quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Suicidio

Mata-se o corpo ou mata-se a mente?
É retrocesso ou ir em frente?
Ao buscar o caminho da desistência, despimos o orgulho e o que nos torna nosso, acabamos com tudo e tudo vira nada, que bosta, furada.
Não se pede ajuda, mas as vezes ela vem, nunca de quem  se espera e as vezes de quem convém. Existe amor e existe ódio, um ignoro e do outro vivo. 
Por quanto tempo? Suicidio.
Mata-se o corpo ou já se matou a mente? Quando essa ideia ronda inquieta pelo seu universo, algo já está errado, é derrota iminente. 

Roda roda no lugar
e ninguém sabe onde vai parar



Vazio

Tanto faz
nem dói mais
ou talvez sempre tenha doído
ser amigo
que perigo
não sei bem se eu consigo
sinceramente
tenho algo em mente
quero sumir daqui
já sei que amanhã
ao acordar enfim
fiz o melhor para fugir


Você achou que ontem eu havia rido porque ainda sentia algo por você
na hora, eu sentia exatamente o contrário

que pena, meu amor, eu perdi muito agora

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Meu amor por um cachorro

Gente, lembram do Xangô, o cachorro do post passado? Então, ontem ele conseguiu nos achar de novo, e tá sendo bem difícil pegar o ônibus dois dias seguidos sem poder levar ele pra casa (isso que o danadinho me seguiu praticamente até o terminal de ônibus ontem).
Tentei achar alguém para adotá-lo, sem sucesso. Se algum leitor imaginário aqui tiver interesse ou souber alguém que tenha, por favor me avisa que eu busco ele (que por acaso é lindo)

domingo, 19 de outubro de 2014

Entre tapas e beijos

Pre-ci-so contar o meu dia, porque ele teve potencial pra ser o dia mais irritante desse ano todo, mas conseguiu ser bem divertido.

Sobre a minha manhã, não quero falar muito. O dia tava bonito, era dia de feirinha, a banda Juremá ia tocar lá (o que deixa os dias na feirinha bem mais sonoros, diga-se de passagem). É claro que nada disso aconteceu porque assim que chegamos um fiscal da prefeitura chegou e teve a ou-sa-dia de pedir pra gente sair dali.
Não vou mentir pra vocês, sempre soube que essa hora chegaria e foi necessário muito auto-controle pra não chorar na frente do cara. Na verdade até agora acho que só não chorei porque eu estava muito, muito irada. 
Pois bem, se quiserem detalhes dessa história vejam aqui, porque me irrita só de pensar em contá-la novamente (aproveitem e curtam a página do Da Igreja Ao Cortiço!!!!!!); saímos de lá e fomos para a escadaria que vai em direção à Tiradentes para buscarmos o nosso lugar ao sol. Os meninos da banda começaram a tocar, estendi as tirinhas lá e comecei a fazer malabares até que, quando já tínhamos um público legal olhando a gente, o que acontece? Um outro grupo musical munido de caixa de som, bateria e desrespeito começou a tocar no nosso lado. Falo em desrespeito porque, independente do local ser público, estávamos ali e eles poderiam muito bem ter chegado pra trocar uma ideia conosco antes de fingirem que éramos apenas um pedaço de bosta ali. Esse foi o segundo tapa, e a marca do primeiro ainda estava doendo bastante. Como não tinha outro lugar onde pudéssemos ir, desistimos do som e ficamos lá trocando ideia e bebendo uma cerveja até o horário da feirinha terminar. Nisso recebemos o primeiro beijo: um cachorro mó bonitinho que sentou conosco e fez a gente se sentir mais amados.
Depois do horário da feirinha fomos pro MON e, na hora de acender uma felicidade, quem aparece? Sim! Aqueles que proíbem a gente de acender uma felicidade. Terceiro tapa na cara, eita nóis!
Aí ficamos lá fazendo um malabarismo e um som, o MON bem vazio e tals, e então mamãe aos poucos foi dando a cara. Começamos a ouvir os trovões e decidimos que faria muito bem pra gente pegar uma chuvinha e tals.
Mas aí veio outro tapa na cara. Iansã olhou pra gente e pensou "cês querem pegar chuva é? vamos ver se vocês vão gostar de um granizo então!" e nós corremos pra parte coberta do MON.
Quem que vazou quando a chuva começou? Isso mesmo, os apagadores de felicidade. Mas não fazia diferença, porque a chuva não permitiria que a gente fosse fumar.
Aí nós cantamos, bebemos fontana escondido dos seguranças, fizemos amigos que bebiam cerveja escondido dos seguranças, e nesse tempo parou de chover granizo, e foi aí que eu decidi (quando me peguei quase chorando conversando com um amigo sobre a história de Iansã) correr, tanto fazia pra onde, eu só queria correr na chuva sem me importar. Foi o segundo beijo, me senti abraçada, me senti leve, e chorei, chorei as dores de todos esses dias, as dores desse final de semana tão cretino e tão bom.
O quarto beijo veio logo em seguida. Lembram do cachorro que sentou conosco no começo dessa patifaria de texto? Então, ele ressurgiu no MON, doido por carinho e tremendo de frio. Fiz o que pude: cobri ele com a minha canga o máximo que consegui e fiquei abraçando ele pra ver se o bichinho parava de tremer, hahah. Demos o nome de Xangô pra ele, e ele nos disse adeus quando a chuva diminuiu. 
Aliás, e quem voltou quando a chuva diminuiu? Policial derrete na chuva, pelo visto! Não teve problema, eles ficaram fechadinhos dentro do módulo policial e a gente aproveitou pra abrir nossa mente.
Na hora de ir embora é claro que voltou a chover um monte, mas não nos intimidamos: precisávamos ir e não iria parar de chover tão cedo. Assim que o frio bateu a gente viu que seria mais difícil do que parecia inicialmente, mas a gente andou até esquentar, hahah. Paramos do lado do pastel do juvevê e o grupo dividiu, enfim.
A história continua, mas eu paro por aqui, vocês não precisam saber do resto. Hoje foi um dia que se nós tivéssemos nos deixado abater teríamos perdido, mas fomos em frente e fez jus, valeu a pena. São os tapas na cara que ensinam, mas ainda bem que tem uns beijos também pra curar.
 

sábado, 18 de outubro de 2014

Não vá em cana, Mariana!

Mariana, vem, me ama
busque em mim o que procurou
em cada abraço no peito suado, batidas de coração
Amou
Mariana, não explana, deixa isso entre nós dois
Se por cima dessa cama não existe mais amargor
rolando nos lençóis, veroz, Mariana amou
Tantas lágrimas derrubadas em meio ao medo de viver
Fuja, corra, não se engana, não vá em cana, Mariana!
naquilo que um dia foi e não pode voltar a ser
perturbada, sai em fuga, não precisa entender
Fecha a porta, Mariana, não deixa qualquer um entrar
não se vende uma casa pra quem só quer alugar
Na morada dos seus olhos encontrei a perdição, tentação
Não se engana, não vá em cana, Mariana!
É em vão.



Sublime, indescritível, pleno



Pular do trampolim

Foi necessário apenas um momento de coragem insana e inconsequente pra eu resolver que, na realidade, o voo é lindo e a queda bruta. 
Fui no DCE, fui ver com os meus olhos o que meu coração dizia que tava rolando e, pra variar, meu coração não erra uma (ou erra todas, enfim).
Mas não falo de um problema, não mais. Fui pro DCE porque havia uma parte de mim que precisava morrer e eu não pensei duas vezes antes de matá-la.
Tô bem, tô feliz, tive uma dose de amor-nuvem muito mais sincero do que aquele amor cheio de falsas promessas, e me sinto bem leve, como faz um tempo que não me sentia.
Talvez seja cedo pra falar e essas coisas não aconteçam assim de repente mas, a princípio, eu declaro aqui que meu amor não é mais seu.
Declaro aqui que agora posso ir adiante.
E declaro aqui que a ressaca de hoje é sentimental, amém.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A cor da prisão não me torna mais livre

Me odeio a cada dia que me pego pensando em você, e penso em você todo dia. É um sentimento dúbio, as vezes sinto que você não está tentando me enganar, que é honesto (mesmo que sem-noção de nada), e as vezes tenho plena certeza de que me usa para manter a sua auto-estima lá em cima.
Não consigo me livrar dessa maré, quanto mais eu fujo mais me sinto puxada em sua direção. Cada vez que nos vemos tudo fica tão lindo, tão bom, tão irreal. 
Sinto vontade de chorar, mas me recuso. É sério, não vale a pena, não enquanto você está dando risada com seus amigos, curtindo uma noite de sexta-feira. Chorar só vai expor mais ainda minha fraqueza. Chorar só vai fazer eu me sentir mais otária ainda por me importar com você, que só se importa comigo quando o preço é baixo.
Detesto ter que escrever esse texto aqui, detesto ter escolhido não sair hoje, mas não vou me igualar. Eu poderia sair pra encher a cara e dar uns beijos, mas seria mentira dizer que quero encher a cara e dar uns beijos, e eu não usaria alguém só pra atender os meus caprichos. 
Se eu tivesse o frasquinho do esquecimento, tomava sem nem pensar sobre. Esqueceria tudo, pro bem e pro mal. Suas mentiras não estariam cravadas em mim, mas seu abraço já não seria o melhor do mundo.
Se eu tivesse o frasquinho do esquecimento, você se arrependeria de ter desperdiçado tantas vezes de se tornar inesquecível, e me veria passar por aí torcendo pra que eu ao menos lembrasse seu nome.
Se eu tivesse esse maldito frasco, não faria diferença todas as vezes que você prometeu estar ali pra mim e não esteve. Eu não contaria (assim como não deveria contar, de qualquer forma) com a sua ajuda quando eu me sentisse triste, porque na minha mente você nunca teria dito que cuidaria de mim.
O pior é saber que eu conseguiria. Se eu me esforçasse bastante conseguiria ver essa armadilha gigante onde me enfiei e buscar uma saída. Mas eu me recuso. Toda vez que penso em como deveria jogá-lo no abismo da minha indiferença, acabo me jogando no lugar. É como se eu não quisesse esquecê-lo, mesmo sabendo que deveria.
Me cansa. Mais do que isso, me esgota profundamente. A pior parte é a punhalada, que vem quando você finge se importar, mas não finge tão bem assim. Pra mim chega, é quase uma súplica isso daqui.
Você já foi, só falta eu ir, mas eu ainda estou aqui, e você?

Vai dar tudo certo, em algum momento.

domingo, 12 de outubro de 2014

Tem que desenhar!

Queridos brothers, sorrisos não são um sinal de que alguém está interessado em você, apenas um sinal de que a pessoa está feliz.
Tendo isso em mente, se em algum momento você pensar que eu estou dando em cima de você, faça algo muito simples: pergunte!
Isso pode evitar tanto problema!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Lista de coisas no mínimo interessantes que fiz na vida

Ordem cronológica é pros fracos!

1- Tive um mico (sagui)
2- Esquiei na neve
3- Andei de sandboard
4- Furei um piercing em mim mesma (boca)
5- Furei um piercing em outra pessoa (nariz)
6- Peguei carona pra ir de uma cidade pra outra
7- Andei de uma cidade pra outra
8- Segurei uma cobra em seu habitat natural
9- Cuidei de uma maritaca
10- Fiz o parto de gatos (no meu colo, inclusive)
11- Vi estrelas cadentes
12- Fui detida pela polícia por motivo político
13- Fui bloqueada no twitter pelo ex-governador Requião
14- Fiz boneco de neve
15- Morei com amigos
16- Comi olho de peixe
17- Conheci gente famosa
18- Fui em shows
19- Salvei um amigo de se afogar no mar
20- Já fui capa de revista (não é a Caras)
21- Já morri

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Turbilhão número mil


Não vejo a hora de ir embora
dar adeus ao que não soma
e criar uma nova história

poder sentir sem sofrer
te amar sem me esquecer
aprender

e quando as folhas voltarem naquele nostálgico lugar, ah, Curitiba, quando vou te abandonar? Foram tantas datas, pisadas no escuro, o medo me chamou e travei, mas fui fundo. Me reinventei , foi necessário, fugir de nós dois e me moldar ao contrário. 
Foram gritos para o céu, copos jogados contra a parede, vozes me dizendo o que fazer, tanta coisa que não rola esquecer. Foi a morte do amigo e também de mim mesma, o renascer das cinzas e ver da vida a beleza. Sou a bruxa e a cigana, sou a dama e a puta. Sou uma barreira, e a mais frágil. Sou amor e raiva. Que merda, que bosta. Quando tudo isso termina? Na fuga do local ou na fuga da menina?