o que é felicidade também. Nem que, pra isso, eu precise rir de mim e dos meus problemas, já que chorar comprovadamente não faz eles desaparecerem.
Próximo ano (lógico que eu já tô pensando nele!) eu vou subir uma horta comunitária seja lá onde eu estiver, é isso aí, ihuu!