sexta-feira, 15 de abril de 2016

O que dizer, né? Sorte no amor, eu acho.

Faz tempo que não escrevo aqui, e motivos são diversos. Minha vida mudou muito de uns anos pra cá, e acho que não preciso mais usar tanto esse blog como um desabafo. Ultimamente, pensei até em desativá-lo, mas não o farei. Não é necessário, porque nada ocupa espaço na internet, e vou gostar de ler as besteiras que eu escrevia (e continuo escrevendo eventualmente).
Hoje não vim desabafar, hoje eu vim agradecer. Os processos pelos quais passei no final de 2014 e no começo de 2015 me ajudaram a aprender o quão bem consigo ficar sozinha, e hoje não tenho mais medo da solidão. E então, posso escrever um texto meloso. Tenho esse direito, há!
Tenho estudado muito meus antigos relacionamentos. Percebi que acabei esquecendo de muita coisa de uma forma não-natural, como se eu estivesse tentando esconder coisas de mim mesma, e na verdade estava. 
Todo relacionamento, quando acaba, deixa algumas cicatrizes. Isso é normal, justificável, blá blá blá. No meu caso, o difícil foi perceber que o relacionamento que tive, o qual eu sabia ser cheio de erros e regras, não foi algo fruto da ingenuidade de alguém. Difícil é admitir para mim mesma que fui enganada, que boa parte (se não tudo) foi pensado, calculado, para minha auto-estima cair.
Ainda não consigo encarar como FATO que as coisas que aconteciam comigo, como pressão para transar ou chantagem emocional, não eram frutos de ignorância. Eu AINDA sinto que fui o monstro em meu relacionamento, porque isso me foi empurrado e tão internalizado que ainda é complicado pensar de outra forma. Mas eu sei que não fui. Eu não sou perfeita, tenho mil defeitos, mas eu não fui um monstro em meu relacionamento. Eu só fui boba de acreditar, e arrogante demais para aceitar que estava sendo enganada. E muito bem trabalhada para pensar que refletir sobre essas coisas eram paranoias. 
Esse tipo de coisa me limitou muito a uns tempos atrás. Falo de coisas como ter medo de me relacionar, ou sentir grande angústia quando algo que acontece me lembra daquele tempo. 
Mas não minto quando digo que esse post é um agradecimento. 
Primeiro, um brinde à mim. Esse ainda é um assunto delicado, e eu tenho tido a coragem de lidar com. Isso envolve ficar meditando, buscando lembrar das coisas esquecidas e tentando não me afogar com a quantidade de sentimentos negativos que essas lembranças acarretam.
Depois, um brinde ao Iago. O Iago tem sido um bom apoio nesse processo, me apoiando, me RESPEITANDO, continuando com sua paciência infinita. Eu agradeço por ele nunca ter usado a frase "ninguém nunca vai te amar como eu" (até porque, hoje em dia, se alguém me fala isso vou embora imediatamente), e por não confundir amor com dependência. Agradeço porque, juntos, não pensamos em um relacionamento confortável, pensamos em uma evolução mental e espiritual, algo constante, sempre em frente.
Sou muito feliz pela presença dele na minha vida. Se um dia eu acreditei que ninguém me amaria do jeito que eu sou, hoje eu sei que quem diz isso é o tipo de cara que não sabe amar (e o mundo está cheio desses, prontos para manipulações psicológicas de garotas desavisadas). 

Pronto, taí, com cheirinho de melado.
(Prometo não excluir o blog)
(eu não conseguiria)

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