domingo, 12 de maio de 2024

Quase aniversário

 Ontem foi algo engraçado. Sozinha em casa, comprei um potão de farinha láctea, 1L de leite, fiz uma porção gigante do mingau (o grande amor da minha vida) em um dos pratos brancos e fundos que tenho desde que era criança e comi feliz e satisfeita em frente à tv assistindo X Men evolution. 

Amanhã eu faço 31 anos e continuo com os mesmos gostos, hahah. Foi um pensamento que tive e que me confortou muito, porque, naquele momento, eu estava absolutamente feliz. E me sentia aquela mesma criança, só que com muito mais drogas na cabeça. Mas sozinha e extremamente confortável nos meus momentos. Foi muito gostoso.

Aí, para completar, choveu de noite (e minha luz nem caiu!!) e fui dormir aninhada com meus três gatos gordos que, na hora de dormir, esquecem que têm medo um do outro. 

Eu estou com dois trabalhos e um bico, gosto de todos, mas um deles é quase um sonho realizado e que pode ser o começo de algo maior.

Ainda quero mais dinheiro, mas estou conseguindo essa estabilidade passito por passito. 

O tratamento da minha mãe vai bem, hoje nós só não nos vimos pessoalmente porque decidimos fazer isso amanhã, foi bom, passei o dia entre assistir série que já vi, jogar e lavar o banheiro.

Tô ansiosa para o que os 31 me aguardam, porque as coisas estão melhorando, as que tenho controle e as que não tenho, e tô disposta a agarrar qualquer chance de viver. A começar pelo meu cabelo, hahah, tenho uma última tinta dessa cor e creio que não vou renovar (mas ainda não decidi o que farei). "Simbólico", minha psicóloga sussurra na minha cabeça. 

Obrigada a meus mortos, aos eventos aleatórios e coincidências. Os choques de bolinhas de malabares, o raio num arco-íris. Eu não sei se isso é felicidade, mas é uma tranquilidade nova demais para mim.


sábado, 4 de maio de 2024

Fim de dia

 Eu estou bem. Trabalhando que nem uma vaca, mas conseguindo me bancar, até ousar um luxo ou outro. O mais importante, tô numa área que me interessa e, finalmente, criando meu nome nela. Sem faculdade, viu? Não que eu vá abdicar de um curso, mas tô aprendendo o mais importante, lá vai ser lapidar. 

Vejo meus amigos eventualmente, pinto meu cabelo, mimo meus gatos, tomo minha cervejinha, assisto meu futebol (às vezes infelizmente), jogo um Stardew Valley e foco em curtir cada vez mais a minha casa. Tô para pegar minha bicicleta, quero ver se, com o tempo e a resistência física necessária, consigo pedalar daqui até a cachoeira que eu gosto. Voltar no mesmo dia, dormir em casa, mas ter um dia num lugar que gosto muito e tá longe de tudo, mas perto de mim.

Tô trocando remédio e curtindo cada vez mais minha terapia. Aprendendo a gostar de mim, mesmo cheia de falha, como qualquer personagem dos livros que escrevo.

Não quero escrever muito, só deixar esse registro bêbado e gostoso. Eu tô de boinhas.