Quando olhar ao
passado a observar, com os olhos de quem já viu as consequências, o
tamanho da influência de seus atos tão impensados, engolistes suas
palavras sobre ego e quebra dele, engolistes a diferença entre eu e
você; somente quando puderes ver, aí então perceberás, e verás
todas as conexões, todos os chaveamentos, padrões mentais,
socializações, verás tudo com olhos de meio, verás tudo à
verdadeira você.
Ser. Vivo. Viva.
Vida. Quebra barreira e desconstrói mentalização. Muda padrão,
muda patrão. Mudanças vem de geração pra geração, sobre isso,
qual sua ligação?
Deslinchando
palavras grotescas em um pedaço de tela -nunca o mesmo que o papel-,
revirando metáforas antigas em uma cabeça conturbada, nunca
descansada, pensando estarem todos os olhos arregalados virados para
mim, com que fim e por quê? Se meu descanso vem à custa de muitas
lágrimas e nunca, nunca, o sentimento de culpa me abandona. Com que
fim e por quê? Como saber? Falo tanto do pecado original, grudado à
mim, dentro de mim, mas com que fim? Se o fim não existe e é tudo
apenas mudança interminável, se o físico é apenas a
materialização das nossas percepções e crenças, se nada disso
precisava ser assim mas assim é porque precisa ser.
O entendimento tá
além de palavras e comunicações verbais em geral, porque o
entedimento é um frio na espinha. É a sensação do não-ilógico
que faz todo o sentido, e a percepção de sentir um quentinho bem na
altura do chackra cardíaco, bomba, bomba! Buscar na racionalidade só
vai encontrar dor e castrações de ideais.
O que é mais real?
A luz ou o reflexo? O lampejo ou a lampejoula?
Conhecer-te é ser.
Lucidez, todo dia, dia-à-dia, guerra interminável. Manter a cabeça
no lugar, que é em pé, erguida.
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