sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Muitas vozes muitos traumas

 O problema de me reapresentar é que as pessoas conhecem o meu eu de agora, que é vitimista, ainda tá entendendo os traumas e seus reflexos, ainda tá desarmando as minas. 

Eu não escondo essa vulnerabilidade, porque tô aprendendo a aprender com ela. Mas é difícil explicar que é uma fase, que eu não sou essa ameba que me vendo, que é um momento. Eu sei que é um momento, mas às vezes esqueço de avisar os outros de que sei disso.

Vejam, eu temo muito muito minha própria ignorância. Fui punida por tudo que sabia ou deixava de saber, eu nem sei porque fui tão punida, se permiti mesmo tentando evitar, se fui de encontro, sei lá, eu só sei que, desde criança, toda vez que tentei ser eu tive alguém avisando que eu não devia fazer isso. Não sei se eu sou errada e as pessoas me avisam por cuidado, não sei se elas são apenas "opressoras" tentando me boicotar, não acho que a vida seja preto no branco. Mas é um fato: eu fui muito podada na vida, desde criança, naquilo que nem precisava ser podada, naquilo que eu tinha de melhor. Adolescente, fui para o mundo, e aí me podaram de novo, porque esse era o único mundo que eu conhecia, não fazia sentido buscar algo diferente sem nem saber que existe algo diferente. 

Ainda não sei se existe, na verdade. Sei que tenho um objetivo, hoje eu quero ser eu, independente se gostem ou não. Ainda estou descobrindo o que significa ser eu, claro, e acho que isso vai pela vida toda, mas quero bancar minhas posições, como sempre tentei fazer, mas não quero sofrer a represália de um mundo controlador e, no mínimo, tosco. 

Na adolescência eu me achava a super heroína, inquebrável, já passou tempo o suficiente para entender que isso já se foi, que ninguém é inquebrável e tudo bem. Mas ainda tô me reconstruindo, talvez pela primeira vez e, embora eu constantemente tenha raiva ou frustração pela demora em fazer isso, eu conheço meu ritmo. Eu aprendo devagar, mas aprendo bem. Tive que entender isso, principalmente em âmbito profissional. Talvez eu não tenha o ritmo que os outros esperam, mas eu aprendo bem. Eu sei disso.

Tenho tentando manter o equilíbrio. Não sou uma super heroína, não sou uma vítima. Não sei bem quem eu sou no meio de um mundo além do meu controle, mas tenho algumas respostas que nunca mudaram.

Sou escritora. Sou alguém que ama olhar pro céu e identificar constelações. Gosto de cantar alto na praia de noite, onde ninguém me ouça e me atrapalhe ou julgue. Sou impulsiva, com tendências a justiceira, sou capaz de me por em perigo por uma causa social, sei porque já fiz. Sou violenta, mas controlada, sou violenta porque tenho em mim uma chama eterna que, hoje, ainda é raiva. Gosto de identificar bichos, principalmente silvestres. Gosto do meu conhecimento em reconhecer pássaros ou cobras. Sou fã da minha forma de não desistir mesmo querendo muito. Sou lerda no aprendizado, porque quero aprender tintim por tintim, quando aprendo, aprendo direito. Sou tagarela, mas converso mais ainda com meu blog ou com gente morta. Amo meus pais, mesmo sentindo que só sou vista agora, ultimamente, amo eles, mas tenho ressentimento de ter passado a adolescência invisível a eles, mas na rua, vivendo como se o mundo não fosse o que ele é. Tenho ressentimento deles não terem tido paciência comigo, assim como o resto do mundo inteiro parecia não ter, e de ter que ter aprendido por mim mesma que, além de todas as questões que eu lidava e eram pesadas para minha idade, o que eu sentia tinha nome e era depressão, não rebeldia. Sou brava com meus pais que, aos quinze, eu tivesse tantos problemas que eles nem imaginavam e, ainda assim, se falassem liberais e fossem vistos assim pelos meus amigos, que também não podiam falar com os pais deles, mas podiam falar com os meus sobre coisas que eu não podia. 

Sinto que fui muito burra em vários momentos da vida. Em outras horas, sinto que isso é a vida, e a gente vivendo. Hoje Mica brigou comigo pelo jeito que me vejo e me porto, é aquilo, como explicar que eu estou aprendendo agora que eu posso gostar de mim? Eu fui punida a vida inteira por ser eu, isso não é um vitimismo, isso é uma merda de um fato. E eu sei que preciso mudar, preciso mesmo, tenho que deixar essas coisas para traz, mas ainda tô aprendendo que coisas são e o quanto influenciam em mim hoje. Por isso terapia semanal, oh céus. 

Tenho aprendido que essa é parte da minha história. Não ela inteira, porque não sou moinho de vento, mas parte. Talvez eu precise rodar no mesmo lugar até entender como seguir adiante. Eu tô doida para seguir adiante, mas só sei fazer isso tendo coragem de viver dia a dia e, principalmente, pensar sobre mim. Que diabos, amigos!

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Escrevendo pra só depois ver se concordo ou discordo

 Hoje fui com meus pais no hospital para minha mãe tirar sangue, depois no banco para que meu pai pudesse resolver algumas burocracias e eu acompanhava ela deitada no carro (ela precisava estar lá porque a conta é dela). 

Hoje não me importo em largar tudo para o alto e ajudar. Meus pais, hoje em dia, só pedem quando realmente precisar. Antes eles davam uma abusada, e aí eu impunha limites, mas não acho que seja o caso. Era importante ter alguém de suporte ali, e eu não me incomodo de ser essa pessoa enquanto precisar (ainda acho que a situação vai melhorando, mesmo que lentamente, e gosto de lembrar que tudo foi tido como esperado e temporário pelos médicos dela).

Só que viajo no sábado e, embora esteja animada, tô morrendo de medo deles ficarem sozinhos. Meu pai anda meio sobrecarregado, minha mãe não pode ficar sozinha em casa por enquanto, sei lá, queria me dividir em dois.

Mas sei que não posso e vou viver lá de verdade, enquanto estiver lá. Sei que vai dar certo e tals. Mas tô me cagando de medo. Kdjckxjcjxj

De qualquer forma, tô muito feliz de poder viver esse momento com minha amiga maravilhosa Manu.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Honestidade

 Eu tô vivendo muita coisa legal, bacana. Tenho tentado focar nelas.

Mas tô há uma semana bebendo cerveja porque não quero admitir que está difícil. Tá difícil para mim, para minha mãe, para meu pai, para quem se preocupa. Eu odeio escrever essas palavras porque eu choro, mas é uma verdade e eu lido melhor com elas, boas ou ruins. 

Eu vou aguentar e isso é só um desabafo, tenho esse espaço para isso. Eu não tô infeliz, ninguém tá, estamos fazendo o melhor que podemos. 

Mas todos queremos que isso acabe, desde que seja da melhor forma. Senão, eu, pelo menos, sigo por anos, se necessário.

Bela

 Que legal.

Bela me ligou, sem aviso, sem nada, atendi e ficamos mais de uma hora batendo papo. Eu nunca tive dúvidas, acho que ela também não, inclusive chegou a comentar o quanto conversaríamos num barzinho. 

Bela conviveu pouco comigo, foi muito nova para os EUA, hoje descobri que, aqui, tentou vestibular nos meus cursos que eu. Sempre me senti conectada com ela de alguma forma, lembro de cada vez que a gente se viu, mesmo maioria sendo muito nova. Mas isso é menos importante do que descobri dela ao crescer e entender no que eu acreditava, e, assim como vejo hoje dos meus sobrinhos lindos de lá, ela tem o que acho mais importante num ser humano: coração no lugar.

Mas o legal é que hoje senti que a gente conversou uma hora porque gostamos uma da outra e o papo estava ótimo, hahaha. Eu realmente quero ir lá esse ano. Como? Sei lá. A palavra é o primeiro passo. 

De Curitiba pro RJ, do. RJ para cá. Mais tarde, daqui para EUA, de lá para Japão. Que sonho bom. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Inversões naturais da vida

Meu pai precisou sair de casa hoje e, como minha mãe ainda tá sentindo forte os efeitos da radioterapia, pediu para eu ir lá, não queria deixar ela sozinha e tals. Tinha umas coisas para fazer, naturalmente, mas fui, tava com saudades da coroa, tenho ido pouco lá porque vou viajar e quero deixar tudo pronto...

E eu sempre saio de lá otimista. Sei que a situação não é simples ou fácil, minha mãe odeia ser alguém que precise usar uma cadeira de rodas num hospital (embora, racionalmente, ela saiba que não existe absolutamente nenhum problema em precisar de um item que foi feito exatamente para ajudar, por uma vida ou por um momento, emocionalmente dói), odeia precisar de ajuda para levantar e lavar as mãos depois de uma manga que, surpreendentemente, ela conseguiu comer, enfim, ela é agitada demais, sempre foi, para uma vida no sofá vendo tv (embora ficar no sofá vendo tv esteja no top 3 de coisas que ela mais gostei de fazer. Massa escolher é diferente, entendo isso). 

A questão é que, aos poucos, sua voz fica mais forte. Beeem aos poucos, tem dias e dias, o apetite aparece (hoje mesmo ela comeu bem, até, para os padrões). Hoje de tarde, embora tenha tido uma manhã difícil ao ir para o hospital buscar a quimio oral, não dormiu, conversamos bastante e, embora ela esteja com certa confusão mental que também é esperada nesse momento pós-radio, ela percebe quando acontece e, em vez de se incomodar ou ficar ansiosa, consegue dar risada. Porque é um momento e vai passar. Foi pior do que ela esperava, mas foi avisado que seria braveza por um tempo, no geral ela costuma das sorte, mas não dá para passar um tratamento forte desses com o único efeito sendo uma eventual perda de cabelo. É mais que isso. 

E passa. Passou das outras vezes e tô confiante de que passe nessa fase mais complicada. Acho muito estranho ver minha mãe sem fome (e por isso volto feliz hoje, que ela comeu legal), querendo levantar e sem conseguir, querendo viver e sem força. É foda. Meu pai tem estado meio sobrecarregado, tá cuidando dela, de uma casa grande, de dois cachorros malucos e dois gatos onde uma é capaz de fazer suas necessidades em qualquer lugar inimaginável menos na caixinha. Eu tô tentando ajudar, mas moro em outra casa, tenho minhas responsabilidades e um limite. Não um limite para a vontade de ajudar, para a capacidade mesmo.

Fico meio nervosa quando penso que vou viajar. Tenho certeza de que todas as cervejas que bebi nessa semana, que não foram poucas, tem a ver com isso. Me assusta ficar longe deles nesse momento. E eu sei que vou, porque minha amiga me quer em um momento importante e eu quero estar lá com ela. Sou eu vivendo minha vida, sei que não tô errada por fazer isso, não se trata de culpa, mas e se acontecer alguma coisa? Odeio pensar que as filhas estarão todas longe ao mesmo tempo.

Fiz um esquema bom para ambos com Iago, ele vai cuidar aqui de casa, dos bichos, quando eu estiver fora. Preciso achar alguém que me passe segurança de acompanhar meus pais também, só em nome da minha ainda existente ansiedade, haha. Eles são adultos, sei que vão ficar bem.

Mas também são idosos e malucos (hahah, consigo ver minha psicóloga revirando os olhos pra mim agora), eu quero estar de olhooooo!!!

Enfim. Lidarei com minhas neuras, vou me divertir na viagem, meus pais vão ficar bem e eu vou voltar para continuar minha vida (é errado porque é falso, mas às vezes eu sinto que minha vida trava e fica parada quando vou para Curitiba). Que nervoso em voltar a viver!

Tenho um rolê com uns amigos amanhã, num lugar que nunca fui e tô animada para conhecer. É difícil hoje em dia sair de casa e fazer isso, mas vou me esforçar e vou, porque sei que vou gostar. 

Volto com novidades, espero!


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Mais um papo de gênero

 Tenho poucas amigas mulheres que gostam de futebol, não é difícil entender o porquê. Eu já me afastei antes, quando adolescente, porque era um saco querer se divertir e receber um questionário em retorno, com direito a humilhação quando você gagueja qualquer resposta, porque ninguém gosta de ser testado em um momento de lazer.

Em Aracaju, tenho uma amiga que, assim como eu, gosta de conversar sobre isso. Ou gostava, porque o time dela contratou como técnico um cara que só não descrevo os crimes por saber serem ruins o suficiente para não precisar de detalhes. Crimes de gênero. Sabidamente.

Por um tempo rolou um boato de que ele entraria no Flu, lembro de pensar que, se isso acontecesse, eu abandonaria o esporte até não precisar mais topar com ele nas matérias. E isso é uma droga. Homens não se importam com essas coisas, o que não quer dizer que eles estão certos nisso. 

Conversando com minha amiga sobre isso, ainda argumentei que ele nem bom técnico era para justificar isso. É uma frase ruim, porque nada justificaria, mas quis dizer que se trata única e puramente de brotheragem, escárnio, é só sobre isso. E, claro, é um ótimo método para afastar mulheres do futebol. E, afastando do contato, afasta-se as meninas novas que sonham em serem jogadoras, só para dar um mínimo exemplo.

Eu sei que não estou falando nada surpreendente. Uso esse blog para desabafar, e esse assunto está na minha mente. Minha amiga gosta de futebol tanto quanto eu, o time dela aceitou esse técnico merda, não boto minha mão no fogo que o meu não aceitaria. Era só um sim mal dado para eu odiar acompanhar algo que amo, mais uma vez, pelos mesmos motivos de sempre. 


Reflexões sobre gênero

 Uma situação me incomodou essa semana e acho que preciso escrever para identificar exatamente quais foram os incômodos. Alguns são mais óbvios, mas tô achando que tem mais coisa aqui na minha cabecinha.

Meu primeiro incomodo veio com a insistência. Não gosto de sentir meu "não" ser rejeitado, como se eu só pudesse ter escolha quando bate com a escolha do próximo. Não gosto e me irrita. E pressão não funciona comigo, me deixa mais negativa do que disposta a qualquer coisa.

Também não curti que recebi várias mensagens que, tenho forte impressão, não eram nem para mim, eram para outra pessoa ou várias ou para qualquer uma que respondesse. Eu não me incomodo de me relacionar com alguém que também mantenha outras pessoas, desde que estejam todos cientes e de acordo, mas não gosto de me sentir como uma substituta que vai ser chamada quando for conveniente para o próximo. 

Acho feio quem se diz politizado por se relacionar com várias pessoas, mas trata todas igual, sem individualizar quem está na sua frente. A impressão que passa é que somos um harém e ficamos esperando um homem dar a honra de nós escolher. Me poupe? Cada pessoa é uma pessoa, se não for para levar em consideração isso admita que só busca sexo, não é um problema, sabe?

Antes eu achava que estava com certo ciúmes, mas não acredito mais ser isso, acho que tenho percebido que não sou vista nessa relação e que relações assim não são o que tô buscando, já passei muito por isso, não preciso dessa experiência de novo. Acho que tô reconhecendo incômodos que não tô disposta a passar, me faz bem definir esses limites. 

Só fico meio puta de estar passando por isso. Pelo menos tenho total capacidade de encerrar a hora que quiser, e farei. 


domingo, 12 de janeiro de 2025

Janeirando

 Tem um monte de coisa acontecendo e, mesmo que a maioria seja muito legal, me sinto um pouco sobrecarregada.

Vou viajar daqui a pouco, tenho que fazer tanta coisa até lá! Incluindo terminar um livro e os preparativos para o próprio casamento, que tenho umas responsabilidades. E fazer o arranjo de cuidado dos gatos, isso vai ser tão osso 😭.

Amanhã vai ser a primeira terapia do ano, sei que ela vai querer começar a organizar os preparativos para 2025 e eu ainda nem sei quais são. Quer dizer, tenho 7000 objetivos, o ano só começa oficialmente depois de março, tem milhões de coisas fora do meu alcance, enfim, né, é tanta coisa.

E aí vem a minha mãe, que é uma incógnita, tem dia que tá mal, tem dia que tá melhor, eu adoro a ideia da mudança de ares e, ao mesmo tempo, odeio ficar longe dela, sem saber o que vai acontecer nesse tempo. Sou filha dela e, tal qual, odeio não ter o controle das coisas. 

E a vida tá acontecendo, não espera, taí minha menstruação que não me deixa mentir KKKKKK atrapalhou vários rolês que eu tinha essa semana. E tudo bem, semana que vem tá aí, mas é isso, eu não controlo o tempo da vida.

Seguimos. Acho que meu objetivo esse ano é: ser eu mesma, bem ou mal. Aiai.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Um post sobre meus sobrinhos de Curitiba e as coisas legais que vivemos nessa vinda deles

 - Meu sobrinho (Sapinho), um ano depois, já se mostra muito mais sagaz, tá naquela fase de criança que só dá risada, mas sabe expressar perfeitamente o que quer ou não quer, acho isso tão legal!

- Minha sobrinha (Peixinho) já tem idade para lembrar de mim e, inclusive, sentir saudades. E ela sente, e eu fico tão feliz. Ela é tão esperta, eu ficaria dias só observando ela (mas, quando estamos juntas, não fico parada por nenhum segundo hahah ela me bota para correr, porque é uma criança e eu sou uma tia legal que bronca)

- Peixinho me perguntou várias coisas de gente que tá se entendendo no mundo. Perguntou sobre nossa configuração familiar (e porque ela tem tanto avô e avó), perguntou sobre eu, Luiza, Zil, contei sobre Bela, enfim, fiquei feliz dela ter confiança de tirar dúvidas comigo, e falei a verdade, mesmo que na linguagem dela.

- Peixinho me chama de tia Lua, esse ano ela descobriu que meu nome também é Mariana, aí começou a me chamar de Mariana única e puramente para sacanear. Achei um senso de humor ótimo, heh. Aí, para o final da estadia, começou a me chamar de Laura (sei lá de onde tirou, mas fez de sacanagem) e eu chamei ela de Manuela, Bruno e Jéssica. Minha sobrinha é engraçada.

- Sapinho agora me abraça sempre que eu abro os braços e descobri que, diferente da DANADA da irmã dele, ele sente cócegas, o que facilita minha vida (mas não exploro muito porque cócegas demais é sacanagem).

- Sapinho é viciado em lobo mau, Peixinho gosta muito de brincar de polícia e cadeia, dominó, chapeuzinho e lobo mau, ela gosta de brincadeiras de representar.

- Minha mãe tinha mania de beliscar a bunda de crianças (filhas e netos), nada maldoso, só implicância, mas Sapinho não gostou. E falou para ela, que prometeu para ele que não faria mais. E Peixinho complementou com um "é parte íntima!". Eu sou tão orgulhosa deles, educação sexual é tão importante e fico feliz demais em ver minha irmã e cunhado cuidando dessa área sem tabus. Me sinto mais segura sobre eles nesse mundo.

- Peixinho em vários momentos ficou triste quando lembrava que estávamos nos despedindo. Eu também fiquei, sinto falta de ter eles mais próximos, acompanhar mais de perto. Mas sou tão grata que eles gostem de mim, hahah, criança é bicho sincero, eles, então, são ensinados a não precisar dissimular nada, o que acho super saudável. Quero que gostem de mim de verdade, não porque "precisam", porque a verdade é que não precisam. Mas eu amo tanto eles e fico tão feliz quando eles mostram que também me amam.

- Expliquei para eles que, em menos de um mês, eu vou lá. Ela perguntou quanto tempo era isso, falei que era pouco, porque é. Vou ver eles já já, e só isso me impede de sofrer de saudades, hahah. 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Inícios

 Alguns pensamentos aleatórios, né, dia a dia escrevendo e revisando, não vou pensar para me abrir no meu espaço particular, mesmo que abra para vocês.

Hoje tive uma reunião com minha amiga/chefe e, como sempre, foi ótimo para o profissional e no pessoal. Ela me viu crescer e eu, criança, lembro do que ela viveu. No geral, é uma combinação muito interessante e que deixa minha mãe fingidamente enciumada. 60% do assunto é ela. 

Acho que estou pronta para ser eu. Não tenho total certeza, porque sou uma bundona, mas me sinto mais brava, qualidade puxada da mãe e, equilibrada, das melhores. Também sinto a criatividade do meu pai, que cada dia conheço mais, e isso me deixa feliz. 

E penso na minha irmã Bela, que criou sua família na distância, como escolhi (mas eles vieram atrás, não por mim, mas findaram perto), mas, como eu, sentiu a falta. Sei que sentiu pq, na diferença, temos semelhanças. Me sinto ligada a ela, como qualquer uma das minhas irmãs mais próximas. Mas será que ela sabe? No geral?

Enfim. Papo de bêbada. Acho engraçado que os encontros com Célia me mexam tanto, em um sentido positivo. Eu vi ela engravidar da amiga mais presente que tive aqui quando criança, lembro de tudo, principalmente de brincar com Bia, filha dela, um presente que minha infância me deu. Não sou próxima de Bia hoje em dia por contexto de vida, porque guardo no coração da mesma forma e, sempre que vejo, sinto certo orgulho de ver a mulher que ela se tornou (mesmo que eu não tenha influência nenhuma nisso, é apenas admiração mesmo).

Gosto de gostar das pessoas, lembrar quem esteve comigo, gosto de não ser tão fluida quanto racionalmente gostaria. 

No fim, acho que tô começando a gostar de quem eu sou, bem ou mal. Eba!

sábado, 4 de janeiro de 2025

2025 - a sagaz mulher fumaça metafórica

 Aí, meu cumpádi

Como já dizia o Samuca do Patrulha na Cidade

Quem não reage, rasteja

E eu tô de pé, pupilas dilatadas

Chapado, mas eu sou sagaz

A vida é dura, eu sei

Mas tudo bem, eu sou capaz

Olho nos olhos dos meus filhos

E aí é que o mundo cai

Caminhos tão diferentes, pra que lado que a gente vai?

Matar é algo comum, a vida não tem sentido mais

Ao invés de ser levado por ela, a gente sempre é que corre atrás

Uma coisa é certa: Se paga aqui por tudo que se faz

E o dinheiro compra tudo e te envolve mais, mais, mais

Tá na hora de acordar e manter a cabeça em pé

Vou sair pra trabalhar, defender o meu qualquer

Eu sei muito bem que a vida não é um conto de fada

Eu uso minha cabeça e ela nunca pode tá parada

Não caio em cilada, e ando sempre em frente

Eu não sou de briga, mas protejo a minha gente

Ah, eu queria viajar, mas tá difícil

Tá tranquilo, deixa comigo

Eu acreditava que o mundo caminhasse rumo ao progresso, positividade

Morpheus de Matrix me mostrou toda a verdade

Olhar de um cidadão urbano, urbanóide, grandes cidades

Acostumado a conviver com a miséria, mas nunca com a maldade

Corrupção, ganância, violência, impunidade

Banalização da cultura, a tal falta de liberdade

Abandono da população, do mundo inteiro pelas autoridades

Manutenção do analfabetismo e do desemprego, desigualdade

Tá na hora de acordar e manter a cabeça em pé

Vou sair pra trabalhar, defender o meu qualquer

Eu sei muito bem que a vida não é um conto de fada

Eu uso minha cabeça e ela nunca pode tá parada

Não caio em cilada, e ando sempre em frente

Eu não sou de briga, mas protejo a minha gente

Salve são Jorge, guerreiro que não me deixa cair