domingo, 6 de outubro de 2024

Dever de casa

 Minha psicóloga me passou a tarefa de listar coisas que eu sou boa. Sem piadinhas e sem auto depreciação. Vai ser difícil, mas eu vou me esforçar, então bora para minha lista de habilidades.

~ toca a vinheta ~

- Fazer malabares com bolinha

- Ensinar malabares 

- Escrever 

- Jogos de Super Nintendo

- Entender o que meus gatos querem

- Disciplina para estudar

- Decorar músicas em japonês 

- Brincar com crianças 

- Fazer a Raquel chorar de rir em menos de três minutos (quando me esforço)

- Dar parabéns para os meus amigos no aniversário deles (em 2024 é uma habilidade, não julguem)

- Criatividade

- Imitar as irmãs fumantes da Marge Simpsons

- Consigo deslocar umas partes esquisitas do corpo (ombros, fêmur, tendão das mãos)

- Tenho uma memória exemplar da infância 

- Sei os planetas do sistema solar em ordem

 - Aprendi a respiração circular para tocar didgeridoo (foi difícil!)

- Sei voar de VÁRIAS formas nos meus sonhos

- Sei várias formas diferentes de enganar meu cachorro, minha irmã mais nova e alguns amigos mais ingênuos 

- Sou muito boa em administrar as loucuras da minha família (pena que é um trabalho muito mal remunerado)

- Eventualmente tenho opiniões sensatas sobre as coisas

- Conseguia decorar as falas de todo mundo nas peças de teatro que eu fazia 

- Sei tirar minha própria sobrancelha de forma satisfatória 

- Sei reconhecer várias constelações no céu (Vai servir quando eu for pirata)

- Sei reconhecer vários animais pela aparência, pegada ou som

- Sei fazer um lixofone 

- Sei fazer origami de coração de papel

- Sei tocar algumas poucas músicas no teclado (e aprendendo mais)


De cabeça lembrei esses, continuo em outra lista se lembrar mais. Humildade aqui não!!!




sábado, 28 de setembro de 2024

Passagem do tempo

 Esse foi um mês especialmente curioso na minha mente. Fui fútil, volúvel e um pouco autodestrutiva, mas também trabalhei, cuidei da minha casinha, me diverti muito nos meus sonhos (no sentido literal), e, sei lá, é bobo e não é, gostei da incluída do Duolingo em música, hahah. Indo mais fundo, sempre fui uma toupeira para música (acho que isso ficou injusto, visto que toupeiras tem boa audição), mas também nunca acreditei que começaria a me familiarizar com inglês, ou, aos poucos, aprender japonês. Saber ler hiragana, katakana, alguns kanjis. Entender algumas coisas. 

Falei para meu pai que meu plano é, em uns três anos, conseguir acompanhar ele em alguma música, hahah. Acho que posso virar uma chave legal aí. Eu ia me sentir muito gostosa se soubesse tocar algum instrumento.

Em fevereiro eu vou para Curitiba, e parece que a cidade resolveu invadir meus sonhos. É engraçado, porque eu sempre sonhava com a galera de Curitiba em cidades imaginárias, agora sonho com Curitiba e raramente estou com essas pessoas. O que isso quer dizer? Não faço ideia, só tô relatando.

Espero (ter fé em mim para) ter terminado o livro do trampo até lá. Atualizo vocês, amigos imaginários (ou eu do futuro querendo lembrar o que tava fazendo nessa época).


Menção aqui para a nova formação do Linkin Park e as músicas novas do Fresno. Foda.

sábado, 31 de agosto de 2024

Mil anos de agosto

 Essa semana foi interessante. Na verdade, o mês todo foi, proporcionalmente ao que foi longo. 

Ontem fui conhecer o lugar que meu pai queria mostrar. Não vou dar nomes para deixar só meu relato, sem contexto a mais. 

Vou pelo cronológico.

Meu pai chamou por meses, eu e Zil prometemos, aí ele teve dentista na mesma hora. Deixou a gente e prometeu que voltaria depois.

Entramos meio perdidas, já estava rolando uma interação ritualística em uma sala, a janela visível para a gente, fora do quintal. Alguém autorizou a entrada com as mãos, entramos, sentamos em um banco externo pronto para isso e esperamos. Esperamos e esperamos e, terminadas as cantorias e orações, começaram a arrumar o ambiente. Não sou muito boa com noção de quantidade, mas vou chutar que tinham umas quinze pessoas na organização. Todas sorridentes, mas focadas em suas tarefas. Em algum momento, uma delas, uma mulher, perguntou se já conhecíamos a casa e, com a negativa, contou como seria, mostrando o interior do local à medida em que falava. 

O primeiro ambiente, uma sala com bancadas vermelhas espalhadas, seria onde conversaríamos com os pretos velhos. Ao lado estava a sala onde eles estavam cantando, onde, em nenhum momento, entramos. Seguindo por um curto corredor, outra sala de espera que dava para dois espaços, uma sala de cura azulada com uma base branca para deitarmos e, no mesmo local que a sala de espera, metade dela estava separada para passes.

Apresentado o ambiente, voltamos para o quintal, onde deveríamos sentar nos bancos na ordem exata em que chegamos. Esperamos em silêncio, algo que, anos atrás, teria me feito surtar. Dessa vez foquei em duas estrelas brilhantes no céu e, sempre que entediava, focava nelas. Chegaram algumas pessoas, maior parte da organização, menos uma mulher que sentou em nosso terceiro lugar. Antes que meu pai, que seria o quarto lugar, chegasse, fui convidada para conversar com um preto velho.

Me explicaram como deveria me movimentar e passei por aquela etapa que, diria, foi a mais interessante (não que o resto não tenha sido). Pessoalmente, gosto mais de conversar com mortos do que com vivos, e não estou aqui para questionar incorporações. Perguntei o que tinha para perguntar, recebi respostas condizentes, deixei uma pergunta para lá e, ainda assim, foi respondida, com a mesma palavra que usei em minha mente. 

Foram só duas perguntas e me vi satisfeita. Poderia perguntar todas minhas curiosidades do mundo, se estrelas são infinitas ou se o tempo existe mesmo, mas me senti satisfeita com aquilo que vai fazer diferença aqui e agora. E, na verdade, só recebi confirmações, não estou reclamando, só satisfeita.

Nesse tempo, foram liberando a sala para todos os outros, então tudo isso aconteceu em meio a uma grande barulheira que, no mínimo, garantia a sensação de privacidade. Ainda assim, reparei que pelo menos seis organizadores diferentes prestando atenção no que estava acontecendo ali comigo e a carismática senhora que me respondia. Não deixei isso atrapalhar porque, como eu disse, gosto mais de mortos do que de vivos e meu tempo era limitado.

Sem mais perguntas, agradeci e disseram para que eu esperasse a 'próxima fase' (não lembro a expressão usada) lá fora. Já tinha um tanto de gente esperando sua vez, bem mais do que há cinco minutos antes, quando entrei, e sentei em um lugar diferente, só para facilitar a organização. 

Embora meu olhar fixe (meio peixe morto) em estrelas, meu ouvido funciona bem. Ouvi instruções/críticas da 'chefia' para a pessoa responsável pela recepção (feitas de forma discreta e aparentemente delicada, mas ainda na nossa frente); ouvi, depois dessa primeira fase, o responsável avisá-la de que queria falar com a menina de branco (que, por acaso, era eu, mas mantive a cara de cu olhando as estrelas). Zil saiu. Meu pai saiu. Conversamos bem pouco, cada um preferindo o silêncio, pensar sobre o que tinha ouvido. Uns tantos minutos depois, um dos organizadores (sou ruim em fisionomia, mas creio que tenha sido o mesmo que ouvi antes), me chamou para conversar. Me levou para a 'sala de espera interna', entre a privada salinha e cura e o espaço onde seriam os passes ao final. Sentamos e ele começou a me contar sobre a, vou chamar assim por não saber qual seria a palavra correta, filosofia deles. Da parte teórica, da parte organizacional, da parte prática-espiritual. Achei interessante e também não vou explicar mais aqui, mas agi como costumo agir no desconhecido: presto atenção, mas falo pouco. O que posso dizer é que, mesmo achando válido, não me cabe, no aspecto filosófica. Não digo que seja bom ou ruim, mas trata de questões nas quais já pensei muito, por muitos anos, e já trouxe minhas respostas. Certas ou erradas, são as minhas.

Sou meio lerda, gosto de tempo para digerir o que penso sobre as coisas, então agradeci as informações e foi isso.

Voltei lá para fora. Esperamos todas as pessoas passarem pela 'primeira fase' e organizarem a próxima área, nessa sala de espera interna. Eu estava em primeiro. Passei pela salinha de cura, um ambiente azul e confortável, privativo e rápido. Todos passando pela sala, prepararam os organizadores para o último momento, onde os caboclos incorporam nos organizadores preparados. Me explicaram como seria, eu sendo a primeira da fila, e recebi o passe de três pessoas/entidades, a primeira sendo, por acaso, a pessoa com que consultei. 

Foi legal, foi interessante e gostei de ter feito algo com meu pai, que hoje em dia se sente a vontade de convidar a gente para sair com ele. 

Espiritualmente, não sou de grupos. Não curto hierarquia, não curto regras alheias e, muito menos, obrigações. Gosto de conhecer tudo, tô com planos de ir em uma gira aberta que conheci por aqui também, não agora, no futuro. Linhas diferentes são exatamente o que eu busco, diversidade. 

Depois disso fomos num pico lanchar, comi esfiha graças aos deuses (finalmente achei um lugar que faz esfihas por aqui), meu pai devorou um cachorro quente prensado com costela, Zil comeu um pastel de caranguejo, a vida é muito boa kkkkk. 


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Enpitsu

 Eu vou começar com o problema: queria ganhar mais dinheiro. 

E aí vou para o ponto verdadeiro desse texto, eu estou com três trabalhos, dois constantes (portal e livro) e um eventual (transcrições) e, vou ousar admitir, estou feliz com os três.

Hoje foi um dia interessante, tive a honra de, pela primeira, ser convidada para ser madrinha de um casamento. Passada a euforia da felicidade pela minha amiga (Lua loves love), certo desespero, mais um ano me despencando para Curitiba sem ter dinheiro para fazer isso. Só que, espero estar certa, acho que tem algo vindo aí, no aspecto do dinheiro. 

Tô na esperança de escrever um belo livro para minha chefe e, com isso, conseguir talvez mais uma clientela? Naquilo que mais gosto de fazer, escrever histórias que já existem, que já foram pensadas. Pensar em me pagarem por isso é uma espécie de sonho realizado. Além de tudo, escrever com frequência é um ótimo aquecimento para meu próprio livro.

Tô tentando aprender a ficar satisfeita sem medo de tudo ruir no futuro, e, na verdade, meu presente tá bem legal. É verdade que - minha ansiedade sempre lembra - tudo pode dar errado. Mas, agora agorinha, não tá dando errado, não. 


Ps: já tava botando hashtag aqui quando lembrei de mencionar que meus gatos são um amor e eu durmo com os três em mim agora. E Caligine e Mandela agora moram com meus pais, vieram de Curitiba e ter eles perto é muito show.


quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Genki desu

Correndo risco de parecer workaholic, estou adorando um dos meus três trabalhos. Sinceramente, se pudesse (e tentarei, certamente) eu viveria de escrever histórias, principalmente as fictícias (porque de biografia já tive minha experiência e, mesmo que tenha curtido, ficção é muito mais legal).

Eu agradeço muito pela minha chefa ter dado essa oportunidade, pegar uma historia dela, lapidar, deixar tinindo. E hoje, depois de uns meses de preparativos e planejamentos, já estou com a mão na massa. Dois capítulos já foram, e o livro não é grandão, acho que consigo avançar legal no decorrer dos dias. Às vezes, e para variar, sinto que o difícil é começar, mas, depois que rola, flui que é uma beleza. Eu estou gostando. Tô me divertindo.

E, sinceramente, acho que está ficando legal...? Eu passei um tempo com medo de não cumprir a espectativa, mas me sinto mais tranquila. Às vezes me permito sentir que, concentrada, eu sou boa nisso. 

Sendo ou não sendo, eu amo, me divirto, me expresso, eu sou muito feliz no ato de escrever, só preciso lembrar com mais frequência. 

domingo, 28 de julho de 2024

ESPORTE!

 Tive um final de semana gostoso. Tinha prometido que, depois de dois sábados de interação social, ficaria quietinha esses dias. E falhei, ainda bem.

Mica e Fabrício vieram aqui, chamei Zil também, fomos na praia e foi muito massa. O resto do fim de semana fui eu bebendo minha cervejinha e assistindo as Olimpíadas, que, sem zoeira, não lembrava que eu gostava tanto (e gosto). 

Amanhã a semana útil reinicia, tenho, como tem sido, muita coisa para fazer. Mas acho que vai ser ok, vai reiniciar o mês e os deuses sabem como começo de mês é mais fácil (os deuses e o Brasil no geral).

Num sei, tô numa esperança de que coisas boas aconteçam, torcer não influencia o resultado, torcer contra também não, hahah.

Tenho gostado do jeito que as coisas vão na minha vida. Claro, posso pensar em mil coisas que poderiam melhorar, mas acho que não tenho mais tanta pressa, meu ritmo foi devagar e sempre e finalmente tô me adaptando a ser assim. 

Enfim, papo de doida só para registrar que eu estou bem. Não ótima, não perfeita, mas não neutra ou abaixo disso. Bem. Por hoje é super suficiente para mim. E que dia legal.


quinta-feira, 4 de julho de 2024

Julhou

 Não sei bem o que aconteceu, mas, já na segunda-feira, acordei doida para adiantar tudo que eu pudesse. Talvez seja a nova dose do novo remédio, mas deixei qualquer descanso de meio de dia de lado, fiz tudo que tinha que fazer com disciplina e, com tudo terminado, fiquei livre para aproveitar a noite desde o começo, da forma que preferisse. 

E não é como se fosse pouca coisas, estou falando de administrar dois trabalhos (eventualmente, como hoje, três) e ainda assim cuidar da casa, dos gatos e de mim. Quando sobra energia, da minha família também.

Zil tá aqui agora (na cidade), o que é engraçado porque, embora eu soubesse que aconteceria ocasionalmente, não pensava muito em como seria. Mas tem sido legal.

Minha mãe oscila entre energia inabalável e lidar com uma realidade na qual não tem controle além de como vai lidar com tudo. Acho que ela vai bem, diante da incerteza, que é algo que nos abala, como seres humanos. Eu boto muita fé na remissão dela, mas sei que esperar o tempo do universo é, no mínimo, um saquinho, hahah. Só que não tem muito o que fazer além de esperar e transformar cada momento em algo legal.

Tenho levado bastante isso para minha vida, também. Adoro morar sozinha, com meus três gatos (meu cachorro fazendo intercâmbio na casa dos meus pais), minha rotina de trabalho, de limpeza, amo minha casinha. São vários momentos bobos e que tornam meu dia feliz, eu sou uma pessoa fácil, na verdade. Fico feliz com um arco-íris, ou ver iguana no muro, ou assistindo meus gatos sendo eles (passaria horas falando de cada um dos meus arrombadinhos). 

Quero mais dinheiro, heh. É minha meta, mas quero fazer isso de forma orgânica, porque não tenho nenhum desejo em me matar de trabalhar e respeito muito meus momentos de descanso ou procrastinação. Mas, hoje, estou trabalhando como eu quero, faço meu horário (com uma disciplina até que legal, devo dizer), não tenho Burnout, dou o meu melhor de forma condizente com os incentivos que recebo (verbais ou financeiros), enfim, tô detalhando para que, no futuro, eu e minha memória de peixe tenhamos isso em mente.

Todo um texto de alguém que bebeu para dizer que a vida está [cálculo tirado do IMR] 80% boa. Não posso e nem vou reclamar. 

(Estou vendo todos meus gatos dormirem, já mencionei que eles são lindos e eu os amo?)