Dois comprimidos laranja. Eles são grandes pra minha garganta, mas já estou acostumado a tomá-los sem água.
O meu corpo tenso pelo frio vai, aos poucos, ficando mais relaxado, embora a dor dos músculos continuem lá.
A minha mente dói tanto quanto antes.
Meus olhos estão ardendo, e vamos fingir por um momento que seja por estar faz tempo no computador.
Eu já não consigo entender muito bem o que escrevo, mas vejo que os meus dedos estão bem rápidos sobre o teclado. Espero estar digitando direito. Espero que faça sentido.
Com esse remédio, sinto-me morrer. Com essa morte, sinto-me vazia. Com esse vazio, sinto-me normal.
Nada mal pra quem está dopada, eu consegui entender, e vocês?
De qualquer forma, ainda vou fumar um cigarro antes de deitar e começar a assistir '500 Dias Com Ela'.
Talvez lá fora eu congele e só acorde no verão.
E talvez não.
Talvez tudo fique bem.
E talvez não.
Talvez eu não fique sozinha.
E talvez eu fique.
Só sei que dói. Dói tanto. Dói tanto que nem o meu remédio e nem nada no mundo consegue fazer parar.
Acho que a rosa perdeu pro cravo.
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