Sentada no penhasco com os cabelos ao vento. Os mesmos cabelos negros como breu, caindo em cascata pelas costas, misturando-se à sombra.
A vida é tão difícil. Entre obrigações, jogos de poder e aparências, ainda é necessário buscarmos algo que damos o nome de felicidade, mas que ela dava o nome de paz interior.
Não importava. Tinha suas missões, e era seu dever cumpri-las em nome da Deusa.
Maldita Deusa. Não poderia ser mais clara em suas tarefas? Precisa deixá-la nessa dúvida, nessa insegurança?
Amava-a mais do que tudo. Mas ao mesmo tempo vinha aquele sentimento de mágoa e abandono. Por que fora abandonada pela Deusa? Sempre foi tão dedicada!
Tudo bem, não cabia a ela entender os propósitos divinos.
Jogou uma pedra pelo penhasco e observou o barulho forte de quando ela atingiu a água. Levantou-se e começou a andar.
Pra onde iria?
Morgana não fazia ideia, e nem precisava. Iria chegar em algum lugar.
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